No embate entre o Académico de Viseu e o CD Nacional, que terminou empatado a uma bola, assistimos a duas metades distintas, cada uma com a sua própria narrativa.
Na primeira metade do jogo, presenciamos um espetáculo vibrante, repleto de oportunidades de golo, bom futebol e intensidade. O Académico entrou em campo com garra, demonstrando um futebol envolvente, eficaz e pressionante que deixou, por várias vezes, a defesa insular em dificuldades. Foi aos 21 minutos que o marcador se movimentou a favor dos viseenses, num belo lance que teve início com uma recuperação de bola de Marquinho. Miguel Bandarra fez um cruzamento perfeito ao segundo poste, onde Gautier apareceu para servir Clóvis, que não desperdiçou a oportunidade e colocou o Académico em vantagem. Durante esta primeira parte, André Almeida, Miguel Bandarra e Clóvis voltaram a ameaçar a baliza adversária, mostrando a determinação da equipa em ampliar a vantagem. No entanto, mesmo em cima do intervalo, o Nacional conseguiu igualar o marcador. Witi desferiu um cruzamento certeiro para Gustavo da Silva, que apenas teve de encostar para fazer o golo do empate.
Já na segunda metade do jogo, o ritmo e a qualidade do espetáculo diminuíram. Ambas as equipas adotaram uma postura mais cautelosa e tática, privilegiando a segurança defensiva. O meio-campo tornou-se num campo de batalha, com duelos intensos que demonstraram alguma perda do fulgor academista do primeiro tempo. De forma controversa, a turma de Jorge Simão viu-se reduzida a dez jogadores aos 86 minutos, com a expulsão de Arthur Chaves após o segundo cartão amarelo, numa falta que dividiu opiniões.
No final, o resultado refletiu o equilíbrio e a intensidade do confronto. Duas partes, duas histórias, cada uma contribuindo para a riqueza do espetáculo desportivo que deixou os adeptos academistas, novamente, com água na boca.