Equipa Profissional 2023-11-05

“Temos de encarar os factos e preparar-nos da melhor forma ganhar o jogo”

O mister Jorge Simão deu, no final da manhã hoje, a habitual conferência de imprensa de antevisão à partida desta segunda-feira, frente ao FC Paços de Ferreira.

No lançamento de mais uma deslocação para o campeonato, o técnico academista perspetivou um regresso a uma casa que bem conhece, mas na qual quer ser feliz como visitante: “À medida que vamos somando anos nesta profissão, vamos conhecendo cada vez mais casas, mais pessoas, mais terras e vamos deixando também boas recordações dos sítios onde vamos passando. Neste momento estou em Viseu, quero aqui criar também essas ligações, quero aqui ter momentos de grande felicidade que perdurem na memória. Portanto, e isso para que isso aconteça, precisamos de ganhar jogos, precisamos de vitórias. Isso é o que me importa”.

Na projeção da segunda partida ao serviço do Académico de Viseu, Jorge Simão reconheceu a qualidade do adversário, afirmando que os viriatos têm apenas o pensamento na vitória: “É perfeitamente natural que uma equipa que acaba de descer de divisão, se consiga organizar de forma a atacar a subida no ano seguinte. O Paços teve um início difícil, com resultados se calhar abaixo das expectativas, mas progressivamente, está a entrar outra vez num bom caminho. Vem de uma sequência boa de resultados, que acaba por se aproximar da normalidade, portanto é neste contexto que os vamos apanhar. Temos de encarar os factos e preparar-nos da melhor forma ganhar o jogo”.

Há pouco mais de uma semana a trabalhar a sua nova equipa, o técnico beirão disse sentir-se cada vez mais confiante, projetando um futuro que só poderá ser risonho, se for acompanhado por triunfos: “Com o tempo que vamos tendo de treino, vamos conhecendo melhor os jogadores. Tendo maior conhecimento, aumenta a nossa sensação de confiança, de segurança e a nossa perceção em relação àquilo que esperamos que vá acontecer. Devo dizer que estou confiante, mas acho que só as vitórias nos podem dar aquilo que procuramos, que é a estabilidade. Quando vencemos, as individualidades dos próprios jogadores conseguem expressar-se de outra forma, conseguem mostrar coisas que, quando a sequência dos resultados não é boa, ficam escondidas. As vitórias dão isso a qualquer jogador, a qualquer equipa, dão a possibilidade de todos os jogadores mostrarem todo o talento que têm. Quando os resultados não acontecem, as coisas tornam-se mais difíceis. Com o tempo, é fundamental que todos eles perceberem que os comportamentos têm de ter consistência, têm de perdurar”

O Académico de Viseu joga às 18H de amanhã, no Estádio Capital do Móvel, casa do FC Paços de Ferreira. A partida da jornada número nove da Liga Portugal SABSEG, terá arbitragem do juiz Carlos Teixeira, da Associação de Futebol de Vila Real. 

Partilhar:
Equipa Profissional

As quatro cordas que deram música a uma centena de academistas em Alverca

Silêncio, que se vai cantar o fado viseense. Afinadamente, apresentamos a melhor composição musical da quarta jornada da Liga Portugal 2. Talvez por isso tenha sido, por felicidade, a que inaugurou a referida ronda do campeonato. Na segunda deslocação da temporada, o Académico de Viseu viajou até ao Ribatejo lusitano para reencontrar um velho conhecido. FC Alverca, de seu nome, redescobriu o caminho dos campeonatos profissionais na última temporada e fazia, neste final de tarde, a estreia da sua casa oficial na segunda liga. Enquanto bom convidado, o clube beirão priorizou desde cedo pelo respeito a um forte adversário, trazendo na comitiva uma bela centena de adeptos academistas espalhados pelo país. Incapazes de negar a sua génese, os comandados de Rui Ferreira esqueceram a entrada apagada da última jornada, repetindo os feitos das rondas um e dois. Pressionantes desde o início, o minuto 10 foi de entusiasmo nas bancadas do Estádio do FC Alverca. Da esquerda para o meio, Clóvis (que mais à frente completaria a sua estreia a marcar na nova temporada) encontrou a desmarcação primorosa do alemão Messeguem. Com um grande trabalho em plena grande-área, o médio academista descobriu o malabarista Yuri Araújo que, irrompendo nas costas do central mais à esquerda da defesa, fuzilou pela primeira vez as redes adversárias. Foi a terceira “cambalhota” brasileira na época, que venham mais Yuri. Pois nem quatro minutos depois, numa jogada que começa com uma recuperação de bola do Capitão André Almeida à entrada da nossa área, a redondinha mexeu-se de um lado ao outro num “tirinho”. Yuri, Messeguem, Marquinho e Paulinho tocaram no esférico antes do lateral-direito cruzar ao segundo poste para o imperador Clóvis, que conseguiu fazer o 2-0 antes do primeiro quarto de hora. Com duas das cordas a encantar os Viriatos nas bancadas com 100% de eficácia, outras duas iriam chegar para completar o quarteto perfeito de que necessitávamos. Contaram-se mais 20 minutos na partida, quando o inevitável voltou a acontecer. Livre lateral à esquerda, com Paulinho a dar em Gautier que despachou com sotaque francês para o corredor contrário. Apanhada em contrapé, a defensiva contrária não evitou que Clóvis chegasse primeiro à bola e que tivesse todo o tempo para tirar um cruzamento perfeito. Ao segundo poste, a torre Capitã (que tinha subido para o livre) esticou-se no relvado para levar a bola ao poste, ainda desta subir e ter a possibilidade, de cabeça, para fazer o terceiro. Entravam em êxtase os academistas ao verem mais três pontos a formarem-se. Tal como disse o nosso timoneiro, a partir deste momento tudo se simplificou. A iniciativa dada, propositadamente, ao FC Alverca serviu para poupar energias e reforçar a coesão na retaguarda, plano que também correr de feição. Quem esperava um início de segunda parte, diferente da primeira desenganou-se, imediatamente. Isto porque segundo da tarde estava reservado para os 49:52 minutos. Quem pestanejou, não o viu. Quem olhou no momento certo, deslumbrou-se com o remate de Paulinho. Após um contra-ataque rápido dos Beirões, o alívio trouxe até ao lateral-direito (que já tinha feito o gosto ao pé frente ao FC Porto B) a oportunidades perfeita para alvejar as redes contrárias. Receção e remate cruzado logo de seguida, da bitola dos 20 metros (mais coisa menos coisa). Estava fechado, ainda antes dos 50 minutos, o resultado que deixava tranquila uma equipa equilibrada, coesa e, acima de tudo, adulta. Seguem-se duas semanas de pausa, com o topo da classificação guardado nas Muralhas de Viseu. É mesmo no seu interior que iremos defendê-lo na próxima jornada, frente à UD Leiria. O Fontelo prevê-se cheio e entusiasmado…avante Académico.

2024-08-31

Patrocinadores Principais