Equipa Profissional 2024-05-11

Ordem de Trabalhos: Navegar no Lis e Conquistar o Castelo

Será nas margens do Rio Lis e sobre a noite que ilumina o imponente Castelo de Leiria, que os Viriatos se prepararão, esta segunda-feira, para realizar o seu último jogo da época longe de casa.

No reduto desportivo que dá nome ao autarca leiriense que o mandou construir na década de 1960, antes das requalificações para o Euro 2004, Manuel Magalhães Pessoa,  o Académico prepara-se para se estrear no maior Estádio da Liga Portugal 2, com perspetivas de vitória. Sob o olhar atento das estrelas que pontilharão o céu noturno, chegarão eles vindos de terras longínquas, trazendo consigo o fogo sagrado da determinação.

Após dois jogos seguidos a pontuar, estão sedentos por mais uma vitória, com a coragem a palpitar no peito e a esperança a guiar-lhes o passo. No 30º confronto oficial entre Académico e União de Leiria, estamos perante uma certeza: esta é uma rivalidade enraizada na história do futebol português. As memórias de duelos passados ecoam ainda nos corações dos adeptos, enquanto os jogadores se prepararam para acrescentar um novo capítulo à saga. Com 10 vitórias para os viseenses e 13 para os unionistas, o Dr. Magalhães Pessoa está reparado para uma batalha renhida, onde discutiremos cada lance com a dureza da nossa Muralha.

Esta época será a terceira vez que se encontram, com registos de uma vitória para cada lado: na primeira, em outubro de 2023, os unionistas festejaram, no Fontelo, a passagem à quarta eliminatória da Taça de Portugal; já na segunda ocasião, em janeiro deste ano e também em nossa casa, o “iluminado” Messeguem faria o 0-1 do triunfo beirão. Recordamos ainda as glórias passadas, dos momentos de triunfo que fizeram vibrar as gentes de Viseu. Na única vitória em casa do adversário desta segunda-feira (na caminhada de 1977-78 que levaria a turma do timoneiro José Moniz a colocar, pela primeira vez de sempre, o Académico no mapa da Primeira Divisão), esta histórica equipa venceu em Leiria por 0-2, com um bis do maliano Cheick Keïta.

As memórias desse feito histórico passam de boca em boca nos corredores do tempo, inspirando os jogadores a acreditarem que a história poderá voltar a repetir-se.

Os Viriatos lutarão, novamente, com bravura e determinação, navegando pelas águas do Lis e desafiando as pedras que edificam o Castelo de Leiria com ousadia e coragem. Em frente, Académico.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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