Desta feita, não teremos a habitual crónica de antevisão. Imbuídos do espírito de reinvenção e de evolução, propomos à Nação Viriathus a leitura desta "Crónica" de lançamento do jogo entre o Académico de Viseu e o SL Benfica B, da próxima segunda feira, escrita em poema.
Numa Santa tarde de Páscoa, no fervor da Capital
Académico e Benfica B encaram-se, num duelo primordial.
No Benfica Campus, em Lisboa, Viseu se ouvirá,
Envolto em cânticos academistas disfarçados de “bruaá”.
Viajantes Viriatos chegam com fome de vitória,
Após uma igualdade tripla, que deixou um gosto agridoce na memória.
1-1 foi o resultado repetido, que como nunca nos fez suspirar,
Essa divisão de pontos madrasta, persistente, que nos impediu de “triunfo” cantar.
Cientes do que nos une, partimos em busca do nosso Fado,
Em terra de fadistas, espalhamos este histórico legado.
Frente às águias de encarnado queremos alto voar,
E o Manto Negro que envergamos, desejamos orgulhar.
A ronda é a vinte e sete, quando faltam oito para jogar
É só um ponto que os separa, com vantagem para o que da Beira vão viajar.
Nós o oitavo, do outro lado está o nono,
Vamos lá mostrar-lhes quem da glória quer ser dono.
Fácil não será, mas juntos continuaremos,
Aliciados pelo desejo de fazer tudo o que podemos.
Na Capital deste país, carregamos o Interior às costas,
Envaidecidos pela guerra que fazemos às desigualdades impostas.
Nesta Visita Pascal, o beijo dá-se no símbolo Beirão,
Com a fé com que cada um ajudou a fundar esta Nação.
Somos gigantes, e disso bem sabemos,
Vencer por vocês, é tudo aquilo pelo qual nos movemos.