No bem tratado relvado do Benfica Campus, assistimos esta tarde a um duelo intenso e cheio de ambições entre Académico de Viseu e Benfica B. A resiliência e o ímpeto dos Viriatos, tentavam erguer-se como um desafio intransponível para os encarnados. Desde o apito inaugural, ficou patente que os homens da Beira não viajaram à Capital apenas para competir, mas sim para deixar uma marca indelével, que os fizesse regressar aos triunfos.
Apesar do arranque dominado pelos jovens encarnados, com Pedro Santos a roçar a trave, os comandados de Jorge Simão recusaram-se a ser meros espectadores desta partida, que levou mais de meia centena de academistas ao Seixal. Com uma progressiva ascensão, foram conquistando terreno, desafiando a integridade defensiva do adversário e criando oportunidades de fazer tremer os alicerces do Benfica Campus. Yuri Araújo esteve perto de capitalizar essas mesmas oportunidades aos 24 minutos, num deslize do guardião benfiquista. No entanto, o canarinho rematou à figura, não concretizando a abertura do marcador, mas alimentando as chamas de esperança que ardiam nos corações dos academistas.
Contudo, foi na segunda metade que os rapazes, de Manto Negro encorpado, revelaram a sua verdadeira força. Mesmo após o Benfica B converter uma grande penalidade, num lance polémico que originou uma alegada mão na bola, os homens de Viseu não vacilaram. Apenas oito minutos após o “fatídico 49´”, a dupla de centrais foi lá à frente inscrever o seu nome na ficha de jogo. Na sequência de um lance confuso, o Capitão André Almeida subiu às alturas, encontrando a desmarcação de Arthur. De Chaves na mão, qual ponta-de-lança, o brasileiro venceu no primeiro ressalto, aplicando o pé esquerdo à saída do guardião encarnado. 57 é o minuto do engenho e da justiça, que juntos soltaram a festa no setor que abrigou as boas gentes de Viseu.
Convictos de que não queriam trazer para o Fontelo o quarto empate seguido a uma bola, os beirões travaram uma batalha intensa pela bola, desdobrando-se em esforços e desafiando os seus limites. Steven Petkov, entrado no segundo tempo, ainda almejou a baliza contrária, mas o remate com selo de golo foi travado por André Gomes. A balança do destino não se inclinou para nenhum lado, e o empate persistiu como testemunha desta aguerrida discussão pelos três pontos.
Também a discutir, seguimos lado a lado com os quatro empates “mínimos” a um golo, que em nada traduzem aquela que é, desde sempre, a nossa vontade de vencer. Como se costuma dizer em bom português: em caso de não se conseguir vencer, pois então que não se perca.