Equipa Profissional 2024-08-18

Dois golos, uma “expulsão” e uma estreia a marcar

É mais ou menos este o resumo daquela que foi a primeira deslocação da equipa profissional de futebol do Académico de Viseu em 2024/25. Em terra de fogaceiros, os viseenses chegavam ao colo de mais de uma centena de adeptos academistas que se deslocaram a Santa Maria da Feira.

Empolgados pela vitória no arranque do campeonato, os Beirões ao serviço do técnico Rui Ferreira cumpriram as ordens e repetiram o 11 inicial da jornada número um. Qual dejavú, a entrada academista em terreno adversário não poderia ter sido mais feliz: aos quatro minutos, após uma sequência de cantos a favor, Miguel Bandara cobrou da esquerda e, num lance caricatamente trapalhão, a bola entrou dentro da baliza do CD Feirense. Aos soluços, os Viriatos nas bancadas festejavam um início brilhante numa partida que ainda traria muita “água no bico”.

Após o golo, recuaram-se linhas e juntou-se o bloco à frente da grande-área, distribuindo a iniciativa de jogo ao conjunto da casa. Saindo nas transições, foi com alguns erros em terrenos proibidos que o Académico foi surpreendido pela subida do médio Washington. Entre ressaltos, o brasileiro conseguiu bater Domen Gril e reestabelecer a igualdade.

Até perto dos 40 minutos, o jogo equilibrou e os Viriatos tornaram a chegar com algum perigo à baliza contrária mas com pouca clarividência no momento do último passe. Mais astuto nesta fase do jogo, o conjunto aveirense alcançaria mesmo a reviravolta no marcador, por intermédio de um velho conhecido do Fontelo: Steven Petkov. Novamente entre ressaltos, o búlgaro operou a cambalhota no marcador, fazendo o resultado ao intervalo piscar um madrasto “2-1”.

Com três alterações efetuadas no regresso dos balneários, Rui Ferreira mexeu com o jogo e reavivou a intensidade academista na procura da bola. No entanto, um duro revés estava a caminho, embatendo frontalmente com as aspirações beirãs: na sequência de um pontapé de canto a favor, o juiz da partida Rui Lima vislumbrou o que poucos (ou nenhuns) viram. Um toque de Sori Mané num adversário, quando o médio se preparava para arrancar em desmarcação, foi avaliado pelo árbitro da Associação de Futebol de Viana do Castelo como agressão. Resultado: vermelho direto.

Pois foi, precisamente, após este momento que o Académico mais cresceu na etapa complementar. Mortimer e Marinelli estrearam-se e também eles mexeram com o rumo dos acontecimentos. Prova disso foi o sucedido ao minuto 75. Numa jogada perfeita, na qual a bola rolou por praticamente toda a equipa, Famana encontrou Ott na esquerda que arrancou com destino à linha final. No meio, Alan Marinelli deu um passo atrás para fazer os Viriatos darem pelo menos um em frente. Com um cruzamento rasteiro e atrasado, o argentino rematou de primeira e conseguiu a apelidada “estreia de sonho”.

Até ao fim e, mesmo com menos um elemento, a equipa ascendeu no encontro dispondo de algumas ocasiões para completar nova reviravolta. Ainda assim, o empate prevaleceu e separou dois pontos por ambos os conjuntos. 2-2 numa partida intensa, que faz manter intacta a invencibilidade viseense em jogos oficiais. Segue-se o regresso ao Fontelo. O “convidado” é o FC Porto B, avante Viriatos.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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