Equipa Profissional 2024-04-05

A memória traz garra

Nos confins de Viseu, onde os ventos da paixão pelo futebol ecoam entre as montanhas que testemunham o passado e moldam o futuro, o Fontelo, fortaleza inviolável desde o distante mês de outubro, prepara-se para voltar a abrir os braços aos seus fiéis adeptos. Lá, onde a história se inscreve em cada pedaço verde do bonito relvado, onde os gritos dos apaixonados academistas soam como hinos de guerra, onde a lealdade é tecida em cada bandeira desfraldada ao vento, o Académico de Viseu prepara-se para receber um novo desafio caseiro.

Na iminência da jornada número 28 da Liga Portugal 2, um embate intenso avizinha-se. Às 18 horas da próxima segunda-feira, as cortinas deslizam pelo perímetro do Fontelo, desvendando a batalha entre o Académico de Viseu e o FC Porto B. Duas forças que se encontram num campo de batalha, cada qual com as suas armas, as suas estratégias e com os seus destinos entrelaçados num emaranhado de altos e baixos.

Os Viriatos, guerreiros incansáveis, ocupam o oitavo posto na classificação, erguendo o estandarte dos 38 pontos com o orgulho de quem bem sabe o que passámos até aqui chegar. Empatados com o Mafra, mas não contentes com o meio-termo, anseiam por mais, por uma escalada rumo às alturas que só os verdadeiros heróis ousam alcançar. No entanto, diante deles, surge um desafio: o FC Porto B, um adversário conhecido que não conseguiu triunfar nas últimas três peregrinações a Viseu.

Cravada na memória dos Viriatos, ecoa a derrota na primeira volta, uma sombra que se transforma em combustível para a fogueira, que faz arder os seus corações de desejo de vitória. Recordam, amargamente, o embate no Olival, onde sucumbiram por 3-0, uma ferida aberta que clama por cicatrizar. E não é de resignação que se alimentam estes guerreiros. Não, é de determinação, de garra, de uma chama interior que consome toda a dúvida e todo o medo.

Jogadores e adeptos, unidos por uma paixão indomável, convergem para o Fontelo após quatro empates consecutivos a uma bola. Estes homens e mulheres, que constituem a Nação Viriathus, não satisfeitos com a mediocridade do empate, anseiam pela vitória, pelo triunfo que os elevará na tabela.

Para os desejos alcançar, os bravos Viriatos treinam incansavelmente, aprimorando as suas habilidades, forjando uma unidade indissolúvel que os tornará mais fortes do que a soma de todas partes. Nos olhos dos jogadores, reluz a determinação de quem não se contenta com menos do que a vitória. Nos corações dos adeptos, pulsa a esperança de que este seja o dia em que a fortaleza do Fontelo se imponha uma vez mais.

Que se ergam as cortinas, que soe o apito do árbitro, que comece a batalha. Nos campos de Viseu, onde os heróis se forjam e as lendas se inscrevem na eternidade, o Académico está pronto para continuar a mostrar ao mundo, o que é isto da Raça Beirã.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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