Equipa Profissional 2023-04-20

Diário de um viriato: dia 231 sem derrotas em casa

3 de setembro de 2022. É essa a data da última derrota do Académico de Viseu no Fontelo, em contexto de campeonato.

Nessa altura uma derrota caseira frente ao Torrense colocava fim a um mau começo de temporada, dando o pontapé de saída a um dos maiores ciclos de sempre sem derrotas no Estádio do Fontelo. No próximo sábado contabilizam-se 231 dias após o início do referido ciclo e a turma beirã entrará em campo, focada em aumentar esse número com novo triunfo frente às suas gentes. Podem ser 12 as partidas consecutivas sem perder em casa para a segunda liga.

Além deste fator motivacional, a vitória é ainda mais prioritária tendo em conta o empate da última jornada onde a equipa merecia sair da capital com outro desfecho. Responder a um resultado menos positivo com os três pontos são as palavras de ordem em Viseu.

E pela frente surge uma União Desportiva Oliveirense relativamente tranquila no 12º lugar com 34 pontos, que na verdade não se tem dado mal nos duelos com os beirões, que não vencem os aveirenses desde 2018. Mas para cada ciclo negativo há um término e nada melhor que quatro jogos seguidos sem perder, apenas uma derrota nos últimos nove e a vontade de recuperar um lugar no pódio, para servirem de alavanca na conquista dos três pontos no próximo sábado.

Na última jornada, a turma que visita este fim de semana o Municipal do Fontelo, perdeu em casa frente a um dos outros conjuntos na luta pelos primeiros lugares, o Farense. Isto enquanto o Académico de Viseu empatou no Nacional do Jamor frente à BSAD. Escusado será dizer que ambas as equipas entrarão em campo para responder aos resultados da última jornada, e que podemos por isso esperar uma partida descomplexada, aberta e virada para o jogo positivo.

A coesão defensiva com que os homens de Viseu se têm apresentado nos últimos jogos, serve de enquadramento para o que pode ser a sua atuação em mais uma final. Segurança na retaguarda, melhorando a chegada ao último terço, onde porventura a equipa pecou mais na partida em Lisboa não conseguindo desenlaçar o empate.

No mítico Fontelo espera-se outra enchente no caminho que se coloca entre Viseu e a conquista dos seus objetivos. Os adeptos academistas têm sido decisivos, “levando às costas” um conjunto de jogadores revigorado e que se apresenta num bom estado físico e psicológico para estas últimas seis finais. Sim, porque só faltam mesmo seis e a nação de Viriato tem noção disso.

A partida da jornada 29 da Liga Portugal 2 Sabseg está marcada para as 11H da manhã deste sábado, e conta com arbitragem de Manuel Mota, da Associação de Futebol de Braga. 

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As quatro cordas que deram música a uma centena de academistas em Alverca

Silêncio, que se vai cantar o fado viseense. Afinadamente, apresentamos a melhor composição musical da quarta jornada da Liga Portugal 2. Talvez por isso tenha sido, por felicidade, a que inaugurou a referida ronda do campeonato. Na segunda deslocação da temporada, o Académico de Viseu viajou até ao Ribatejo lusitano para reencontrar um velho conhecido. FC Alverca, de seu nome, redescobriu o caminho dos campeonatos profissionais na última temporada e fazia, neste final de tarde, a estreia da sua casa oficial na segunda liga. Enquanto bom convidado, o clube beirão priorizou desde cedo pelo respeito a um forte adversário, trazendo na comitiva uma bela centena de adeptos academistas espalhados pelo país. Incapazes de negar a sua génese, os comandados de Rui Ferreira esqueceram a entrada apagada da última jornada, repetindo os feitos das rondas um e dois. Pressionantes desde o início, o minuto 10 foi de entusiasmo nas bancadas do Estádio do FC Alverca. Da esquerda para o meio, Clóvis (que mais à frente completaria a sua estreia a marcar na nova temporada) encontrou a desmarcação primorosa do alemão Messeguem. Com um grande trabalho em plena grande-área, o médio academista descobriu o malabarista Yuri Araújo que, irrompendo nas costas do central mais à esquerda da defesa, fuzilou pela primeira vez as redes adversárias. Foi a terceira “cambalhota” brasileira na época, que venham mais Yuri. Pois nem quatro minutos depois, numa jogada que começa com uma recuperação de bola do Capitão André Almeida à entrada da nossa área, a redondinha mexeu-se de um lado ao outro num “tirinho”. Yuri, Messeguem, Marquinho e Paulinho tocaram no esférico antes do lateral-direito cruzar ao segundo poste para o imperador Clóvis, que conseguiu fazer o 2-0 antes do primeiro quarto de hora. Com duas das cordas a encantar os Viriatos nas bancadas com 100% de eficácia, outras duas iriam chegar para completar o quarteto perfeito de que necessitávamos. Contaram-se mais 20 minutos na partida, quando o inevitável voltou a acontecer. Livre lateral à esquerda, com Paulinho a dar em Gautier que despachou com sotaque francês para o corredor contrário. Apanhada em contrapé, a defensiva contrária não evitou que Clóvis chegasse primeiro à bola e que tivesse todo o tempo para tirar um cruzamento perfeito. Ao segundo poste, a torre Capitã (que tinha subido para o livre) esticou-se no relvado para levar a bola ao poste, ainda desta subir e ter a possibilidade, de cabeça, para fazer o terceiro. Entravam em êxtase os academistas ao verem mais três pontos a formarem-se. Tal como disse o nosso timoneiro, a partir deste momento tudo se simplificou. A iniciativa dada, propositadamente, ao FC Alverca serviu para poupar energias e reforçar a coesão na retaguarda, plano que também correr de feição. Quem esperava um início de segunda parte, diferente da primeira desenganou-se, imediatamente. Isto porque segundo da tarde estava reservado para os 49:52 minutos. Quem pestanejou, não o viu. Quem olhou no momento certo, deslumbrou-se com o remate de Paulinho. Após um contra-ataque rápido dos Beirões, o alívio trouxe até ao lateral-direito (que já tinha feito o gosto ao pé frente ao FC Porto B) a oportunidades perfeita para alvejar as redes contrárias. Receção e remate cruzado logo de seguida, da bitola dos 20 metros (mais coisa menos coisa). Estava fechado, ainda antes dos 50 minutos, o resultado que deixava tranquila uma equipa equilibrada, coesa e, acima de tudo, adulta. Seguem-se duas semanas de pausa, com o topo da classificação guardado nas Muralhas de Viseu. É mesmo no seu interior que iremos defendê-lo na próxima jornada, frente à UD Leiria. O Fontelo prevê-se cheio e entusiasmado…avante Académico.

2024-08-31

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