Equipa Profissional 2024-03-14

Confronto entre Capitais

Num sábado nublado, com o relvado verdejante do Estádio do Fontelo pronto para mais uma batalha, as cidades de Viseu e Paços de Ferreira preparam-se para ver os seus guerreiros a enfrentar-se em campo. De um lado, o Académico continua a crescer das terras da Muralha, na Capital da Beira-Alta, onde os Viriatos são mais que uma tradição, são uma essência gastronómica, tão enraizada quanto o orgulho que pulsa nas veias dos seus viseenses.

Desde outubro, o Académico mantém a sua fortaleza inviolada, erguendo-se como uma muralha impenetrável diante de adversários ousados. Nem mesmo a derrota na Vila das Aves, que trouxe consigo a quebra na senda pontual, foi capaz de abalar as fundações desta equipa que, com garra e determinação enfrentou, recentemente, dois dos principais candidatos à subida, mantendo-se firme e determinada em não se amedrontar seja perante quem for.

Do outro lado do relvado, encaramos o FC Paços de Ferreira, oriundo da Capital do Móvel, onde a arte de moldar a madeira é uma tradição, que se reflete até nos corações daqueles que lá vivem. Com os mesmos 36 pontos que o Académico, o Paços apresenta-se com vantagem na tabela classificativa, trazendo consigo o ímpeto de três vitórias consecutivas no campeonato.

Na primeira volta, a turma de Jorge Simão sofreu uma derrota por 1-0, num jogo onde a sorte não sorriu a seu favor, mas onde a ambição foi inegável. Agora, diante da muralha viseense, estes Viriatos estão determinados a mostrar a força e a qualidade que os trouxeram até aqui, sabendo que, neste embate, tal como em todos os outros, não há espaço para erros.

Será o 15º confronto entre os dois históricos do futebol português, numa história que se desenrola desde 1983. Numa época que acabaria em tristeza para as gentes de Viseu, que viam o seu Académico em queda livre para a terceira divisão, dois anos depois de ter estado no topo superior do futebol nacional, Viriatos e Castores empatariam a zero no Fontelo, sendo que os pacenses venceriam na segunda volta por 2-0. Seguiram-se 12 partidas, onde os academistas só venceram por uma vez. Está, por esse mesmo motivo, mais que na hora de quebrar tal enguiço

As cidades de Viseu e Paços de Ferreira unem-se na esperança e na paixão pelo desporto. O Fontelo pulsa com a saudade em ver os seus academistas nas bancadas, enquanto os jogadores entram em campo. Força, Viriatos.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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