Equipa Profissional 2023-03-20

A marca certa para o regresso às vitórias

Foi da marca de grande penalidade, que o Académico de Viseu conseguiu levar de vencida o Sporting Clube da Covilhã, em jogo a contar para a jornada 25 da Liga Portugal 2 SABSEG. André Clóvis, o melhor marcador do campeonato, e aquele que viria a ser considerado, mais uma vez, o Homem do Jogo, apontou, a 11 metros da baliza de Bruno Bolas, o único golo da partida, que deixou ficar os três pontos na cidade de Viriato.

Numa tarde solarenga de início de primavera, o Fontelo fez-se compor por 1761 adeptos, para receber este clássico das beiras. Da serra, viajou uma boa falange de apoio ao Sporting da Covilhã, que chegava a esta partida com apenas uma derrota nos últimos seis jogos, e a precisar de pontos para escapar aos últimos lugares da tabela.

Já a turma chefiada por Jorge Costa, queria dar uma boa resposta à única derrota que tinha tido desde o início de fevereiro. O regresso a casa, diante dos seus academistas, era a oportunidade perfeita para tal.

Com um início de jogo intenso, foi o conjunto visitante que dispôs da primeira oportunidade para fazer golo, mas Aponza falhou a solicitação de João Traquina, e não conseguiu adiantar o Covilhã no marcador. O Académico, ciente das dificuldades naturais de jogar frente a uma equipa na situação dos serranos, foi-se apoderando dos encargos do encontro, pautando o seu jogo com processos simples, mas suficientes para vencer a partida.

Já dois minutos passavam dos 45´, e o tão desejoso grito que o Fontelo queria entoar, apareceu. Foi como que de um desabafo se tratasse, que estava preso na garganta desde o jogo em Mafra. O regresso aos golos, aos festejos, aos cachecóis pretos e brancos no ar, ao abraço entre pais e filhos. É a descrição do quadro que André Clóvis pintou, no momento em que colocou, da marca de penálti, a bola dentro da baliza do Covilhã, depois da falta que o próprio sofreu, cometida por Ângelo Meneses. O ponta de lança brasileiro, registou mais uma marca bonita no relvado do Fontelo: 20 golos em todo o campeonato.

Após garantida a vantagem no marcador, a segunda parte jogou-se a um ritmo morno. Do lado viseense, o objetivo passou por controlar o resultado, protegendo ao máximo a sua baliza, onde Domen Grill e os seus defesas foram capitais, para o sucesso desta estratégia. Com maior percentagem de posse de bola (53%), os homens de Jorge Costa, condicionados por algumas limitações físicas, conseguiram suster o volume ofensivo dos leões da serra, cumprindo com o principal objetivo: regressar aos triunfos, antes da paragem para as seleções.

No final de mais uma jornada, onde todos os adversários diretos também venceram, o Académico de Viseu mantém o quarto lugar no campeonato, mas com mais três pontos, somando um total de 42. O mais importante está garantido, e agora resta tempo para recuperar os índices físicos de todos os jogadores para que, no primeiro fim de semana de abril, na reabertura do campeonato, possamos disfrutar, de novo, da alegria de jogar.

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Orgulhosamente Nós

O título desta crónica, inspirado na expressão mediatizada pela última alma despida de apreço pelos outros que este país governou, serve para descrever o estado emocional de um grupo de trabalho, que segue em frente com a mesma garra e força com que sempre encarou os seus afazeres. “Orgulhosamente Nós”, é um dos motes que nos dá alento para encarar estas últimas cinco jornadas, da forma mais respeitadora, profissional e unida possível. Ficaram o que de cá são. Não “os que de cá são” em termos geográficos, mas sim em termos de espírito, de querer e de garra. Ficamos (e assim seguiremos) com os que connosco sempre estiveram, os que nunca viraram a cara à luta, fosse qual fosse a situação. Fazemos uma respeitosa vénia a quem por cá ficou, com o Manto Negro aos ombros, envergando-o com o mesmo orgulho e vontade desde o primeiro dia. Vamos lá então falar do que ainda falta por jogar, dos caminhos que ainda queremos percorrer até o final. No vislumbre desta atípica semana, bem lá no final da mesma (próximo domingo) acena-nos a ronda 30 do campeonato. De verde e amarelo, o CD Mafra viaja desde a Área Metropolitana da Capital lusitana, percorrendo a última etapa do percurso até Viseu: o doloroso IP3. Este já é, por si só, um confronto pseudoclássico do futebol português, dado que será a 17ª vez que ambos se vão encontrar. E além dessa particularidade, há outra que “salga” a partida deste fim de semana, dando-lhe traços de interesse no que aos desempates diz respeito: nas outras 16 ocasiões, os resultados aperfeiçoam-se nas diferenças, isto porque contam-se quatro vitórias para cada lado, e precisamente oito empates. Tal quer dizer que, aliados à vontade de regressar aos triunfos, coisa que tem faltado a beirões e mafrenses nos últimos jogos, há também uma igualdade histórica por quebrar, onde Viriato quer gritar mais alto. Separados por um ponto, com vantagem para os forasteiros, Académico e Mafra encontram-se às 14H deste domingo, num precioso tesouro chamado Fontelo. Embalado pela natureza que o abraça numa dança perfeita, ele lá tem estado desde 1928, a acompanhar as sortes e os azares da referência desportiva que o ajudou a fundar-se. Ele é a testemunha viva desta difícil jornada que até aqui nos trouxe. Por muito que tenha custado, aprendemos a viver as adversidades com resiliência, com coragem e união. Essa aprendizagem, será de novo colocada em prática no que falta desta época, na qual ainda procuramos somar os 15 pontos que restam jogar. “Orgulhosamente Nós”, acompanhados por quem nos quer bem, por quem nos quer ver vencer e festejar connosco. Para quem ainda acredita em nós, e nem por um momento se deixou abater pelas derrotas, obrigado por fazerem parte desta mística que nos agarra ao nosso maior amor: o Académico.

2024-04-19

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