Equipa Profissional 2024-03-10

Duas partes, duas histórias

No embate entre o Académico de Viseu e o CD Nacional, que terminou empatado a uma bola, assistimos a duas metades distintas, cada uma com a sua própria narrativa.

Na primeira metade do jogo, presenciamos um espetáculo vibrante, repleto de oportunidades de golo, bom futebol e intensidade. O Académico entrou em campo com garra, demonstrando um futebol envolvente, eficaz e pressionante que deixou, por várias vezes, a defesa insular em dificuldades. Foi aos 21 minutos que o marcador se movimentou a favor dos viseenses, num belo lance que teve início com uma recuperação de bola de Marquinho. Miguel Bandarra fez um cruzamento perfeito ao segundo poste, onde Gautier apareceu para servir Clóvis, que não desperdiçou a oportunidade e colocou o Académico em vantagem. Durante esta primeira parte, André Almeida, Miguel Bandarra e Clóvis voltaram a ameaçar a baliza adversária, mostrando a determinação da equipa em ampliar a vantagem. No entanto, mesmo em cima do intervalo, o Nacional conseguiu igualar o marcador. Witi desferiu um cruzamento certeiro para Gustavo da Silva, que apenas teve de encostar para fazer o golo do empate.

Já na segunda metade do jogo, o ritmo e a qualidade do espetáculo diminuíram. Ambas as equipas adotaram uma postura mais cautelosa e tática, privilegiando a segurança defensiva. O meio-campo tornou-se num campo de batalha, com duelos intensos que demonstraram alguma perda do fulgor academista do primeiro tempo. De forma controversa, a turma de Jorge Simão viu-se reduzida a dez jogadores aos 86 minutos, com a expulsão de Arthur Chaves após o segundo cartão amarelo, numa falta que dividiu opiniões.

No final, o resultado refletiu o equilíbrio e a intensidade do confronto. Duas partes, duas histórias, cada uma contribuindo para a riqueza do espetáculo desportivo que deixou os adeptos academistas, novamente, com água na boca.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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