Equipa Profissional 2023-12-07

Oceano de Emoções: Duelo em Mafra na procura de novo triunfo

Num palco colado à longa extensão lusitana do Oceânico Atlântico, onde o verde do relvado dás as mãos ao azul do mar, o Académico de Viseu prepara-se para nova deslocação na Liga Portugal 2, numa dança futebolística que ecoará entre as muralhas históricas da bonita cidade de Mafra.

É domingo, dia “da bola”, e o Estádio Municipal de Mafra aguarda com a solenidade de quem recebe dois amantes apaixonados: o desporto e a poesia. À beira-mar plantada, Mafra veste-se de amarelo e verde para receber os bravos Viriatos. O viajante beirão destemido, desembarca na arena mafrense com a herança de uma cidade que é testemunha de séculos. O Dão cruza-se com o Atlântico, num duelo que se desenha não apenas nos pés dos jogadores, mas nos versos que se formam a cada lance. Os adeptos academistas, em coro, trazem consigo a força de uma tradição que se ergue em forma de espírito do nosso clube, da nossa cidade, da nossa região.

Assim, o domingo da bola constrói-se sobre uma base de “Magia do futebol”, onde o CD Mafra e o Académico de Viseu se tornam protagonistas de um verdadeiro espetáculo. O equilíbrio histórico que define os embates entre estes dois emblemas, é o pretexto perfeito para lançar esta partida da jornada 13 da segunda liga. Os números falam por si, quanto à estatística proporcional de vitórias e empates entre as duas respeitadas instituições desportivas. Em 15 jogos nos quais se defrontaram, registaram-se sete empates e precisamente quatro vitórias para cada lado, praticamente sempre intercaladas. Na temporada 2022/2023, o equilíbrio voltou a imperar até no resultado, e o fator “visitado” decidiu os seis pontos em jogo (no Fontelo, o Académico venceu por 2-0; na segunda volta, a turma lisboeta ganhou pelos mesmos números). Há, portanto, um empate técnico por quebrar, que todos desejamos que se transforme numa vantagem pintada a preto e branco.

Impulsionados pelo regresso aos triunfos da última jornada, na vitória mais convincente da época, frente ao Belenenses, os comandados de Jorge Simão partem para a antepenúltima jornada do ano, vindos de uma sequência de dois triunfos em três jogos. Do outro lado, o Mafra vem de duas derrotas seguidas (Estoril Praia, para a Taça da Liga; e Feirense para o campeonato), numa série onde ganhou apenas um dos últimos seis encontros.  

Nas quatro linhas, a bola é a caneta que escreve a história, e o desfecho desse poema de paixão será selado sob o olhar atento do Atlântico, que guarda segredos tão antigos quanto o nosso amor pelo desporto rei. Que role a bola, e que no fim os três pontos regressem para Viseu.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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