Equipa Profissional 2024-05-13

Derrotados junto ao Castelo

Com a vontade de repetir os feitos do longínquo ano de 1978, escritos em relva verde e paixão inigualável, o nosso fado reservou-nos, esta noite, um capítulo de diferentes sensações, no último embate fora de casa na presente temporada, em casa da União Desportiva de Leiria.

Desde os primeiros acordes deste duelo, os instrumentos sonoros da ambição fizeram ouvir apenas com cinco minutos de jogo. Clóvis, qual águia audaz, ousou desbravar os espaços da grande área adversária, mas as suas intenções foram resfriadas pela falha no passe final. E como tão bem sabemos nesta época, “quem não marca, sofre”. Apenas dois minutos depois, Bryan Rochez fez o primeiro golo da partida, aproveitando uma bola perdida dentro da grande-área beirã, que havia sido desviada ao embater no poste.

O Académico, altivo e indómito, esforçou-se em reagir, mas a ferida aberta pelo golpe inicial foi profunda. Aos vinte minutos, num lance de hesitação, a defesa viu-se traspassada, e Bryan Rochez serviu Arsénio que fez o 2-0, batendo o estreante guardião academista, Gomes Gerth.  

Na segunda metade, a batalha prosseguiu com ares de golo iminente para os Viriatos. Aos 52 minutos, uma arremetida fulgurante do lado viseense, com um cruzamento que beijou os ares como uma prece, levou o desvio tecnicista de Clóvis a embater na trave, guardiã dos nossos sonhos, impedindo o 2-1.

Todavia, como a sorte brinca com os mortais, aos apenas três minutos volvidos, num revés contra a correnteza, Bryan Rochez voltou a marcar, erguendo o placar para um impiedoso 3-0.

Até ao término da partida, Maiga ainda esteve por duas vezes perto de marcar, mas o resultado já não se alterara. Aguardamos, ansiosamente, pela próxima partida que fechará o campeonato, para termos uma nova e derradeira oportunidade de responder em campo.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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