“Bem-vindos ao Boeing 1914, com destino à Ilha de São Miguel, nos Açores. Iniciamos agora a nossa rota de descolagem, em direção ao regresso aos triunfos”.
Este é o ponto de partida perfeito, para aquela que será a deslocação mais longínqua, que iremos fazer na presente temporada. O Clube Desportivo Santa Clara, único representante açoriano nos campeonatos profissionais, espera pela comitiva beirã, que voa para a sétima jornada do campeonato, com o pensamento focado nos três pontos.
Não vale a pena desesperar. Se bem conhecermos a segunda divisão portuguesa, sabemos perfeitamente que a competitividade, os resultados renhidos e inesperados e a divisão de pontos são, talvez, a sua propriedade característica mais recorrente. E como isto não é como começa, mas sim como acaba, viremos atenções para uma nova oportunidade de responder, com convicção, ao desaire do fim de semana anterior.
Analisando a história, o Académico de Viseu torna-se o teórico favorito, num embate frente a um adversário com o qual não perde desde 2015. Em 10 jogos entre os dois emblemas, a turma viseense levou a melhor em seis ocasiões, tendo sofrido derrotas em apenas três delas, a última precisamente nos Açores, em abril de 2015. Apesar do terreno tradicionalmente difícil, os viriatos apenas perderam por uma vez nos últimos 10 anos, dados que aumentam (à priori) as probabilidades de sucesso. No entanto é preciso transformar, na prática, a vantagem teórica de que vos falamos. Para tal, é necessário encher as malas de viagem com confiança e união, ingredientes capitais para que a equipa volte ao rumo das vitórias. Sem estas duas premissas, nenhum conjunto de trabalho conseguirá atingir objetivos, sejam eles quais forem.
Já diagnosticando o atual momento dos dois conjuntos, os açorianos ainda não foram derrotados na presente temporada, somando 12 pontos no campeonato, no qual ocupam o terceiro lugar. São, por isso e a par do AVS, as duas únicas equipas da segunda liga ainda sem derrotas. Desse restrito grupo, saiu precisamente o Académico de Viseu, que até à última ronda da competição, não tinha qualquer deslize na prova interna. Após a derrota caseira, frente ao líder, torna-se então imperativo dar uma boa resposta na visita aos Açores.
Muitos poderão pensar que esta é uma “conversa da treta”, até porque o fervoroso adepto viseense vive de resultados, é esfomeado pelo golo e pelo triunfo. Ainda assim, a nossa missão passa por manter o ADN VIRIATHUS acima de tudo, génese essa que nos une e fortalece, nas alturas de maior dúvida ou dificuldade. “Confiantes e unidos”, é desta forma que teremos de estar, mais que nunca.