Equipa Profissional 2023-08-17

Dia de Dérbi, é Dia Sagrado

Alguns dos momentos mais altos de qualquer temporada desportiva, são os jogos que provocam um aumento diferenciado de batimentos cardíacos em todos os apaixonados adeptos de qualquer clube. E um dérbi, meus amigos, é sempre um dérbi. A paixão futebolística separada por apenas alguns quilómetros, que concilia a rivalidade histórica entre duas instituições e o respeito mútuo que ambas sentem uma pela outra. São sensivelmente 26 os quilómetros que separam o Fontelo do João Cardoso. A distância é relativamente pequena, mas o caminho que se faz até ao palco onde se defrontarão CD Tondela e Académico de Viseu FC, é repleto de uma história que tem já várias décadas de idade.

São anos consecutivos de confrontos, vitórias e derrotas, partilha de pontos e de convivências que enaltecem o fair play envolto em rivalidade. Os dois primeiros encontros de sempre entre academistas e auriverdes datam da época de 1935-36, na Divisão de Honra do Distrito. Os tondelenses levariam a melhor na primeira volta, vencendo em casa por 2-1, antes dos viriatos responderem na segunda metade do campeonato, triunfando por 4-2 no mítico Fontelo. Seguiu-se uma sequência de 40 jogos, onde a vantagem é claramente viseense. Entre 1936 e 2023, foram 24 as vitórias academistas, contra apenas cinco derrotas e 11 empates somados.

Na temporada passada, foram três as ocasiões em que os dois emblemas se encontraram. Ainda no verão de 2022, um empate a duas bolas em casa da formação academista, com um golo de Gautier mesmo a terminar o jogo, ditou o resultado da jornada quatro do campeonato. Já em dezembro, em partida a contar para a fase de grupos da ALLIANZ CUP, o Académico de Viseu (na sua caminhada histórica até à Final Four da competição) recebeu e derrotou os tondelenses por 4-1, antes de visitar o João Cardoso (já em fevereiro de 2023) onde empatou a uma bola.

No arranque da nova edição da Liga Portugal SABSEG, os representantes da Beira Interior estrearam-se com um empate nos respetivos jogos. O Académico empatou 1-1 com o Länk Vilaverdense, o mesmo resultado que o CD Tondela amealhou na visita ao terreno do FC Porto B.

Desta feita, com início marcado para as 15H30 do próximo sábado, o jogo cartaz da segunda jornada da Liga Portugal SABSEG, entre CD Tondela e Académico de Viseu, estará a cargo do juiz Flávio Azevedo Duarte, da Associação de Futebol de Lisboa.

A rivalidade é histórica, o momento também. Dérbi que é dérbi envolve emoções, paixões singulares, fervorosos apoios e ocasiões especiais. É nosso desejo que a rivalidade seja imbuída de fair play, mas que nunca perca a sua essência. Que seja respeitado o adversário, porque todos sabemos que, sem ele, nada disto terá a mesma piada.

No entanto, e acima de tudo, que se faça sentir a força do Maior Clube da Beira.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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