Equipa Profissional 2023-08-19

Está de Parabéns este dérbi beirão

Que jogo. A partida cabeça de cartaz da segunda jornada da Liga Portugal SABSEG, trouxe emoção, bons golos, uma rivalidade histórica envolta em fair play mas, acima de tudo, uma divisão de pontos que sabe a muito pouco para os lados viseenses.

Vamos então a esta crónica de resumo, com vista à ilustração perfeita de tudo aquilo que se jogou no Estádio João Cardoso, em Tondela.

Se não fosse o mister Vítor Martins a avisar na conferência de antevisão, talvez tivessem ficado os adeptos algo surpreendidos, com o clima de “encaixe” que o jogo viveu na sua fase primordial. Duas equipas com vontade, mas totalmente entrelaçadas no meio-campo, ainda que com um ligeiro sinal mais dos viriatos. Poder-se-á dizer que entre os 10 minutos e os 40, a partida vestiu-se de bordô (cor com que entrou o Académico de Viseu em Tondela), dada a superioridade que os viseenses conseguiram impor a pulso, no ritmo com que seguia o dérbi da Beira. O primeiro sinal de perigo surgiu dos pés de Gautier que, numa excelente jogada de insistência na esquerda do ataque, quase mexeu o marcador com um remate que acabou por sair ao lado. Com o caudal ofensivo dos viriatos a aumentar, a derradeira oportunidade de abrir o livro de histórias viseenses chegou aos 23 minutos. É caso para dizer que o trabalho em equipa é tudo, senão leia: Miguel Bandarra (em estreia a titular) entrou no meio campo ofensivo no lado direito da defesa, projetando o esférico para Rodrigo Pereira; o jovem ponta de lança recebeu de costas para o ataque, mesmo perante a pressão contrária, devolvendo ao lateral academista que, com um passe desconcertante e a rasgar totalmente a defesa tondelense, isolou Famana Quizera; o mágico número 10 olhou para a baliza e não tremeu, fazendo o seu primeiro golo na temporada e soltando a festa das centenas de adeptos do Académico presentes no estádio. Estava feito o 0-1.

Não se pode negar que o carimbo do equilíbrio, foi aquele que marcou com mais força este jogo, mas até ao minuto 40 (como dissemos há pouco), foram praticamente nulas as aproximações à baliza de Domen Grill. Após Gautier ter mais dois remates perigosos que ameaçaram o 0-2, do outro lado Costinha desatou o ótimo nó que os viriatos faziam até então ao ataque da casa. Com um potente remate de fora da área, o número 11 do Tondela restabeleceu o empate no encontro, sem que a turma visitada tenha feito muito para tal. Mas isto é futebol, e ao futebol pertencem os grandes golos, os autogolos, os foras de jogo e até as decisões que nos possam causar as maiores dúvidas do mundo. Para o que interessa do espetáculo, todas estas situações estavam ainda por acontecer no João Cardoso.

A primeira delas chegou ao minuto 45+4. Num lance onde não parecem existir muitas dúvidas, no que toca à normalidade dos toques entre os jogadores de ambas as equipas, o árbitro Flávio Azevedo Duarte descortinou uma falta do capitão André Almeida, sobre Daniel dos Anjos. Não contrariado pelo VAR, a infração foi confirmada e o ponta de lança estabeleceu a reviravolta ainda antes do intervalo. O Académico entrava numa segunda metade, com um resultado que muito pouco tinha de justiça. Mas a força que pode nascer num grupo de Viriatos, ficou bem patente em tudo o que se passou nos segundos 45 minutos.

Sem grandes argumentos, a equipa da casa viu um Académico a entrar tímido, mas a crescer com o avançar da hora. Rodrigo Pereira, aos 63 minutos, ainda tirou tinta ao poste, após uma grande tabela com Christophe Nduwarugira. Mesmo que sem criar uma quantidade tão grande de oportunidades, se compararmos com a primeira metade do encontro, os visitantes abriam assim o apetite para o que aí vinha. Isto porque, à passagem do minuto 78, uma grande jogada no corredor esquerdo do ataque academista, entre Gautier e o recém-entrado Labila, provocou um desvio do defesa Ba para dentro da própria baliza. Assim se consumava o mais que merecido empate com que terminaria o jogo.

O ritmo baixou e os valentes viriatos não tiveram, infelizmente, possibilidades para alcançar os primeiros três pontos da temporada. Ainda assim, fica na memória uma exibição consistente, com grande personalidade e resiliência, por parte dos comandados de Vítor Martins. A apreciação global é positiva, entendendo também que, do outro lado, continuou a existir sempre um adversário com o seu valor.

Uma palavra especial para todos os academistas presentes em Tondela: deram, mais uma vez, uma prova de força, vitalidade e apoio deste que é e sempre será, o Maior clube da Beira.

Partilhar:
Equipa Profissional

“É difícil e é duro aceitar”

O Académico de Viseu saiu derrotado da receção ao CS Marítimo. No regresso ao Fontelo, os Viriatos perderam por 0-2 com a turma insular.   Na conferência de rescaldo ao encontro com os madeirenses, o técnico academista Rui Ferreira abordou a importância das bolas paradas na partida, afirmando que não existiu uma diferença tão grande entre as duas equipas: “Tivemos perante nós um adversário que é, claramente, dos melhores da segunda liga. O Marítimo tem uma grande equipa e bons argumentos. Não tivemos o discernimento suficiente para conseguir fazer aquilo que trabalhámos, fruto do que estava a acontecer no jogo, nomeadamente, após sofrer o primeiro golo. A partir daí foi uma história completamente diferente. Foi um jogo sem grandes oportunidades de ambos os lados, quisemos criar duelos individuais que permitissem dar-nos mais conforto. E quando estávamos a caminhar para uma situação de maior de dominância da nossa parte, sofremos aquele golo que foi um golpe duro. Isso mexeu muito connosco, tentámos ir à procura com mais gente na frente, contrariar os contra-ataques de um Marítimo mais recuado, e sofremos mais um golo de bola parada. É difícil e é duro aceitar, porque não vimos um Marítimo tão diferente daquilo que nós apresentámos em campo. As bolas paradas fizeram toda a diferença e temos de assumir esta derrota, sabendo que temos de continuar a trabalhar no sentido de procurar melhorar todos estes momentos. Estamos frustrados porque trabalhámos, mas não produzimos em campo aquilo que fizemos durante a semana. Temos de aceitar a derrota, é dura e difícil, mas não houve assim uma diferença tão grande abismal, que permitisse ao jogo ter este desfecho”. Rui Ferreira falou ainda do mau momento da equipa, reforçando que, internamente, de tudo estão a fazer para ultrapassar as recentes dificuldades: “Nós fizemos uma pré-temporada que nos permitiu ganhar uma confiança extra naquilo que foi nosso desempenho. Acho que temos alguns problemas emocionais que temos tentado resolver, com os quais lidamos, diariamente. Não podemos fugir ao facto de termos tido uma derrota pesada, uma derrota injusta em casa e, de seguida, um dérbi que pesou um bocadinho na cabeça dos jogadores. Quando as coisas negativas acontecem assim, muitas vezes batem e demoram a desaparecer. Nós lutamos contra isso e tentamos recuperar, rapidamente. As coisas estavam preparadas para voltarem à normalidade, mas a verdade é que sofremos um golo difícil de aceitar e que fez a diferença”. Com este resultado o Académico de Viseu mantém os 11 pontos na tabela classificativa. Na próxima jornada, marcada apenas para dia 26 de outubro, os Beirões deslocam-se ao terreno do FC Penafiel. O jogo da jornada número nove da Liga Portugal 2 está marcada para as 11H, no Estádio Municipal 25 de abril.

2024-10-13

Equipa Profissional

“Independentemente do adversário, queremos muito ganhar no Fontelo”

O mister Rui Ferreira deu, no final desta manhã, a habitual conferência de imprensa de antevisão à partida da terceira jornada da Liga Portugal 2, frente ao CS Marítimo, da Madeira. Face às questões dos órgãos de comunicação social, o treinador da equipa profissional do Académico de Viseu abordou o momento do adversário, deixando garantias sobre o desejo da equipa em vencer a próxima partida: “Não sei se o Marítimo vai querer atacar desde o primeiro minuto. Vamos encontrar uma equipa candidata à subida, recheada de bons valores e que ainda procura encontrar o seu melhor registo, após a mudança de treinador. É um conjunto difícil mas, jogando em casa, de tudo faremos para ganhar o jogo. Queremos tentar recuperar das últimas derrotas, mas estamos em crescendo. Desejamos dar seguimento ao empate da semana passada, regressando às vitórias em casa. Independentemente do adversário, queremos muito ganhar no Fontelo”. O técnico academista falou ainda sobre o decréscimo de golos marcados nos últimos três jogos, face às primeiras quatro jornadas, reiterando o desejo de regressar aos triunfos para o campeonato: “Há uma serie de fatores que já identificámos e não tem a ver com o facto de jogarmos mais recuados. Por exemplo, falou-se muito sobre o 0-4 ao FC Alverca, mas foi dos jogos onde tivemos mais dificuldades defensivas. Estarmos a querer trazer algo negativo ao que temos feito, é claramente rejeitado por mim e pela equipa. Estamos sempre à procura do nosso melhor e de ganhar o jogo. Se marcarmos um golo e ganharmos 1-0, por mim está ótimo. É um facto que as duas derrotas foram muito dolorosas  e, para os mais pessimistas, o empate em Felgueiras foi fruto da nossa mentalidade pequena, mas ainda ontem eles foram vencer 1-3 a casa da UD Leiria. Não nos podemos desviar do nosso trabalho, seriedade e consciência, que é algo que estamos a fazer muito bem. Vamos trabalhar com confiança e afirmação, queremos vencer”. Questionado acerca da boa época que está a fazer Yuri Araújo, Rui Ferreira valorizou também o esforço de todo o grupo de trabalho: “Todos reconhecemos no Yuri muita qualidade para atingir o patamar que está a alcançar. Os golos são uma consequência do trabalho coletivo e, a nosso ver, tem características para jogar mais por dentro. Sentimos que para ele é uma posição mais confortável e, por isso, talvez o rendimento advenha daí”. O Académico de Viseu joga este domingo no Estádio Municipal do Fontelo. Os Viriatos recebem o CS Marítimo a partir das 15H30, em jogo com arbitragem de Bruno Vieira, da Associação de Futebol de Lisboa e vídeo-arbitragem de Manuel Oliveira, da Associação de Futebol do Porto.

2024-10-12

Patrocinadores Principais