Equipa Profissional 2023-09-02

Faltou uma “pitada de sal”

Faltou uma “pitada de sal”

Os clássicos empates a zero…são uma mistura estranha ao sentimento do genuíno adepto de futebol.

Por um lado, procuram-se e retiram-se ilações positivas pela “não derrota”, mas a frustração do marcador não ter piscado, nem para um lado nem para o outro, é um potente catalisador de sensações agridoces no final dos 90 minutos. É, talvez, das ocasiões no mundo futebolístico, onde melhor se compreende o lado do adversário, dado o facto de nos envolvermos dentro do mesmo ânimo.

Esta tarde, em Penafiel, o jogo prometeu tudo aquilo que de bom tem o futebol: golos. Para mal dos pecados dos academistas, o mesmíssimo jogo perdeu-se no endereço, e não foi capaz de nos entregar tudo aquilo que de bom tem o futebol: golos.

A primeira parte decorreu a um ritmo acelerado, com vastas e excelentes aproximações às duas grandes-áreas. A esmagadora maioria merecia golo, com os dois ataques balanceados no processo ofensivo, como que se de uma coreografia conjunta se tratasse. A bola dançava, animada, de um lado para o outro, rodeando as malhas de ambas as balizas do Municipal 25 de abril, quase num cínico gesto de aproximação, que não surtia em qualquer toque nas mesmas.

Aos sete minutos, Soufiane Messeguem encarou, pela primeira vez, o guardião Pedro Silva, que teve de evitar com uma grande intervenção, um forte remate do médio alemão que levava selo de golo. Já aos 24´, o capitão academista quase fez o primeiro tento na partida. Após canto cobrado da direita, André Almeida ganhou no primeiro poste, cabeceando uma bola que, novamente, iria para as redes. No entanto, Maga (qual bombeiro) chegou a tempo de evitar, em cima da linha, o 1-0 para o Académico. Aos 39 minutos, chegou a última grande chance viseense antes do intervalo. Depois de uma recuperação do lateral Igor Milioransa, no centro do terreno, André Clóvis lançou Gautier no flanco esquerdo. O francês aguardou que o ponta de lança chegasse à pequena área, para cruzar uma bola que só por “um bocadinho assim”, não conheceu a chuteira número 33, que decerto inauguraria o marcador.

Faltou uma “pitada de sal”

Na etapa complementar, os Viriatos mantiveram-se por cima do encontro, abrindo as hostilidades com uma oportunidade nos pés do goleador do Académico: aos 57, assistido por Quizera, rematou cruzado, mas à figura do guarda-redes penafidelense.

E quando faltavam 10 minutos para os 90, surgiu o maior calafrio que a turma da casa provocou aos academistas. Pedro Vieira e João Oliveira remataram, consecutivamente, à trave da baliza à guarda de Domen Gril, num lance em que o VAR interveio, mas no qual o juiz do encontro, João Pedro Afonso, não descortinou qualquer falta de Clóvis sobre João Oliveira. Mesmo a terminar o encontro, com mais de três minutos para lá dos 90, João Pinto rasgou por completo a defesa contrária, colocando o avançado brasileiro numa boa posição, de onde não conseguiu, infelizmente, fazer aquele que seria o tento decisivo na partida.

“Em verdade eles nos dizem: ainda não perdemos”. E neste universo da segunda liga portuguesa, todos sabemos o quão importantes são os pontos somados, nem que seja apenas um. Não perder é primordial e, até então, tal não aconteceu e apenas alguns detalhes nos afastaram dos três pontos. Seguem-se duas semanas de pausa, importantíssimas para fortalecer quem já cá estava, recuperar quem precisa e, acima de tudo, integrar quem chegou por último. Tudo isto para que, no regresso do campeonato, voltemos a ser nós a preparar o nosso próprio tempero.

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Um vendaval de igualdades

O sabor agridoce mantém-se, apesar deste ser um empate bem diferente daquele da deslocação a Penafiel. Uma nova igualdade surgiu no centro das muitas nuvens, da muita chuva e, principalmente, do fortíssimo vento que se fez sentir no Dr. Carlos Osório, casa da UD Oliveirense. Separados por três pontos, à entrada para ronda número cinco do campeonato, academistas e unionistas promoveram em campo um bom duelo, que colocou frente a frente duas equipas a privilegiar um futebol positivo, procurando constantemente a baliza contrária. Numa partida equilibrada, até foi a turma da casa a dispor da primeira oportunidade de golo, quando Anthony Carter (ex- Académico de Viseu) introduziu a bola dentro da baliza de Grill, mas em posição irregular. A resposta dos viriatos não podia ter sido mais eficaz: Sori Mané (qual arquiteto), em estreia no onze inicial do Académico de Viseu, desceu no terreno, recebeu o esférico dos pés do central João Pinto e, a partir daí, foi tudo uma questão de arte. Com régua e esquadro, o médio defensivo dos beirões traçou, bem antes da linha de meio-campo, um passe magistral para a desmarcação diagonal feita por Yuri Araújo, que aproveitou a saída em falso do guardião adversário, para receber com a peitaça e rematar com o pé esquerdo, para dentro da baliza aveirense. Os festejos deste minuto 19, em conjunto com os cerca de 100 adeptos viseenses que se deslocaram a Oliveira de Azeméis, refletiram o sentimento de uma nação sedenta por vitórias.

2023-09-17

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“Se nos dá tanto trabalho a fazer um golo, não podemos oferecer dois”

O Académico de Viseu empatou na quinta jornada do campeonato. No regresso à Liga Portugal SABSEG, os viriatos deslocaram-se ao terreno da UD Oliveirense, empatando a dois golos. Na conferência de rescaldo à partida realizada no Estádio Dr. Carlos Osório, o técnico academista, Vítor Martins, lamentou os dois golos sofridos: “Temos sempre de aceitar o empate, mas a nossa grande tarefa é perceber como é que o resultado acontece. Permitimos à Oliveirense fazer dois golos e pôr-se em vantagem, essa é a mágoa que eu levo daqui. Trabalhámos, mas não conseguimos controlar o jogo, na altura mais fácil de o controlar. Depois de uma primeira parte a sofrer contra o vento, onde conseguimos chegar à vantagem, entrámos na segunda parte com a ideia de aumentar o marcador, de não nos fecharmos e irmos em busca do segundo golo. Terminamos empatados, porque desligámos em dois momentos, nos quais não podíamos desligar. É algo que não pode acontecer, nunca mais”. O treinador academista afirmou ainda que a equipa leva, desta partida, mais uma lição para o futuro: “O que eu não posso aceitar, e a responsabilidade é minha, é termos oferecido dois golos à Oliveirense. Não lhes retirando mérito, o que é certo é que eles conseguiram apanhar-se a vencer por demérito nosso. Temos de levar a lição de que, se nos dá tanto trabalho a fazer um golo, não podemos oferecer dois” Com este resultado, o Académico de Viseu soma agora sete pontos. Ao fim de cinco jornadas no campeonato, o emblema viseense ocupa agora o oitavo lugar da tabela classificativa. Na próximas semana, os viriatos deslocam-se ao terreno do Lusitânia de Lourosa, naquela que será a estreia viseense na presente edição da Taça de Portugal.  

2023-09-17

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