Equipa Profissional 2024-08-10

Entrada com o pé direito

Foi com o pé direito que o Académico de Viseu se estreou na nova edição da Liga Portugal 2. Os Viriatos ao comando do técnico Rui Ferreira (que também fez a sua estreia em jogos oficiais pelo clube viseense) receberam o GD Chaves na primeira jornada do campeonato, levando a melhor sobre o emblema recém-despromovido da primeira divisão.

O clima de regresso ao Fontelo e de união por um jogo solidário (recorde-se que a receita da bilheteira angariou cinco mil euros a favor da Cruz Vermelha Portuguesa e dos Bombeiros Voluntários de Viseu), diante de um forte candidato à subida de divisão, alimentava o apetite para um jogo grande num Fontelo sob o final de tarde de sábado. Famílias guiadas pelo espírito academista acorreram “a casa” e preencheram mais de dois mil lugares no mítico e renovado de esperanças Fontelo.

Com uma entrada fortíssima em campo, guiada por uma intensidade a velocidade cruzeiro, o Académico rapidamente se apoderou das ordens no encontro ao mesmo tempo que não permitia grande espaço ao adversário. Aos 20 minutos, numa jogada onde Yuri nunca desistiu da bola (resiliência que iria trazer-lhe frutos), André Clóvis recebem do compatriota e, de pé esquerdo, rematou com estrondo ao poste mais afastado de Vozinha. Na recarga, o incansável Yuri apareceu para deixar em festa, pela primeira vez na nova temporada, os 2100 academistas nas bancadas.

Os comandados de Rui Ferreira não pressionaram o travão. Em vez disso, o pé na embraiagem fez Igor Milioransa adicionar uma nova mudança na equipa, que apenas seis minutos depois havia de chegar ao 2-0. O lateral conduziu a bola até meio do meio-campo ofensivo, entregando a Clóvis que descobriu a excelente desmarcação de Messeguem na esquerda. O alemão cruzou de primeira, antes do guardião flaviense desviar a bola para as suas costas. O jovem Marquinho, de novo titular, surgiu no sítio certo para, oportunamente, rematar o esférico rumo às malhas do GD Chaves. Estava ao rubro o Fontelo.

Os Viriatos entraram na etapa complementar da mesma forma, chegando ao terceiro golo aos 50 minutos. Seria a estreia a marcar de André Clóvis, não fosse o ponta-de-lança brasileiro estar ligeiramente adiantado no momento do cruzamento de Gautier da esquerda.

Oferecendo a iniciativa a quem tinha de fazer mais pela vida e um pouco desgastados pela alta intensidade do seu jogo, foi com naturalidade que a turma beirã baixou linhas, concedendo um golo ao adversário no último minuto antes dos 90. Carraça cruzou para Wellington Carvalho, que fez o 2-1 final.

Impulsionados pelos calorosos viseenses que se deslocaram ao Fontelo, foi desta forma que os Viriatos entraram com estilo na Liga Portugal 2. As boas sensações e a positiva exibição perante um forte GD Chaves, adocicaram as perspetivas para a próxima partida. No domingo, dia 18 de agosto, a viagem é das mais curtas de toda a época. Voltamos a ver-nos no Marcolino de Castro, casa do CD Feirense. Força, Académico.  

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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