Equipa Profissional 2023-12-14

O último jogo do Fontelo em 2023

Na cidade de Viriato, onde a história sussurra pelas antigas calçadas e as pedras testemunham o passar dos séculos, um clube que é mais do que futebol (é legado e tradição), reforça os trabalhos de projeção para a sua próxima partida.

À medida que o sol derrama os seus raios sobre o Estádio do Fontelo, a atmosfera ganha vida, antecipando o espetáculo que está prestes a desenrolar-se no tapete verde, diante do único representante do Oeste continental nas competições profissionais. O velhinho, histórico e por todos agraciado Fontelo, viverá na manhã do próximo sábado, o último folgo academista de 2023. A alma beirã que dele nunca sai, só voltará a fazer-se ouvir no primeiro compromisso oficial de janeiro, com a certeza de que a nossa casa lá estará para nos receber de braços abertos, como sempre. A brisa gelada do dezembro invernal que atravessa o Dão, carrega consigo o murmúrio das árvores que rodeiam o mítico Fontelo, e o eco dos cânticos fervorosos dos academistas, que, como fiéis guardiões, se preparam para apoiar os seus guerreiros vestidos de preto e branco.

O Académico de Viseu, com a sua alma impregnada de paixão, encara a jornada número 14 da Liga Portugal 2 com a determinação de quem defende não apenas um clube, mas uma identidade e uma herança que se desenrola a cada jogo. No lado oposto do campo, surge o SCU Torreense, um desafio a ser enfrentado, um adversário que traz consigo a qualidade e mérito da sua própria trajetória futebolística.

Estudando a história, analisamos um dos duelos com mais passado nesta competição. Decorria o ano de 1950, quando a 19 de fevereiro os beirões de deslocaram a Torres Vedras, onde venceram por 0-1, em jogo referente à Zona B da segunda fase da segunda divisão nacional. Foi o primeiro de 57 encontros entre os dois emblemas, nos quais os viseenses levam clara vantagem: são 25 vitórias, frente a 19 derrotas e 13 empates. Neste universo de jogos, regista-se apenas um empate a zero bolas, o que perspetiva uma partida de novo emocionante, onde os golos farão parte das linhas que a mesma irá traçar.

Em fases similares da temporada, com alguma dificuldade em manter a consistência de vitórias no campeonato, Torreense e Académico estão, a esta altura, separados por cinco pontos, com vantagem para a União. Posicionados no décimo terceiro lugar, os academistas recebem o sexto classificado da tabela, na casa onde não perdem há três jogos. Por outro lado, o Torreense perdeu na última deslocação, por 1-0 em casa da União de Leiria.

No final do espetáculo, o que permanecerá é a certeza desta paixão a que chamamos “futebol” e deste amor que apelidamos de “Académico”. Força Viriathus.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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