Equipa Profissional 2023-11-29

A Poesia do futebol está em jogo

No centro deste Portugal continental, ergue-se a cidade de Viseu, guardiã de histórias entrelaçadas com o fio do destino. É cá, no coração do nosso país, que o Académico de Viseu se prepara para tecer mais um capítulo da sua temporada. O Sol, cúmplice das paixões que habitam os campos de jogo, pintará de tons dourados o relvado do Estádio do Fontelo, palco de emoções que se desdobram como páginas de um livro ainda por escrever. Os viseenses, fiéis depositários das tradições e fervorosas chamas do amor academista, agitar-se-ão nas bancadas, ansiosos pelo espetáculo que está prestes a desenrolar-se diante de seus olhos.

Do outro lado do tabuleiro, como peças de um xadrez imprevisível, estarão os azuis do CF "Os Belenenses". O clube lisboeta, enraizado na capital que respira fado e poesia, trará consigo o eco de muitas batalhas travadas nos relvados nacionais. Em 13 ocasiões anteriores, nas quais estiveram frente a frente estes históricos emblemas desportivos, “O Belém” levou a melhor em nove ocasiões, contra duas vitórias do Académico e dois empates. Tal história, não conhece qualquer reedição oficial desde a temporada 2014-15, altura em que no Restelo ambos se defrontaram para a Taça da Liga.

É esta a promessa de um duelo onde cada lance é uma estrofe, e cada golo é um verso rimado pela destreza e pela arte. O apito do árbitro Ricardo Baixinho da AF de Lisboa, como o início de uma sinfonia, dará o mote para a dança das equipas. Os jogadores, atletas por natureza e poetas por vocação, deslizarão pelo campo como versos livres, procurando a métrica perfeita que os conduza à baliza adversária. O esférico, mensageiro de sonhos e desafios, circulará entre pés ágeis e mentes estrategicamente afiadas. No banco de suplentes, Jorge Simão, estratega de um poema tático, estará na primeira fila a observar o desenrolar da narrativa. A multidão, fervilhante como um poema recitado em uníssono, cantará e gritará, eufórica com o nosso Académico, impulsionando esta equipa que de carinho e apoio necessita.

E assim, no crepúsculo que se avizinha, a partida entre o Académico de Viseu e o CF "Os Belenenses", marca o regresso dos nossos viriatos à cidade que é capital do interior. Focados na recuperação, atrás do tempo perdido, erguem-se da derrota antecessora, cientes das capacidades do seu jogo, da sua força coletiva e capacitados de novas táticas, que os façam sair vitoriosos perante os azuis de Belém.

Marcamos encontro para o Estádio do Fontelo, nesta sexta-feira às 18H. Esperamos por si.

Partilhar:
Equipa Profissional

Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

Patrocinadores Principais