Equipa Profissional 2024-08-25

Três pontos foram a tradução de “Personalidade”

2363 é um dos números do momento. Na segunda casa da época, o Fontelo registou novamente uma assistência acima dos dois mil lugares, numa manhã de verão que até foi meiga no que à temperatura diz respeito, mas que bem chegou para deixar em fogo os corações academistas.

O adversário trazia consigo a irreverência e juventude para as quais já tínhamos alertado. Vindos da Invicta, os jovens Dragões chegavam a Viseu motivados por uma quase reviravolta na jornada anterior (jogada bem aqui ao lado) que provou a sua perigosa resiliência.

Já no núcleo Viriato viva uma equipa que procurava nova vitória em casa, a segunda em outros tantos jogos, abrindo caminho à sua permanência nos lugares que deseja continuar a espreitar, sorrateiramente, em bicos de pés.

A entrada voltou a ser intensa, mas talvez um pouco distinta das duas anteriores. Diante de um personalizado FC Porto B, o Académico sentiu algumas dificuldades nos primeiros dez minutos, antes de conseguir equilibrar o encontro e chegar ao seu primeiro remate: Milioransa arrancou um cruzamento na projeção da área visitante, para o titular Aidara desviar o esférico rumo ao Imperador Clóvis. Cabeceando de primeira, foi por muito pouco que o marcador não era inaugurado aos 16 minutos.

Cansado de aguardar, Yuri Araújo sacou da cartola sem ninguém se aperceber, e preparou o truque de magia que vingaria aos 24 minutos, logo após uma grande intervenção de Gril. Os passos da ilusão foram simples mas, como sempre, deixaram todos colados ao momento enquanto ouviam o samba brasileiro de fundo: a recuperação foi o jovem Marquinho, que junto ao meio campo jogou para o ponta; Clóvis, sempre combativo, tocou de primeira para a desmarcação do pequenino Yuri, que se apresentava a mais de 20 metros da baliza; e quando todos previam uma receção, a cartola de que falávamos surgiu e a pomba voou em forma de bola de futebol; de primeira, o pé esquerdo do canarinho enviou um autêntico foguete ao canto da coruja, onde nem o mais ágil dos guardiões chegaria. Explodia de alegria o renovado Fontelo para o 1-0. Não sei quanto a vocês, mas o “bruaá” de golo em nossa casa tem um canto e encanto diferentes…que arrepio.

Seguiu-se um período de “vigília”. Compactados, com a personalidade que os tem caracterizado, os homens de Rui Ferreira deixaram de permitir tanta bola ao FC Porto B, enquanto também negavam várias das suas tentativas de aproximação com perigo.

Foi mesmo num desses momentos que se criou o “bruaá” número dois. Já para lá dos 45, Ott foi preponderante a cortar um cruzamento que sobrou para Marquinho. Do meio para a esquerda, Milioransa recebeu na linha e viu a seta francesa a sair disparada no flanco. Ganhando a linha final, o jovem extremo cruzou para Clóvis, mas seria um outro Viriato a decidir: o lateral Paulinho chegou em pezinhos de lã e antecipou-se ao defensor portista; com a peitaça recebeu, com o pé direito o lado escolheu. 2-0 no marcador.

Numa etapa complementar muito mais pausada e controlada, Kahraman foi o primeiro a deixar o aviso. Aos 52 minutos, o turco nascido em Berlim entrou de rompante num lance à entrada de área e nem deixou a bola cair: com um remate prodigioso, foi por muito pouco que não ampliou a vantagem.

A partir daqui, foi Gril a entrar em cena: ao 72’ e aos 78’ brilhou entre os postes, antes de Quizera fazer o 3-0, mas em fora-de-jogo, e de Marineli (entrado no segundo tempo) se isolar e ficar muito perto de fazer o segundo golo com esta bonita camisola.

O jogo não terminaria sem novo momento de brilho com sotaque esloveno: após uma grande penalidade cometida com o braço de Aidara, Gabriel Brás tentou enganar o guarda-redes academista, que coroou uma grande exibição individual e coletiva, adivinhando e lado e mantendo, pela primeira vez na nova época, a baliza a zero.

Sete pontos na bagagem, outros três por conquistar na próxima sexta-feira. Às 18H, em Alverca, a Nação Academista voltará a encontrar-se. Até lá, Viriato.

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“É difícil e é duro aceitar”

O Académico de Viseu saiu derrotado da receção ao CS Marítimo. No regresso ao Fontelo, os Viriatos perderam por 0-2 com a turma insular.   Na conferência de rescaldo ao encontro com os madeirenses, o técnico academista Rui Ferreira abordou a importância das bolas paradas na partida, afirmando que não existiu uma diferença tão grande entre as duas equipas: “Tivemos perante nós um adversário que é, claramente, dos melhores da segunda liga. O Marítimo tem uma grande equipa e bons argumentos. Não tivemos o discernimento suficiente para conseguir fazer aquilo que trabalhámos, fruto do que estava a acontecer no jogo, nomeadamente, após sofrer o primeiro golo. A partir daí foi uma história completamente diferente. Foi um jogo sem grandes oportunidades de ambos os lados, quisemos criar duelos individuais que permitissem dar-nos mais conforto. E quando estávamos a caminhar para uma situação de maior de dominância da nossa parte, sofremos aquele golo que foi um golpe duro. Isso mexeu muito connosco, tentámos ir à procura com mais gente na frente, contrariar os contra-ataques de um Marítimo mais recuado, e sofremos mais um golo de bola parada. É difícil e é duro aceitar, porque não vimos um Marítimo tão diferente daquilo que nós apresentámos em campo. As bolas paradas fizeram toda a diferença e temos de assumir esta derrota, sabendo que temos de continuar a trabalhar no sentido de procurar melhorar todos estes momentos. Estamos frustrados porque trabalhámos, mas não produzimos em campo aquilo que fizemos durante a semana. Temos de aceitar a derrota, é dura e difícil, mas não houve assim uma diferença tão grande abismal, que permitisse ao jogo ter este desfecho”. Rui Ferreira falou ainda do mau momento da equipa, reforçando que, internamente, de tudo estão a fazer para ultrapassar as recentes dificuldades: “Nós fizemos uma pré-temporada que nos permitiu ganhar uma confiança extra naquilo que foi nosso desempenho. Acho que temos alguns problemas emocionais que temos tentado resolver, com os quais lidamos, diariamente. Não podemos fugir ao facto de termos tido uma derrota pesada, uma derrota injusta em casa e, de seguida, um dérbi que pesou um bocadinho na cabeça dos jogadores. Quando as coisas negativas acontecem assim, muitas vezes batem e demoram a desaparecer. Nós lutamos contra isso e tentamos recuperar, rapidamente. As coisas estavam preparadas para voltarem à normalidade, mas a verdade é que sofremos um golo difícil de aceitar e que fez a diferença”. Com este resultado o Académico de Viseu mantém os 11 pontos na tabela classificativa. Na próxima jornada, marcada apenas para dia 26 de outubro, os Beirões deslocam-se ao terreno do FC Penafiel. O jogo da jornada número nove da Liga Portugal 2 está marcada para as 11H, no Estádio Municipal 25 de abril.

2024-10-13

Equipa Profissional

“Independentemente do adversário, queremos muito ganhar no Fontelo”

O mister Rui Ferreira deu, no final desta manhã, a habitual conferência de imprensa de antevisão à partida da terceira jornada da Liga Portugal 2, frente ao CS Marítimo, da Madeira. Face às questões dos órgãos de comunicação social, o treinador da equipa profissional do Académico de Viseu abordou o momento do adversário, deixando garantias sobre o desejo da equipa em vencer a próxima partida: “Não sei se o Marítimo vai querer atacar desde o primeiro minuto. Vamos encontrar uma equipa candidata à subida, recheada de bons valores e que ainda procura encontrar o seu melhor registo, após a mudança de treinador. É um conjunto difícil mas, jogando em casa, de tudo faremos para ganhar o jogo. Queremos tentar recuperar das últimas derrotas, mas estamos em crescendo. Desejamos dar seguimento ao empate da semana passada, regressando às vitórias em casa. Independentemente do adversário, queremos muito ganhar no Fontelo”. O técnico academista falou ainda sobre o decréscimo de golos marcados nos últimos três jogos, face às primeiras quatro jornadas, reiterando o desejo de regressar aos triunfos para o campeonato: “Há uma serie de fatores que já identificámos e não tem a ver com o facto de jogarmos mais recuados. Por exemplo, falou-se muito sobre o 0-4 ao FC Alverca, mas foi dos jogos onde tivemos mais dificuldades defensivas. Estarmos a querer trazer algo negativo ao que temos feito, é claramente rejeitado por mim e pela equipa. Estamos sempre à procura do nosso melhor e de ganhar o jogo. Se marcarmos um golo e ganharmos 1-0, por mim está ótimo. É um facto que as duas derrotas foram muito dolorosas  e, para os mais pessimistas, o empate em Felgueiras foi fruto da nossa mentalidade pequena, mas ainda ontem eles foram vencer 1-3 a casa da UD Leiria. Não nos podemos desviar do nosso trabalho, seriedade e consciência, que é algo que estamos a fazer muito bem. Vamos trabalhar com confiança e afirmação, queremos vencer”. Questionado acerca da boa época que está a fazer Yuri Araújo, Rui Ferreira valorizou também o esforço de todo o grupo de trabalho: “Todos reconhecemos no Yuri muita qualidade para atingir o patamar que está a alcançar. Os golos são uma consequência do trabalho coletivo e, a nosso ver, tem características para jogar mais por dentro. Sentimos que para ele é uma posição mais confortável e, por isso, talvez o rendimento advenha daí”. O Académico de Viseu joga este domingo no Estádio Municipal do Fontelo. Os Viriatos recebem o CS Marítimo a partir das 15H30, em jogo com arbitragem de Bruno Vieira, da Associação de Futebol de Lisboa e vídeo-arbitragem de Manuel Oliveira, da Associação de Futebol do Porto.

2024-10-12

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