Equipa Profissional 2024-03-30

“Preparámo-nos a fundo para defrontar uma equipa com muita juventude”

O mister Jorge Simão deu, no final da manhã de hoje, a conferência de imprensa de antevisão à partida desta segunda-feira, em casa do SL Benfica B.

Perante as questões dos órgãos de comunicação social, o treinador do Académico de Viseu começou por reforçar que não é adepto das pausas na competição, assumindo que a equipa está preparada para o jogo desta jornada: “Se pudesse escolher, obviamente não havia semanas sem competição, porque é importante manter a regularidade. Se não for possível, devemos manter as nossas rotinas, insistindo nos comportamentos que queremos ver no jogo. E o nosso último jogo foi uma boa amostra desses comportamentos. Preparámo-nos a fundo para defrontar uma equipa com muita juventude, que tem uma forma de jogar talvez diferente, da maior parte das equipas da segunda liga. Tem bons jogadores a nível individual, que procura muito ligar o seu jogo entre setores, com poucas bolas longas. Acho que vamos jogar com bom clima, num bom terreno e, portanto, tem tudo para ser uma boa partida”.

Já sobre o atual momento academista, Jorge Simão mostrou-se convicto de que, no que toca às exibições, esta é a melhor fase da temporada: “O bom ou mau momento de uma equipa, eu sinto-o por aquilo que vou me apercebendo ao nível comportamental, ou seja, segundo o que nós conseguimos fazer no jogo. Se olharmos só para o resultado, vamos estar eufóricos se estivermos numa sequência de vitórias, e deprimidos se sofrermos derrotas consecutivas. E essa não é uma boa base de análise. Continuamos a manter serenidade naquilo que são os resultados que estamos a alcançar. Acima de tudo, se olharmos para o nosso comportamento, estamos muito bem melhor do que alguma vez tivemos esta época.”

Questionado acerca das mais recentes renovações de André Almeida e de Igor Milioransa, o técnico dos Viriatos destacou o bom trabalho de toda a estrutura: “Este clube tem dado passos, etapa após etapa, para construir e criar bases cada vez mais sólidas para um futuro melhor. Falo, concretamente, de uma equipa de juniores forte, que está neste momento a lutar para ser campeã nacional, e da equipa de sub-23 com jogadores com muita qualidade, que têm trabalhado bastante connosco. As renovações destes jogadores, com uma faixa etária diferente dos mais novos, é que fazem o “cimento” desta equipa, para que depois possa ser complementada com outros jogadores jovens que estão a emergir dos escalões jovens. Fechar jogadores maduros, com provas dadas e com muito para conquistar ao serviço do clube, são decisões que reforçam o bom trabalho que aqui a ser feito”.

O Académico de Viseu joga no Benfica Campus, às 18H desta segunda-feira, terreno do SL Benfica B. A partida referente à 27ª jornada da Liga Portugal 2, terá arbitragem do juiz Miguel Fonseca, da Associação de Futebol de Porto.

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As quatro cordas que deram música a uma centena de academistas em Alverca

Silêncio, que se vai cantar o fado viseense. Afinadamente, apresentamos a melhor composição musical da quarta jornada da Liga Portugal 2. Talvez por isso tenha sido, por felicidade, a que inaugurou a referida ronda do campeonato. Na segunda deslocação da temporada, o Académico de Viseu viajou até ao Ribatejo lusitano para reencontrar um velho conhecido. FC Alverca, de seu nome, redescobriu o caminho dos campeonatos profissionais na última temporada e fazia, neste final de tarde, a estreia da sua casa oficial na segunda liga. Enquanto bom convidado, o clube beirão priorizou desde cedo pelo respeito a um forte adversário, trazendo na comitiva uma bela centena de adeptos academistas espalhados pelo país. Incapazes de negar a sua génese, os comandados de Rui Ferreira esqueceram a entrada apagada da última jornada, repetindo os feitos das rondas um e dois. Pressionantes desde o início, o minuto 10 foi de entusiasmo nas bancadas do Estádio do FC Alverca. Da esquerda para o meio, Clóvis (que mais à frente completaria a sua estreia a marcar na nova temporada) encontrou a desmarcação primorosa do alemão Messeguem. Com um grande trabalho em plena grande-área, o médio academista descobriu o malabarista Yuri Araújo que, irrompendo nas costas do central mais à esquerda da defesa, fuzilou pela primeira vez as redes adversárias. Foi a terceira “cambalhota” brasileira na época, que venham mais Yuri. Pois nem quatro minutos depois, numa jogada que começa com uma recuperação de bola do Capitão André Almeida à entrada da nossa área, a redondinha mexeu-se de um lado ao outro num “tirinho”. Yuri, Messeguem, Marquinho e Paulinho tocaram no esférico antes do lateral-direito cruzar ao segundo poste para o imperador Clóvis, que conseguiu fazer o 2-0 antes do primeiro quarto de hora. Com duas das cordas a encantar os Viriatos nas bancadas com 100% de eficácia, outras duas iriam chegar para completar o quarteto perfeito de que necessitávamos. Contaram-se mais 20 minutos na partida, quando o inevitável voltou a acontecer. Livre lateral à esquerda, com Paulinho a dar em Gautier que despachou com sotaque francês para o corredor contrário. Apanhada em contrapé, a defensiva contrária não evitou que Clóvis chegasse primeiro à bola e que tivesse todo o tempo para tirar um cruzamento perfeito. Ao segundo poste, a torre Capitã (que tinha subido para o livre) esticou-se no relvado para levar a bola ao poste, ainda desta subir e ter a possibilidade, de cabeça, para fazer o terceiro. Entravam em êxtase os academistas ao verem mais três pontos a formarem-se. Tal como disse o nosso timoneiro, a partir deste momento tudo se simplificou. A iniciativa dada, propositadamente, ao FC Alverca serviu para poupar energias e reforçar a coesão na retaguarda, plano que também correr de feição. Quem esperava um início de segunda parte, diferente da primeira desenganou-se, imediatamente. Isto porque segundo da tarde estava reservado para os 49:52 minutos. Quem pestanejou, não o viu. Quem olhou no momento certo, deslumbrou-se com o remate de Paulinho. Após um contra-ataque rápido dos Beirões, o alívio trouxe até ao lateral-direito (que já tinha feito o gosto ao pé frente ao FC Porto B) a oportunidades perfeita para alvejar as redes contrárias. Receção e remate cruzado logo de seguida, da bitola dos 20 metros (mais coisa menos coisa). Estava fechado, ainda antes dos 50 minutos, o resultado que deixava tranquila uma equipa equilibrada, coesa e, acima de tudo, adulta. Seguem-se duas semanas de pausa, com o topo da classificação guardado nas Muralhas de Viseu. É mesmo no seu interior que iremos defendê-lo na próxima jornada, frente à UD Leiria. O Fontelo prevê-se cheio e entusiasmado…avante Académico.

2024-08-31

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