Equipa Profissional 2023-05-01

O nosso enguiço

O sentimento de ver a bola a beijar as redes da baliza para a qual a nossa equipa ataca é, sem dúvida, o ex-libris do desporto rei. O poder do grito preso à garganta, que finalmente podemos soltar em alto e bom som. No entanto, muitas vezes este grito não sai. Não sai, teima em não sair, teima a bola em não entrar e teima o coração em palpitar. Teima tudo e mais alguma coisa, só não teima o golo em chegar.

Tem sido um enguiço. Tantas vezes a bola entrou na presente temporada, tantas vezes ela foi nossa amiga (e trazia sempre ao seu lado os postes, os ressaltos, o vento e chuva e tudo o que mais viesse ajudar), que talvez se tenha cansado. Pelos menos é esta a nossa perspetiva, de quem tanto trabalha, remata, cruza, cabeceia e nada. De quem de tudo faz para a enviar para lá da linha que não chega a ultrapassar. Claro que temos de contar com a qualidade dos nossos adversários, mas se há coisa que estes viriatos já provaram este ano é que pouco importa quem está do outro lado, porque do nosso há qualidade mais que suficiente para enfrentar qualquer equipa. Desengane-se quem achar que nos estamos a esconder atrás da infelicidade de não marcar golos, mas se no futebol quem marca é rei, então nós temos sido os príncipes da criação de lances para tal.

Vamos ao jogo. Pela frente o Académico encontrou um Trofense a fazer pela vida na luta da manutenção. A jogar em casa perante o seu público, a equipa da Trofa entrou melhor até ao “despertar” academista que surgiu por volta dos 20 minutos. Gautier Ott a balancear o ataque pela esquerda, criou duas claras oportunidades onde Messeguem e Toro, respetivamente, esbarraram no guardião Tiago Silva, que impediu o eminente golo viseense nas duas ocasiões. Numa segunda parte que serviu de cópia da primeira (tendo em conta a reentrada com algum ascendente do adversário), o conjunto beirão voltou a tomar as rédeas de um encontro que se foi tornando cada vez mais lento e interrompido, com as várias assistências e paragens dos segundos 45 minutos.

O goleador Clóvis (também ele mergulhado no enguiço de que já falámos) enviou uma bola que podia claramente ser de golo. Noutro dia qualquer poderia entrar, mas o poste (tantas vezes nosso amigo) voltou a negar-lhe, tal como no último jogo em casa, o tento que faria a diferença no marcador.

O balde de área gelada que ditaria o desfecho final, chegava em cima do último minuto do tempo regulamentar. Do poste da baliza viseense (tanta vezes nosso amigo) saiu uma bola que mais parecia teleguiada para a cabeça de Erivaldo, retirando ao Académico não dois, mas sim três pontos nesta visita à Trofa. O fim da partida chegaria pouco depois.

Uma palavra para os cerca de 100 viseenses que estiveram presentes nesta deslocação. Convosco sabemos que podemos contar sempre, seja com ou sem enguiços. Obrigado academistas, são vocês a nossa força.

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“Foi um jogo equilibrado, mas que poderia ter caído para o lado do Académico”

O Académico de Viseu empatou a uma bola, na visita ao terreno do CD Mafra. Em jogo a contar para a jornada número 13 da Liga Portugal 2, os viriatos dividiram pontos com a turma mafrense. Na conferência de rescaldo à partida, o técnico academista, Jorge Simão, disse ter apreciado em especial a segunda parte da equipa, num jogo onde o resultado poderia ter sido favorável para os beirões: “Gostei particularmente da segunda parte. Na primeira, apesar de termos construído claras oportunidades de golo e boas chegadas ao último terço, também permitimos que o Mafra construísse algumas. No entanto, na segunda parte isso já não aconteceu, portanto eu diria que me sinto resignado. Marcámos um golo que não contou, é a questão das linhas dos “frames”. Fizemos uma segunda parte de domínio territorial, parece-me que de bom nível e acabou com um empate. Estatisticamente foi um jogo equilibrado, mas que poderia ter caído para o lado do Académico”. Questionado sobre até onde poderá levar a equipa, o técnico academista foi direto, ao explicar que o foco está sempre no jogo que se avizinha: “O horizonte temporal que temos de idealizar é sempre o próximo jogo. Estou aqui há seis jogos, sinto-me confortável porque vejo que há melhorias em alguns parâmetros onde estamos a incidir nos treinos. Os jogadores têm correspondido nisso, sinto que eles também estão mais confortáveis. Neste momento podemos chegar até ao próximo jogo, sexta-feira com o Torreense”. Com este resultado, o Académico de Viseu soma agora quinze pontos. Ao fim de treze jornadas no campeonato, o emblema viseense ocupa o 13º lugar da tabela classificativa. Na próxima sexta-feira, os viseenses regressam ao Fontelo, para receber o SCU Torrense, em partida agendada para as 18H.

2023-12-10

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Faltou materializar as oportunidades

Num emocionante confronto realizado esta manhã, o Estádio Municipal de Mafra foi palco de um duelo intenso entre o CD Mafra e o Académico de Viseu, que terminou empatado a uma bola 1-1. O primeiro tempo foi marcado pelo equilíbrio entre ambas as equipas, mas por uma entrada mais forte da turma viseense. No entanto, foi do conjunto de Mafra que surgiu a primeira grande oportunidade do jogo, aos 12 minutos, quando Domen Grill evitou o golo de Andreas Hansen com uma grande intervenção. Aos 27 surgiria a inauguração do marcador, com o guardião academista a brilhar perante o remate de Texel, mesmo antes de não se entender com o capitão André Almeida, possibilitando a Diogo Almeida fazer o primeiro golo na recarga. A resposta dos viriatos não tardava em chegar, com André Clóvis a cabecear ao poste esquerdo da baliza mafrense, após cruzamento da direita de João Pinto. Seria mesmo de cabeça, e também com sotaque brasileiro que se escreveria o empate no Municipal de Mafra. Já dentro do período de descontos, com recurso a um canto batido à maneira curta, Famana Quizera encontrou Arthur Chaves no centro da grande área, para o defesa central encontrar o melhor caminho em direção aos balneários. E foi de rompante que o Académico entrou na segunda parte, ao voltar a marcar aos 49 minutos. De novo de bola parada, Arthur Chaves apareceu após desvio de André Almeida, para enviar o esférico rumo à reviravolta. No entanto, o VAR anulou o 1-2, por fora de jogo do jovem brasileiro. O segundo tempo trouxe consigo um aumento da intensidade, com os comandados de Jorge Simão a imporem muito mais o seu ritmo, quase não permitindo oportunidades ao ataque contrário. A melhor do lado beirão foi mesmo aos 62 minutos, quando o suspeito do costume André Clóvis não conseguiu, por pouco, trazer justiça ao resultado. Apesar das oportunidades criadas, o resultado permaneceu inalterado até ao apito final do árbitro. Na próxima sexta-feira voltamos ao campeonato, cientes de que cada vez mais e melhor, progredimos juntos no crescimento desta equipa. Obrigado academistas, voltamos a encontrar-nos no Fontelo.

2023-12-10

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“Queremos nós próprios fazer uma nova história”

O mister Jorge Simão deu, no final da manhã de hoje, a habitual conferência de imprensa de antevisão à partida deste domingo, frente ao CD Mafra. Em resposta às perguntas dos órgãos de comunicação social, o treinador do Académico de Viseu abordou o encontro em Mafra como uma nova história a ser escrita: ”Espero os registos estatísticos até este momento, não tenham interferência no jogo, ou seja, que não fiquemos dependentes daquilo que já aconteceu antes. Queremos nós próprios fazer uma nova história, a partir do jogo de amanhã”. O técnico dos beirões falou ainda do empenho que sente na equipa, numa semana mais agradável após a última vitória: “Sinto neste grupo de jogadores um empenho diário para conseguir alcançar aquilo que nós, equipa técnica, definimos como pontos que temos a melhorar. Nisso estes jogadores têm estado extremamente focados, em ouvir, interpretar e entender aquilo que se pretende. Enquanto treinador tenho gostado de estar aqui, tenho gostado de trabalhar com estes jogadores, tenho gostado do clube, tenho gostado da cidade. E claro que quando ganhamos jogos, obviamente que tudo fica muito mais ligeiro, mais agradável”. Sobre possíveis mudanças no 11 inicial, foi de forma concisa e direta que Jorge Simão afirmou que tudo pode acontecer: ”Eu não sou muito dessa linha do “equipa que ganha não se mexe”. É preciso perceber o que é que nos levou a conseguir essa vitória, e é preciso perceber, caso a caso, os jogadores que nos levaram a tal e aqueles que, por alguma razão ficaram de fora, mas que podem vir a ser opção. Muitas vezes ganhamos, mas nem tudo esteve bem, nem todos os desempenhos individuais foram maravilhosos. Às vezes jogadores que não estão a jogar no 11, podem ter a sua oportunidade porque a conquistaram no decurso dos treinos”  . A equipa sénior do Académico de Viseu joga no Estádio Municipal de Mafra, às 11H deste domingo, frente ao CD Mafra. A partida referente à 13ª jornada da Liga Portugal 2 SABSEG, terá arbitragem do juiz Sérgio Guelho, da Associação de Futebol da Guarda.

2023-12-09

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