Seja qual for o contexto, a situação ou o resultado. Não iremos ao chão.
Em Paços de Ferreira, a noite fria acabou mesmo por congelar os corações academistas, bafejados por mais uma onda de azar. Não será ele o culpado de tudo, mas sem dúvida que não tem facilitado nada…
Será clichê dizer que o jogo não teve história? Talvez. No entanto, não fujamos à verdade. Numa partida decidida num lance relativamente madrugador, onde Djaló aproveitou o espaço nas costas da defensiva viseense, para sozinho fazer o golo da vitória, foi até o Académico de Viseu a entrar melhor e a dispor da primeira oportunidade para marcar. Após uma falta ganha por Yuri Araújo (que seguia disparado para a baliza, travado apenas pelo amarelado Luiz Carlos), as excelentes intenções de Famana Quizera esbarraram com estrondo na trave da baliza de Marafona, após o jovem médio ter batido o livre em posição frontal, mesmo à entrada da grande-área dos visitados.
Perante um duro revés ainda cedo na partida, os Viriatos colocaram mãos à obra e avançaram à procura do empate. Ingloriamente, debateram-se no resto do jogo contra uma equipa expectante e bem organizada defensivamente, que aproveitava as saídas na transição para tentar causar alvoroço à turma beirã. Ainda no primeiro tempo, à passagem do minuto 24, Domen Gril brilhou e respondeu afirmativamente a um cabeceamento perigoso que nasceu de um canto. Chegávamos ao intervalo com o 1-0 com o qual terminaria o encontro.
Ainda assim, acutilantes na pressão, os comandados de Jorge Simão realizaram um bom segundo tempo, dispondo das melhores ocasiões para fazer golo. Na primeira (e mais perigosa), onde a pressão resultou num roubo de bola em zona subida, Gautier colocou à prova o guardião pacense que teve se esmerar para impedir o golo do francês, aos 51 minutos.
Depois deste lance, reconheçamos que foram poucos aqueles que colocaram a defesa nortenha em alerta. Ainda que com todas as substituições à sua disposição efetuadas, o conjunto viseense teve dificuldades e acabou mesmo por sair derrotado da Mata Real.
A atitude, essa, não é de novo colocada em causa. Todos os que viram a partida, reconhecem nestes nossos jogadores uma alma e um querer, dos quais poderão colher frutos em breve. Tal como diz o provérbio latino, “fortis fortuna adiuvat”, ou em bom português: “A sorte favorece os audazes”. Deste lado, continuaremos a trabalhar audaciosa e arduamente, para que também ela nos possa sorrir mais uma vez.