Equipa Profissional 2024-02-08

Aviso: Muralha em Reconstrução

No coração da Beira, na Cidade que desta Região é Capital, sopram ventos fortes que espalham, pelo quotidiano dos academistas, a vontade insaciável de jogar, de pisar o relvado e de ver a redondinha em movimento. E essa vontade, perguntam vós, a que se deve? Deve-se, por sinal, ao facto de termos ficado impedidos de a saciar no fim de semana passado. Razões que a nós são alheias, atrasaram uma deslocação fora de casa, adiando o reencontro entre equipa e adeptos.

Para nosso bem, a espera pouco mais irá durar. No próximo sábado, por volta das 11H, histórias de bravura e paixão voltarão a ser contadas entre os Viriatos nas bancadas, enquanto os guerreiros em campo se prepararão para voltar a defender o nosso emblema.  

Ao soar dos sinos da Igreja do Sameiro, em Penafiel, ecoam os murmúrios dos adeptos, ansiosos pelo embate que se avizinha. Do outro lado, a Muralha de Viseu, imponente e inabalável, aguarda para ser posta à prova, como guardiã dos sonhos e aspirações da cidade beirã. Neste conto de rivalidade e devoção, as duas cidades encontram-se em campo, não apenas como representantes desportivos, mas como guardiãs de uma história que se escreve há décadas a fio. O Académico de Viseu, com a sua tradição de luta e entrega, carrega nos seus passos os ecos do passado, os ecos dos heróis que outrora envergaram o seu manto. O regresso ao Fontelo, onde o espírito beirão se manifesta em cada brado de apoio, é o cenário perfeito para manter viva a chama da vitória. O Académico não perde em casa desde o último outubro, quando a UD Leiria quebrou, temporariamente, a nossa fortaleza. Desde então, seis jogos se passaram, seis batalhas em que a Muralha de Viseu se ergueu com firmeza, protegendo os interesses do seu povo. E agora, mais do que nunca, é hora de continuar a defender a nossa casa, de erguer a voz em uníssono e mostrar ao país a nossa determinação. Pois o Académico de Viseu não é apenas um clube de futebol…é um símbolo de resistência, de identidade, de tudo o que torna esta região única e especial, que não necessita de estar no Litoral geográfico para ser uma referência, que marca pela diferença.

Nos últimos nove encontros entre os dois escudos, o Penafiel venceu apenas por uma vez, num histórico de confrontos que se iniciou na longínqua época de 1966/1967. Puxando a fita à frente, a presente edição da Liga Portugal 2 já nos trouxe um nulo entre Académico e Penafiel, sendo que, a esta altura, são dois os pontos que os separam, com vantagem para os viseenses. Na oitava posição, com 27 pontos conquistados (mas com menos um jogo), a turma beirã continua a olhar para cima, numa ambição nada descabida de tentar aproximar-se da carruagem da frente.   

Que no próximo sábado, sob o olhar atento da Muralha de Viseu, os guerreiros do Académico entrem em campo com a garra dos seus antepassados. Que cada jogador, cada adepto, seja uma pedra da muralha, que desde outubro passado temos vindo a reedificar.  Pois neste jogo intenso, onde as emoções estão à flor da pele, é o espírito de união que nos guiará rumo ao triunfo.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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