Equipa Profissional 2024-05-19

As 34 badaladas

Num Estádio do Fontelo em regime de despedida, Académico de Viseu e CS Marítimo protagonizaram um dos duelos mais interessantes da temporada, à altura do adeus à época 2023-24. Com as bancadas repletas de fervorosos academistas que viram, pela primeira vez, a sua nova mascote Viri, o embate terminou com um empate a dois golos, deixando uma sensação agridoce entre os Viriatos que ansiavam por uma vitória.

O jogo mal começara e já os viseenses estavam em êxtase. Aos quatro minutos, a insistência do avançado André Clóvis teve o seu merecido prémio. Após uma luta intensa pela bola, esta acabou nos pés de Marquinho, que, sem cerimónia, disparou de primeira, rasteiro, desde fora da área. O esférico deslizou pelo relvado, veloz e determinado, aninhando-se no fundo das redes, sem qualquer hipótese para o guarda-redes madeirense. O Estádio do Fontelo explodia de alegria e de esperanças renovadas.

Apenas dois minutos depois, os nossos corações quase voltaram a saltar do peito. Gautier, num lance de pura genialidade, rasgou a defesa maritimista e ofereceu a bola novamente a Marquinho. Parecia um guião escrito para mais um momento de glória, mas o destino foi negado por Tomás Domingos, que se agigantou e evitou o segundo golo com um corte providencial.

Aos 23 minutos, depois de um período de pressão crescente por parte do Marítimo, a balança do jogo equilibrou-se. Xadas, num momento de pura inspiração, puxou a bola para o seu pé preferido e, com um remate em arco desde uma distância quase impensável, assinou um belo golo.

Com o jogo ao rubro, Marquinho, sempre ele, continuou a ser o foco das atenções. Aos 32 minutos, o endiabrado voltou a ameaçar, com um remate potente que passou perto do alvo. A primeira parte terminou com um resultado justo, mas que deixou patente a superioridade e a intensidade dos homens da casa.

Na segunda metade, o equilíbrio foi a tónica dominante até que, aos 65 minutos, um infortúnio para os viriatos alterou o rumo do encontro. Num canto batido pelo Marítimo, a defesa viseense não conseguiu afastar a bola, que encontrou Henrique Gomes de forma infeliz. Numa fração de segundo, o azar materializou-se e a bola entrou na própria baliza, dando a vantagem aos visitantes.

Quando tudo parecia encaminhar-se para uma festa maritimista, com o tempo a escassear, surgiu a estrela de André Clóvis. Aos 83 minutos, num canto cobrado por Gautier do lado direito, o iluminado paulista elevou-se, ou melhor, nem precisou saltar, e com um gesto técnico perfeito de cabeça, fez o empate. O Fontelo explodiu uma vez mais, os adeptos renasceram em esperança e o Académico de Viseu conseguiu segurar o resultado até ao apito final.

Foi uma despedida honrosa para os viriatos, que, apesar de não alcançarem a vitória, proporcionaram um bom espetáculo aos seus fiéis seguidores, deixando no ar a promessa de que o futuro nos reserva grandes momentos. Obrigado por todo o apoio, academistas. Encontramo-nos em 2024-25

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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