Equipa Profissional 2024-01-14

Um ponto na Madeira em regime “Mea Culpa”

Foi nesta tarde solarenga do janeiro madeirense, que o Académico de Viseu empatou a uma bola em casa do CS Marítimo. Cientes do momento de invencibilidade que conseguiram aumentar, os Viriatos saíram da ilha com um sabor agridoce quanto à divisão de pontos.

Perante uma equipa bem organizada, o Académico assumiu o primeiro lote de despesas no encontro, posicionando-se no seu meio-campo ofensivo nos primeiros dez minutos de jogo, criando alta pressão sobre a defensiva contrária e o portador da bola.

Aos 11 minutos, após excelente recuperação alta, Yuri Araújo (de regresso à titularidade) recebeu uma bola pré-simulada com classe por Clóvis, para se isolar perante o guardião maritimista. No entanto, o brasileiro tocou para o lado, preterindo o passe ao remate, perdendo a primeira grande oportunidade nos Barreiros.

Apenas quatro minutos depois, a dupla canarinha voltou a mostrar as armas do exército viriato, quando Clóvis descobriu Yuri nas costas da defesa, bombeando o esférico para a entrada direita da grande-área. O extremo chutou de primeira, para defesa a dois tempos de Abedz. Nunca permitindo muita posse de bola ao Marítimo, a turma de Jorge Simão chegou à primeira meia hora por cima, com mais ascendente atacante e muito mais forte nos duelos.

Aos 39 minutos, o primeiro grito academista soou na Ilha onde se fala “à madeirense”, mas com sotaque brasileiro. Igor Milioransa arremessou longo um lançamento na projeção da grande área insular, onde o capitão André Almeida penteou a redondinha nas alturas, para Clóvis fazer de cabeça o 0-1. Os primeiros 45 minutos chegariam ao fim pouco depois, com uma clara justiça no marcador.

No arranque da segunda parte, com ascendente natural do conjunto da casa, os academistas mantiveram-se coesos, privilegiando a posse de bola atrás e as triangulações quase sempre certeiras no miolo do terreno. Aos 52 minutos, Samba Koné foi incisivo ao entrar na metade atacante, rematando forte à entrada da grande área, mas ligeiramente ao lado do poste esquerdo da baliza. À entrada para a última meia-hora, os madeirenses conquistaram duas boas ocasiões de perigo junto às redes de Grill, que ainda assim não teve grande trabalho fora dos postes.

Já sem Samba Koné em campo, expulso por duplo amarelo, o Marítimo chegou ao empate aos 78 minutos, através de um livre direto marcado por Lucas.

Mesmo com apenas 10 unidades, o Académico foi capaz de aproximar-se diversas vezes da baliza do Marítimo, numa fase terminal do jogo, totalmente partida entre os ataques de ambas as equipas. Mal batido no golo do empate, Domen Grill redimiu-se aos 89 e aos 90 minutos, ao fazer duas enormíssimas defesas, que mantiveram o empate a uma bola.

Fica, como dissemos no início, um sabor agridoce quanto ao resultado. Ainda que reconhecendo o valor e as oportunidades do adversário, ficam na retina vários momentos, nos quais a turma beirã poderia ter colocado, ainda mais em evidência, a superioridade que conseguiu atingir. O domínio do meio-campo, as excelentes transições e a coesão defensiva, perante uma das melhores equipas do campeonato, foram notórios. Ainda assim, são agora seis os jogos consecutivos a pontuar, e esse mérito já ninguém nos tira.

Avante, Académico. Sexta-feira há mais.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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