Equipa Profissional 2023-11-04

Na Antiga Mata Real, que Vença o que da Beira é Capital

“Novembro tem outro encanto, quando se joga de preto e branco”. Para os mais atentos, o penúltimo mês dos últimos anos civis, têm sido de boa memória para o nosso Académico. Em 11 jogos realizados nos períodos homólogos do 2020, 2021 e 2022, os Viriatos somaram apenas duas derrotas, tendo saído vitoriosos da esmagadora maioria dos jogos que discutiram nesta fase do ano.

Ora, no novo mês de novembro, estão as baterias recarregadas para os três importantes encontros que se avizinham, determinantes para a escalada que os academistas querem operar na tabela classificativa. O primeiro deles, joga-se já na próxima segunda-feira, em casa de um dos outros grandes nomes da segunda liga. Falamos do Paços de Ferreira.

A turma da casa, com apenas mais dois pontos que os viseenses, segue em décimo lugar depois de um mau arranque de campeonato. Os castores recuperaram a forma e chegam a esta ronda com 10 pontos, vindos de duas vitórias seguidas (Länk e Torreense). Já o Académico de Viseu ocupa a 15ª posição, tendo empatado na última jornada frente ao Nacional da Madeira, no Fontelo.

São dois clubes com muita tradição no futebol português, aqueles que se irão defrontar na próxima segunda-feira. Nas 13 ocasiões anteriores, não há que fugir ao facto de os pacenses terem clara vantagem. São sete vitórias contra apenas uma dos academistas, que nunca ganharam em Paços de Ferreira. É, por isso, uma ótima ocasião para quebrar um enguiço que já leva várias décadas de existência, “quebra” essa que chegaria na melhor altura possível. Após a partida de estreia de Jorge Simão ao comando do barco viseense, na qual foram inúmeros os sinais de clara melhoria dados pela equipa, a nação academista parte para nova jornada, com esperanças renovadas quanto a uma possível vitória. Aquela que já nos escapa há um tempo, e pela qual continuamos incessantemente à procura. E como “quem espera, sempre alcança”, tal triunfo nos irá cair aos pés, mais cedo ou mais tarde. Importante é mantermos a união, a garra e a força deste povo beirão, que não se verga perante os obstáculos.

O jogo que fecha a jornada número nove da Liga Portugal SABSEG, tem início marcado para as 18H da próxima segunda-feira. Castores e Viriatos defrontam-se no Estádio Capital do Móvel, com arbitragem do juiz Carlos Ferreira, da Associação de Futebol de Vila Real.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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