Equipa Profissional 2023-05-13

Faça-se ouvir a raça beirã

Três jornadas. Três rondas para continuarmos a honrar o nosso emblema, a nossa história.

Partimos para a discussão dos últimos nove pontos com a cabeça erguida, mas ainda à procura da melhor maneira de terminarmos uma época que foi de sonho. E que melhor maneira de o fazer há, senão vencer todos os jogos que nos aparecem à frente? Pelo menos a nós, não se coloca qualquer outra opção em cima da mesa. Por isso mesmo o foco está, como sempre, única e exclusivamente na vitória, no regresso aos triunfos e nos três pontos.

No calendário segue-se uma deslocação sempre difícil, a um terreno onde mora uma equipa com boas individualidades e que não perde em casa desde fevereiro. O FC Porto B segue tranquilamente na oitava posição da tabela classificativa com 42 pontos, menos oito que o Académico de Viseu, que na última ronda alcançou o patamar dos 50 pontos no campeonato. O coletivo viseense não vence há quatro jornadas, mas de tudo fará para retomar o caminho do sucesso no Olival, onde em caso de vitória assegurará o quarto lugar nesta edição da Liga Portugal 2 SabSeg. Como já tantas vezes dissemos, aqui ninguém desiste.

Em 18 jogos frente à equipa B dos dragões, o Académico de Viseu soma nove derrotas, três empates e seis vitórias. Ainda assim, nas últimas cinco partidas em que se encontraram, são três os triunfos viseenses, contra apenas um dos portistas.

Na primeira volta desta edição da segunda liga, foi perante o antigo e maltratado relvado do Municipal do Fontelo que os beirões levaram de vencida o FC Porto B, por 2-1, com um golo de Famana Quizera e um autogolo do guarda-redes Roko Runje.

A partida da jornada número 32 da Liga Portugal 2 SabSeg tem início marcado para as 15H30 do próximo domingo, 14 de maio, no Estádio Luís Filipe Menezes em Vila Nova de Gaia.

O jogo contará com arbitragem do juiz Bruno Vieira, da Associação de Futebol de Lisboa. O árbitro de 34 anos vai comandar o terceiro jogo da época do Académico de Viseu, após ter estado presente na derrota caseira frente ao Moreirense, para o campeonato, e no empate a uma bola em casa do Torreense, no caminho da fase de grupos da Allianz Cup.

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As quatro cordas que deram música a uma centena de academistas em Alverca

Silêncio, que se vai cantar o fado viseense. Afinadamente, apresentamos a melhor composição musical da quarta jornada da Liga Portugal 2. Talvez por isso tenha sido, por felicidade, a que inaugurou a referida ronda do campeonato. Na segunda deslocação da temporada, o Académico de Viseu viajou até ao Ribatejo lusitano para reencontrar um velho conhecido. FC Alverca, de seu nome, redescobriu o caminho dos campeonatos profissionais na última temporada e fazia, neste final de tarde, a estreia da sua casa oficial na segunda liga. Enquanto bom convidado, o clube beirão priorizou desde cedo pelo respeito a um forte adversário, trazendo na comitiva uma bela centena de adeptos academistas espalhados pelo país. Incapazes de negar a sua génese, os comandados de Rui Ferreira esqueceram a entrada apagada da última jornada, repetindo os feitos das rondas um e dois. Pressionantes desde o início, o minuto 10 foi de entusiasmo nas bancadas do Estádio do FC Alverca. Da esquerda para o meio, Clóvis (que mais à frente completaria a sua estreia a marcar na nova temporada) encontrou a desmarcação primorosa do alemão Messeguem. Com um grande trabalho em plena grande-área, o médio academista descobriu o malabarista Yuri Araújo que, irrompendo nas costas do central mais à esquerda da defesa, fuzilou pela primeira vez as redes adversárias. Foi a terceira “cambalhota” brasileira na época, que venham mais Yuri. Pois nem quatro minutos depois, numa jogada que começa com uma recuperação de bola do Capitão André Almeida à entrada da nossa área, a redondinha mexeu-se de um lado ao outro num “tirinho”. Yuri, Messeguem, Marquinho e Paulinho tocaram no esférico antes do lateral-direito cruzar ao segundo poste para o imperador Clóvis, que conseguiu fazer o 2-0 antes do primeiro quarto de hora. Com duas das cordas a encantar os Viriatos nas bancadas com 100% de eficácia, outras duas iriam chegar para completar o quarteto perfeito de que necessitávamos. Contaram-se mais 20 minutos na partida, quando o inevitável voltou a acontecer. Livre lateral à esquerda, com Paulinho a dar em Gautier que despachou com sotaque francês para o corredor contrário. Apanhada em contrapé, a defensiva contrária não evitou que Clóvis chegasse primeiro à bola e que tivesse todo o tempo para tirar um cruzamento perfeito. Ao segundo poste, a torre Capitã (que tinha subido para o livre) esticou-se no relvado para levar a bola ao poste, ainda desta subir e ter a possibilidade, de cabeça, para fazer o terceiro. Entravam em êxtase os academistas ao verem mais três pontos a formarem-se. Tal como disse o nosso timoneiro, a partir deste momento tudo se simplificou. A iniciativa dada, propositadamente, ao FC Alverca serviu para poupar energias e reforçar a coesão na retaguarda, plano que também correr de feição. Quem esperava um início de segunda parte, diferente da primeira desenganou-se, imediatamente. Isto porque segundo da tarde estava reservado para os 49:52 minutos. Quem pestanejou, não o viu. Quem olhou no momento certo, deslumbrou-se com o remate de Paulinho. Após um contra-ataque rápido dos Beirões, o alívio trouxe até ao lateral-direito (que já tinha feito o gosto ao pé frente ao FC Porto B) a oportunidades perfeita para alvejar as redes contrárias. Receção e remate cruzado logo de seguida, da bitola dos 20 metros (mais coisa menos coisa). Estava fechado, ainda antes dos 50 minutos, o resultado que deixava tranquila uma equipa equilibrada, coesa e, acima de tudo, adulta. Seguem-se duas semanas de pausa, com o topo da classificação guardado nas Muralhas de Viseu. É mesmo no seu interior que iremos defendê-lo na próxima jornada, frente à UD Leiria. O Fontelo prevê-se cheio e entusiasmado…avante Académico.

2024-08-31

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