Equipa Profissional 2024-01-19

Lição bem estudada dá nota 2(-)0

Em terra de estudantes, como já havíamos referido na passada crónica de antevisão, o Académico de Viseu tinha de chegar com o estudo em dia, sem atrasos ou faltas de “material”. Isto, porque a equipa que se colocava no horizonte, fazia-nos frente com um trunfo importante: três vitórias seguidas no Estádio Cidade de Coimbra, a sua casa emprestada.

Por isso mesmo, e avisados dos perigos de um conjunto a precisar de pontos, os viriatos entraram em campo em estado de alerta e, acima de tudo, com a confiança em alta (não fossem os seis jogos consecutivos sem derrotas). Nas mentes academistas, brilhava um outro objetivo imediato, que se distanciava a apenas uma vitória: caso conquistassem os três pontos, os viseenses assumiam de forma isolada, o sétimo lugar da classificação, ultrapassando o FC Paços de Ferreira e pressionando a carruagem da frente.

Vamos então ao jogo. No silêncio ensurdecedor do Cidade de Coimbra, que entre os presentes fez recordar os tempos da pandemia de Covid-19, a partida entre Académico e Länk iniciou-se com um ritmo moderado e, consideravelmente, equilibrado. Ainda assim, a diferença qualitativa entre os dois oponentes foi, desde cedo, bastante evidente, mesmo que o conjunto de Jorge Simão não tenha sido capaz de, logo no início, demonstrar tal facto. Com alguma dificuldade em impor-se, o Académico conseguiu conter o ímpeto adversário dos primeiros 20 minutos, passando a partir daí, a controlar as hostes do encontro.

À passagem do minuto 41, surgiu o primeiro grito de guerra da armada viriata na cidade estudantil. Com recurso aos resumos que fizeram de cada treino passado, os “homens da bola” de Viseu ao peito, desenharam uma jogada que combinou engenho e alguma sorte. Gautier cobrou um canto curto à direita do ataque, para o canarinho em ascensão Iuri Araújo gritar em alto e bom som: “Marquinho”. Como um aluno empenhado em entregar o trabalho a tempo, o jovem brasileiro recebeu do compatriota, e à entrada da grande-área rematou de primeira (com o corpo em posição exemplar), sendo feliz no desvio que levou a redondinha a entrar na baliza. Festejava assim a quase centena de adeptos beirões que se deslocaram até Coimbra.

Sem nunca permitir ao Länk uma verdadeira chance de golo, a turma viseense manteve a toada de superioridade, chegando ao segundo com apenas 10 minutos da etapa complementar. Foi com sotaque brasileiro que se reescreveu, novamente, o balançar das redes da baliza minhota. André Clóvis bombeou para a entrada da grande-área, onde Gautier viu a chegada de Marquinho. O extremo francês amorteceu de cabeça e o jovem médio aplicou o pé esquerdo, para de primeira bisar e soltar a festa na bancada destinada aos academistas.

Estava feito o resultado final, e escrito mais um capítulo bonito para guardar nos futuros livros do Académico: com esta vitória, o clube beirão completa um total de 600 jogos na segunda liga, assinalando a incrível marca de 200 vitórias, dentro delas 50 fora de casa. Não é para todos...

Quanto ao presente, são agora sete os jogos consecutivos a pontuar, numa sequência que nos eleva até ao sétimo posto da classificação. Este começo positivo da segunda volta do campeonato, aguça o apetite para a jornada já por si saborosa que aí vem: a receção ao eterno rival, o CD Tondela, com quem mantemos até hoje 100 de invencibilidade.

O caminho é longo, mas iremos fazê-lo juntos. #SomosViriathus

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Empate disfarçado de garra viseense

Sob a "chuva miudinha" que se fez abater esta tarde em Viseu, Académico e Leixões encontraram-se no grandioso e mágico Fontelo, num encontro sempre empolgante, que até os clássicos "chamamentos" dos Pavões da mata fez acordar. Em confronto na 32ª jornada da Liga Portugal 2, com contas resolvidas para os beirões, e muitas outras por resolver do lado nortenho, as duas equipas deram um início ao jogo, que se coadunava com o que se sentia no ar: frio. A contenda futebolística de hoje principiou com uma face de apatia, um prelúdio que não deixava entrever a emoção que se seguiria. Com poucas oportunidades, que mantiveram a bola bastante presa ao centro do terreno de jogo, a partida aquecia com lume baixo as hostes nas bancadas sentades. Por essa mesma razão, nada fazia prever o golo com que os matosinhenses saíram na frente. Aos oito minutos, após cruzamento de Simãozinho na lateral esquerda do ataque, Ricardo Valente apareceu dentro da grande-área para bater Matheus Sampaio, jovem guardião que voltou a assumir com destreza, a titularidade na baliza academista. Os viseenses enfrentavam, a partir daí, um bloqueio defensivo quase intransponível, um muro de adversidade que parecia insuperável. No entanto, o verdadeiro espírito de um Viriato não se deixa vencer pelas dificuldades. O primeiro a deixar um aviso foi, quem mais, o ponta de lança André Clóvis que, ainda dentro do primeiro tempo, recebeu e rodou já dentro da área, para rematar à figura de Stefanovic. Com recurso a um intervalo de introspeção e estratégia, o Académico emergiu com um novo fôlego na segunda parte, pronto para desafiar o marcador. E foi mesmo num momento de confusão, envolto na primeira oportunidade beirã na etapa complementar, que o tão desejado empate chegou. Aos 60 minutos, na sequência de um pontapé de canto, a bola sobrou ao segundo poste para André Clóvis, que cabeceou uma bola desviada ainda por André Simões antes de entrar na baliza do Leixões. O grito de alívio ecoou pelos corações dos viseenses, enquanto viam a igualdade a instalar-se de novo, confortavelmente, na partida. Sem outras grandes oportunidades de registo, para nenhuma das equipas até ao término do jogo, os minutos finais foram uma guerra de nervos, uma batalha de vontades onde cada lance de aproximação (ainda que sem muito perigo) poderia mudar o resultado. Os viseenses, impelidos pela esperança renovada, investiram com fúria, mas foram detidos pelo guardião Stefanovic. No final, apesar das vicissitudes e de não terem sido capazes de alcançar a vitória, os bravos Viriatos mantiveram viva a chama que alimenta o espírito de equipa, importantíssimo para o que resta das últimas duas jornadas do campeonato. Nesta época com altos e baixos, de uma coisa podemos ter a certeza: esta garra que nos une, ninguém consegue combater. Em frente, Beirões.

2024-05-04

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Primavera academista

Em vésperas do embate do próximo sábado, a cidade de Viseu desperta com uma expectativa palpável, uma tensão suave a pairar no ar que se confunde com o cheiro fresco da relva cortada. É dia de mais uma batalha futebolística, onde os Viriatos se preparam para receber os "Bebés do Mar". Após uma série de jogos que testaram a sua resiliência, o Académico de Viseu encontrou finalmente o caminho da vitória. No último encontro, longe dos seus alicerces, demonstraram uma determinação indomável, conquistando três preciosos pontos no Oeste português. Agora, de regresso ao Interior da sua Muralha, os academistas preparam-se para dar continuidade, entre portas, à conquista de vitórias. No seio dos Muros que revestem  Viriato, erguem-se os nossos jogadores como guerreiros prontos para a batalha, prontos para enfrentar qualquer desafio que se apresente. Do outro lado do campo, os Leixonenses chegam com sede de redenção. Num período difícil, procuram uma vitória que os possa catapultar para lugares mais seguros na tabela classificativa. Após seis jogos seguidos sem vencer, numa série onde apenas somaram vitórias em duas de 12 ocasiões, é de referir que ambas foram conquistadas em deslocações além Matosinhos. Já resolvido no que às suas contas diz respeito, o conjunto viseense quer ainda mais, e os lugares acima na tabela não estão longe. Já o Leixões, ainda com a calculadora na mão, está apenas cinco pontos distanciado da linha de playoff, tendo sido derrotado pelo último classificado na jornada transata, por 1-3. A jogar em casa, com objetivos de melhorar a sua posição na tabela final, o Académico quer reunir as suas tropas, os seus fiéis as suas gentes, em redor de uma equipa que clama por mais pontos. O confronto deste fim de semana é, mais uma vez, um histórico duelo do futebol português. Em 42 jogos, nos quais se contam 13 vitórias beirãs e 13 empates, há uma particularidade igualitária, que suspira por resolução: são, precisamente, 53 golos marcados para cada lado, números esses que bradam pela superioridade viseense. É isso que queremos, é isso que vamos procurar. O esforço e a dedicação diários, chamaram a si os merecidos frutos em formato de conquistas. Com mértio, estes nossos Viriatos conseguiram ver-se livres das amarras dos maus resultados, respirando agora fundo enquanto traçam o seu caminho de sucesso até ao final da temporada. É dentro das quatro linhas que se desenrolará o verdadeiro espetáculo. O Fontelo será, de novo, palco de paixão, de entrega, de uma luta travada com a bola nos pés. Para nós, cada partida é uma oportunidade de mostrar a sua força, a sua determinação, o seu espírito de luta. Com os olhos postos no futuro, sabemos que cada ponto conquistado nos aproxima um pouco mais dos objetivos. E assim, sob o sol da primavera, o palco centenário está montado para mais um capítulo da nossa temporada. Que o Fontelo volte a ser a casa de sempre na qual, juntos, voltaremos a vencer.

2024-05-02

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