Equipa Profissional 2023-11-07

Um Viriato nunca se verga

Seja qual for o contexto, a situação ou o resultado. Não iremos ao chão.

Em Paços de Ferreira, a noite fria acabou mesmo por congelar os corações academistas, bafejados por mais uma onda de azar. Não será ele o culpado de tudo, mas sem dúvida que não tem facilitado nada…

Será clichê dizer que o jogo não teve história? Talvez. No entanto, não fujamos à verdade. Numa partida decidida num lance relativamente madrugador, onde Djaló aproveitou o espaço nas costas da defensiva viseense, para sozinho fazer o golo da vitória, foi até o Académico de Viseu a entrar melhor e a dispor da primeira oportunidade para marcar. Após uma falta ganha por Yuri Araújo (que seguia disparado para a baliza, travado apenas pelo amarelado Luiz Carlos), as excelentes intenções de Famana Quizera esbarraram com estrondo na trave da baliza de Marafona, após o jovem médio ter batido o livre em posição frontal, mesmo à entrada da grande-área dos visitados.

Perante um duro revés ainda cedo na partida, os Viriatos colocaram mãos à obra e avançaram à procura do empate. Ingloriamente, debateram-se no resto do jogo contra uma equipa expectante e bem organizada defensivamente, que aproveitava as saídas na transição para tentar causar alvoroço à turma beirã. Ainda no primeiro tempo, à passagem do minuto 24, Domen Gril brilhou e respondeu afirmativamente a um cabeceamento perigoso que nasceu de um canto. Chegávamos ao intervalo com o 1-0 com o qual terminaria o encontro.

Ainda assim, acutilantes na pressão, os comandados de Jorge Simão realizaram um bom segundo tempo, dispondo das melhores ocasiões para fazer golo. Na primeira (e mais perigosa), onde a pressão resultou num roubo de bola em zona subida, Gautier colocou à prova o guardião pacense que teve se esmerar para impedir o golo do francês, aos 51 minutos.

Depois deste lance, reconheçamos que foram poucos aqueles que colocaram a defesa nortenha em alerta. Ainda que com todas as substituições à sua disposição efetuadas, o conjunto viseense teve dificuldades e acabou mesmo por sair derrotado da Mata Real.

A atitude, essa, não é de novo colocada em causa. Todos os que viram a partida, reconhecem nestes nossos jogadores uma alma e um querer, dos quais poderão colher frutos em breve. Tal como diz o provérbio latino, “fortis fortuna adiuvat”, ou em bom português: “A sorte favorece os audazes”. Deste lado, continuaremos a trabalhar audaciosa e arduamente, para que também ela nos possa sorrir mais uma vez.  

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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