Equipa Profissional 2024-02-14

Este Viriato que vos fala

Este Viriato que vos fala, entre memórias de pedra e de história que se entrelaçam, vislumbra o horizonte tingido de preto e branco. Num domingo matinal, quando o sol desperta sobre o Fontelo, eleva-se a alma do Académico de Viseu para mais uma batalha na Liga Portugal 2.

Do outro lado do campo, espera-nos a UD Oliveirense, pronta para desafiar o ímpeto viseense. Nas vielas de Viseu e nas ruelas de Oliveira, a paixão pelo futebol corre nas veias dos seus filhos. Do Fontelo ao Carlos Osório, das margens do Dão ao Cértima que serpenteia, estas duas cidades escrevem linhas de fervor e tradição nos relvados que as unem.

No embate da última semana, diante do Penafiel, o Fontelo viu-se banhado em glória, reverberando os cânticos dos fiéis. Agora, já de olhos postos na turma de Azeméis, a serenidade do passado não pode toldar a vontade de vencer. E certo é que a batalha será árdua. A Oliveirense não se apresentará como adversária fácil, mas é na luta que encontramos a nossa força. Há quatro jogos sem vencer, e com uma vitória nos últimos 12 encontros, a equipa do Distrito de Aveiro quer sair desta onda negativa, vendo no Fontelo uma oportunidade para voltar a pontuar e afastar-se da linha de água. Mas aqui, mandamos nós. Nós mesmos que estamos a um jogo, de completar uma dezena seguida a somar pontos, naquela que é a melhor série da temporada. Aliás, em casa já não conhecemos nenhum dissabor desde outubro, e assim lutaremos por continuar.

Não nos iludamos com utopias distantes, mas deixemos que a ambição seja a chama que nos guia. Este Viriato que vos fala, não vos mente. Não vos mente, mas acompanha-vos nos vossos sonhos. Mantemos os pés firmes no chão, no entanto erguemos o olhar para as estrelas, conscientes do potencial que reside nesta equipa aguerrida. Unidos, tecemos o futuro com os fios da esperança, da valentia e da determinação. O Fontelo quer voltar a ser testemunha da nossa entrega, e os Deuses do futebol desejam sorria novamente perante os nossos esforços.

Que este Viriato que vos fala seja apenas uma voz entre muitas, ecoando o orgulho de vestir as cores do nosso Académico. Porque aqui, neste Fontelo que é tão nosso, somos mais do que onze em campo. Somos uma família, somos uma cidade, somos uma paixão que não se esmorece. Que domingo seja dia de festa, de vitória, de celebração. Porque hoje e sempre, é o Académico que nos une, que nos emociona, que nos faz sonhar.

Força Viriatos, rumo à vitória!

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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