Equipa Profissional 2024-10-05

A semear pontos em Felgueiras

Sob o céu nublado de Felgueiras, numa conjugação atmosférica que colocava altos os níveis de humidade, os bravos Viriatos entraram decididos em responder ao desaire da última semana.

Sem dar tempo ao vento para assentar e, antes que as cadeiras se aquietassem, André Clóvis, ao terceiro minuto, ergueu-se de cabeça entre as sombras e apontou o caminho da esperança de todos nós. Um golo madrugador, nascido da precisão de Famana Quizera, que cruzou como quem semeia certezas. O 0-1 no placar era o reflexo de uma equipa que respondia, com vigor, aos dissabores do passado.

Com o coração ainda a pulsar ao ritmo do jogo, o Académico soube explorar as fragilidades de um Felgueiras que, aos tropeções, procurava uma resposta. A cada transição rápida, a ameaça do 2-0 parecia cada vez mais real, e as melhores chances do primeiro tempo pertenciam aos Beirões, que se abrigavam na vantagem.

O intervalo trouxe uma faceta desconhecida ao jogo, mas a força do Académico persistia. Porém, o Felgueiras, como quem renasce após um silêncio profundo, igualou o jogo aos 61 minutos. Carlos Eduardo emergiu no meio da área e testou a coragem de Gril. O guardião academista ainda tocou na redondinha, mas a redenção não chegou. O 1-1 surgia entre as nuvens como um golpe duro, mas não final.

Como em jornadas passadas, a sina dos cartões voltou a perseguir-nos. Aos 76, André Clóvis viu o vermelho e deixou a equipa reduzida a dez. Ainda assim, o espírito de luta não esmoreceu. Em inferioridade numérica insistimos e criámos, mas o apito final decretou um empate.

Um ponto. Apenas um. Mas um ponto que faz crescer a árvore da resiliência. O regresso ao Fontelo está à espreita, onde, no próximo domingo, reuniremos as tropas entre paredes muralhadas, dispostos a colher o triunfo que a sorte terá para nos entregar.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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