Equipa Profissional 2023-08-13

Jornada I: “Ainda à procura do tempo útil de jogo”

O Académico de Viseu estreou-se, esta manhã, na nova edição da Liga Portugal SABSEG 2023-24. Os viriatos apadrinharam o primeiro jogo da história do Länk Vilaverdense nas competições profissionais.

Na primeira metade, a equipa beirã entrou a querer mandar no jogo, pautando o ritmo do mesmo com assertividade nos passes e rapidez nas laterais ofensivas. Foram algumas as oportunidades de golo na primeira parte, que contou ainda com um lance que teve análise de VAR (também ele em estreia no Fontelo). Em causa estava um toque na bola com o braço, dentro da grande-área do Länk, mas o juiz Diogo Rosa viu as imagens e mandou seguir. Talvez a falta de engenho na finalização, terá sido a principal razão pela qual os viriatos não se adiantaram no marcador antes dos 45 minutos. Ainda na primeira parte, o número 10 dos minhotos  foi expulso, por empurrar o defesa academista, João Pinto, mas acabou por ficar em campo, após Diogo Rosa reverter nova decisão, admoestando a André Soares apenas o cartão amarelo.

Num encontro marcado por diversas pausas para assistência aos jogadores do Länk Vilaverdense (prova disso mesmo são os 18 minutos de compensação que adicionalmente se jogaram), o empate ao intervalo não fazia jus à ambição que a turma viseense demonstrou dentro das quatro linhas.

Com as mexidas efetuadas pelos dois treinadores, já dentro da segunda metade de jogo, o Académico de Viseu acercou-se ainda mais da baliza do guardião Ivo Gonçalves, contabilizando uma atrás da outra as oportunidades que teimavam em não deixar os comandados de Vítor Martins inaugurarem o marcador. Não fosse um dia mau para a finalização beirã, este podia ter sido um jogo de relativa tranquilidade para os viriatos.

E se há lei que define na perfeição aquilo que é o futebol, é a frase clássica de que “Quem não marca, sofre”. Foi exatamente isto que aconteceu à equipa academista já dentro do período de compensação, quando num contra-ataque exímio dos nortenhos, Caiado rematou na passada e fez o 0-1, gelando as até aí quentinhas bancadas do Fontelo.

Mas como não há coração como o beirão, os nossos viriatos (a apenas três minutos do fim da partida) arregaçaram as mangas, puxaram as meias e foram atrás da pseudo justiça que um empate traria ao resultado. Dois minutos volvidos e o Fontelo teria a sua primeira explosão de alegria do campeonato. Depois de uma bola bombeada por Henrique Gomes do flanco esquerdo, o Capitão André “Viriato” Almeida apareceu nas costas da defensiva contrária para enviar a bola em direção à baliza, aproveitando o deslize de Ivo Gonçalves, num lance em que o golo foi atribuído ao defesa central do Länk, Carlos Freitas. Mesmo a terminar, o guardião dos visitantes travou ainda um bom cabeceamento de André Clóvis, evitando o golo que traria verdade à estreia do Académico de Viseu na segunda liga.

Esta valente resiliência e vontade dos academistas em campo, abriram de certeza o apetite para a nova temporada. Os olhos estão já apontados para o horizonte, onde aparece o próximo confronto oficial da equipa viseense, em casa do CD Tondela. O dérbi do distrito de Viseu está marcado para o próximo sábado.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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