Equipa Profissional 2023-04-03

20 minutos à Viseu devolvem o terceiro lugar

Costuma dizer-se que no futebol a eficácia é rainha. Por essa mesma razão, podem ser criadas dezenas de oportunidades de golo, mas se a bola não chegar a beijar as redes, de nada valem. E foi com este pensamento que o Académico de Viseu entrou, no dia de ontem, no Estádio do Mar. Em menos de 20 minutos, os comandados de Jorge Costa já batiam um desnorteado Leixões por 3-0. O primeiro, surgiu do lado esquerdo do ataque, com o francês Gautier Ott a roubar a bola ao defesa Coronas em terreno adiantado, antes de descobrir o sempre atento André Clóvis, que apareceu no coração da grande área para abrir o marcador aos nove minutos. Soltava-se a primeira explosão de alegria viseense em Matosinhos. O segundo grito de golo chegaria apenas quatro minutos volvidos, altura em que Rafael Bandeira cruzou da direita atacante com conta, peso e medida, para o oportuno Toro. O médio hondurenho saiu da marcação, apareceu sozinho e rematou de primeira com o pé esquerdo para o fundo da baliza leixonense. E quando todos esperavam uma resposta da equipa da casa, sobre o céu do Estádio do Mar caiu um “Déjà vu”. Uma repetição, tirada praticamente a papel químico, do primeiro golo dos viriatos. Desta vez, aos 19 minutos, Ott voltou a ganhar o duelo com o defesa lateral direito adversário, criando uma situação de dois para um. Com Clóvis a aparecer outra vez no meio, foi através de carrinho que o avançado brasileiro fez o golo número 22 da conta pessoal no campeonato. Que época.

Mas se a eficácia é rainha no futebol, a gestão é considerada burguesa, pela importância que tem no jogo de uma equipa em tamanha vantagem. E foi, talvez essa, a principal debilidade dos viriatos na visita a Matosinhos. A primeira chamada de atenção chegaria ainda na primeira parte, quando aos 25 minutos, e após uma grande penalidade que André Almeida cometeu sobre Ricardo Valente, o experiente ponta de lança de 32 anos fez o 3-1.

Já na segunda metade, onde o Académico teve diversas oportunidades para “matar” a partida, o segundo percalço chegaria ao minuto 74, momento em que uma perda a meio-campo, acabou por lançar João Oliveira direto para o 3-2, com um remate fora da grande área que não deu hipóteses a Domen Gril. O esloveno, quem mais (?), seria decisivo a seis minutos dos 90, quando negou o empate a um Leixões motivado e impulsionado pela massa adepta matosinhense, conhecida pelo aguerrido ambiente que costuma criar em jogos caseiros da sua equipa.

Os três apitos do juiz Pedro Ramalho, que assinalavam o final do encontro, soavam cerca de seis minutos depois de ultrapassado o tempo regulamentar, e o suspiro de alívio com a conquista de mais três pontos ouvia-se de Matosinhos a Viseu. A turma do treinador Jorge Costa vencia numa das deslocações mais difíceis até ao final da época, e aproveitava o deslize do Farense, na Trofa, para igualar pontualmente os algarvios na tabela, mas favorecendo da vantagem no confronto direto para reclamar o terceiro lugar.

Hoje recomeça mais uma semana de trabalho, na preparação para a importante próxima jornada, quando o quinto classificado, Vilafranquense, visitar o Estádio Municipal do Fontelo (sábado) um dia depois de jogarem as três outras equipas do Top Five da Liga Portugal 2.

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Dieser Sieg war für dich, Messeguem

No cenário de um jogo travado e sem grandes deslumbramentos, o Académico de Viseu construiu a sua vitória em terras mafrenses com precisão e paciência, aproveitando as escassas oportunidades e impondo-se com determinação. O jogo iniciou-se com um equilíbrio de forças no meio-campo e uma luta intensa por espaços. Os viseenses, meticulosos, surgiram perigosos pela primeira vez aos oito minutos, quando Nikos Michelis, após um desvio de cabeça de Sori Mané, teve uma chance clara, mas acabou por rematar ao lado, perdendo a possibilidade de um início avassalador. Com domínio estratégico, o Académico voltou a tentar a sorte aos 25 minutos, quando Soufiane Messeguem desviou um cruzamento e testou o guarda-redes adversário, Martin Fraisl. A partida prosseguia morna, com poucas incursões, mas o Académico foi paciente e aguardou a sua oportunidade com confiança. Aos 45+10 minutos, um lance inesperado rompeu o marasmo. Clóvis cruzou despretensiosamente, mas Fabinho, ao tentar cortar, desviou de forma caricata para a sua própria baliza, abrindo o marcador e abençoando o Académico com um golo inusitado que parecia improvável naquela primeira metade. Na segunda parte, os inatos Viriatos entraram com a mesma serenidade, mas foi no banco que o técnico viseense encontrou a chave para “fechar o jogo”. Aos 65 minutos, Marquinho irrompeu da linha lateral e logo mostrou ao que vinha. Aos 83 minutos, após um passe rasgado de Nils Mortimer, o médio brasileiro entrou na área sem pedir licença e, de pé esquerdo, finalizou com frieza, ampliando a vantagem e selando o destino do jogo. Apesar da pressão tardia do Mafra e algumas ameaças de Bryan Passi e Miguel Falé, a defesa viseense manteve-se sólida, com Domen Gril a assegurar a tranquilidade na baliza até ao apito final. O Académico mostrou-se eficaz, tático e resiliente, conquistando um valioso triunfo, ao qual adicionou uma excelente exibição. No final de uma partida dura, o Académico saiu de Mafra com um triunfo importante, mas com a celebração incompleta. Soufiane Messeguem, nome de a quem foi dedicada esta vitória, viu o jogo interrompido ao precisar de assistência urgente após um choque violento de cabeças. A força e resiliência com que jogou representam o espírito que guiou a equipa até o último apito. “Esta vitória”, tal como o título em alemão declara, “foi para ti, Messeguem” – um brinde à tua rápida recuperação.

2024-11-10

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