Equipa Profissional 2024-05-17

Despedir-nos de Cara Lavada

Por estas terras de Viriato, onde os ventos sopram histórias antigas e os campos guardam segredos de batalhas antigas, ergue-se o nosso mítico Fontelo entre a mata que o envolve. E é neste mesmo palco de glórias e desafios pintados a preto e branco, que o Académico de Viseu se prepara para um último embate, um derradeiro confronto que promete ser o capítulo final de uma temporada marcada por altos e baixos, por lutas e superações. É hora de "Despedir-nos de Cara Lavada".

Os Viriatos, guerreiros incansáveis do futebol, mas não só, tecem os seus sonhos com os fios da paixão e da dedicação, honrando as cores que trazem no peito. E neste domingo, com o sol a banhar o relvado verdejante, preparam-se para uma despedida que se quer gloriosa, que se quer brilhante como os olhos dos seus adeptos que aguardam ansiosos nas bancadas.

O adversário é de peso, não se pode negar. O CS Marítimo, vindo das ondas do Atlântico, traz consigo o ímpeto de quem ainda luta pelos seus objetivos, pelo sonho de subir mais alto. Mas os Viriatos não se acovardam diante da perspetiva de dificuldade. Sabem que a jornada será árdua, que cada lance será uma batalha travada com suor e coragem.

Lembram-se do último encontro, daquele empate amargo nos Barreiros, onde a vitória esteve tão próxima, mas escapou como o vento que sopra nas serras. Agora, diante dos seus fiéis seguidores, anseiam quebrar o enguiço que paira sobre eles. Nunca na história o Académico venceu os maritimistas, mas este é o momento de virar essa página, de reescrever o destino com outro tipo de letras.

Sob o olhar atento dos Deuses do futebol, desafiamos quem em nós não acredita, determinados a escrever o nosso próprio conto de vitória. Cada passe, cada drible e cada defesa são gestos de respeito à perseverança, uma declaração de amor a este clube e às suas gentes.

Despedimo-nos também de uma temporada que nos deixa com um peso amargo, da memória do que podia ter sido. Ainda assim, de uma coisa podemos estar certos: a união, a força e a garra da Beira conseguimos manter intactas, de modo a juntar de novo as tropas para aquela que é a nova época na qual já todos pensamos. Obrigado, academistas.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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