Equipa Profissional 2024-01-03

Ano Novo, as mesmas vontades

No crepúsculo do último ano, quando as doze badaladas ecoaram como um sussurro de esperança, a nação academista abraçou a promessa de um novo ciclo.

Com o despontar do sol do primeiro sábado do ano, a cidade de Viseu respira a energia renovada de 2024. As árvores nuas, testemunhas silenciosas do inverno, parecem sussurrar ao vento os segredos que o novo ano traz consigo. Eis que se ergue, envolto das mesmas, o Estádio do Fontelo, templo de emoções futebolísticas, pronto para receber o duelo entre o Académico de Viseu FC e a UD Leiria. Às 18H, enquanto o sol se prepara para abandonar o palco, dando lugar à sua irmã Diana, a capital da Beira-Alta vestirá as cores das suas paixões, e o Fontelo será o palco onde se iniciará o percurso dos Viriatos no ano do seu 110º aniversário.

O Académico, qual fénix renascida, busca no novo ano a resiliência para superar desafios, e erguer-se na tabela classificativa, balanceada pela vitória forasteira no último jogo de 2023. A esperança dos academistas, como estandartes flamejantes, paira no ar, enchendo os corações de fervor e fé na reviravolta. Do outro lado, a UD Leiria, com olhos postos no horizonte, já disse a todos nós que em Viseu quer pontuar, após já ter saído do Fontelo vitoriosa, no jogo da Taça de Portugal, em outubro passado. Essa foi, curiosamente, apenas a terceira vez na história, que os unionistas venceram em Viseu, num duelo que se repete desde 1970.

Em 28 jogos, os beirões somam nove vitórias, frente a 13 derrotas e seis empates, sendo que nos últimos sete encontros em casa, apenas foram derrotados por uma vez (a tal da presente temporada, a contar para a prova rainha). Um outro ponto positivo deste embate, prende-se com o facto de ambas as equipas chegarem à 16ª jornada em momentos distintos: os Viriatos não são derrotados há quatro jogos, sendo que só perderam uma das últimas seis partidas; já de Leiria, chega um coletivo que não vence há três rondas seguidas, numa série de apenas uma vitória nos últimos cinco jogos. A teoria vale o que vale, e o futebol já tão bem nos ensinou que o passado pouca influência tem, quando a bola começa a rolar. A cabeça dos jogadores fica limpa, e o acontece dentro das quatro lindas, só aos Deuses do futebol pertence, eles mesmos que escrevem uma nova história a cada novo apito inicial do árbitro.

A multidão retém a respiração, e o Fontelo transforma-se no epicentro de emoções contidas. Cada passe é um suspiro de possibilidade, cada defesa um ato heroico. Ansiosos por um recomeço que os faça continuar a vibrar por Viseu, os academistas acorrem em massa ao cerne da sua nação, onde se reúnem com os companheiros, de cachecol ao pescoço e de voz recomposta para gritarem pelo seu Académico.

Isto porque o ano até pode ser novo, mas a nossa união é centenária.

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Empate disfarçado de garra viseense

Sob a "chuva miudinha" que se fez abater esta tarde em Viseu, Académico e Leixões encontraram-se no grandioso e mágico Fontelo, num encontro sempre empolgante, que até os clássicos "chamamentos" dos Pavões da mata fez acordar. Em confronto na 32ª jornada da Liga Portugal 2, com contas resolvidas para os beirões, e muitas outras por resolver do lado nortenho, as duas equipas deram um início ao jogo, que se coadunava com o que se sentia no ar: frio. A contenda futebolística de hoje principiou com uma face de apatia, um prelúdio que não deixava entrever a emoção que se seguiria. Com poucas oportunidades, que mantiveram a bola bastante presa ao centro do terreno de jogo, a partida aquecia com lume baixo as hostes nas bancadas sentades. Por essa mesma razão, nada fazia prever o golo com que os matosinhenses saíram na frente. Aos oito minutos, após cruzamento de Simãozinho na lateral esquerda do ataque, Ricardo Valente apareceu dentro da grande-área para bater Matheus Sampaio, jovem guardião que voltou a assumir com destreza, a titularidade na baliza academista. Os viseenses enfrentavam, a partir daí, um bloqueio defensivo quase intransponível, um muro de adversidade que parecia insuperável. No entanto, o verdadeiro espírito de um Viriato não se deixa vencer pelas dificuldades. O primeiro a deixar um aviso foi, quem mais, o ponta de lança André Clóvis que, ainda dentro do primeiro tempo, recebeu e rodou já dentro da área, para rematar à figura de Stefanovic. Com recurso a um intervalo de introspeção e estratégia, o Académico emergiu com um novo fôlego na segunda parte, pronto para desafiar o marcador. E foi mesmo num momento de confusão, envolto na primeira oportunidade beirã na etapa complementar, que o tão desejado empate chegou. Aos 60 minutos, na sequência de um pontapé de canto, a bola sobrou ao segundo poste para André Clóvis, que cabeceou uma bola desviada ainda por André Simões antes de entrar na baliza do Leixões. O grito de alívio ecoou pelos corações dos viseenses, enquanto viam a igualdade a instalar-se de novo, confortavelmente, na partida. Sem outras grandes oportunidades de registo, para nenhuma das equipas até ao término do jogo, os minutos finais foram uma guerra de nervos, uma batalha de vontades onde cada lance de aproximação (ainda que sem muito perigo) poderia mudar o resultado. Os viseenses, impelidos pela esperança renovada, investiram com fúria, mas foram detidos pelo guardião Stefanovic. No final, apesar das vicissitudes e de não terem sido capazes de alcançar a vitória, os bravos Viriatos mantiveram viva a chama que alimenta o espírito de equipa, importantíssimo para o que resta das últimas duas jornadas do campeonato. Nesta época com altos e baixos, de uma coisa podemos ter a certeza: esta garra que nos une, ninguém consegue combater. Em frente, Beirões.

2024-05-04

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Primavera academista

Em vésperas do embate do próximo sábado, a cidade de Viseu desperta com uma expectativa palpável, uma tensão suave a pairar no ar que se confunde com o cheiro fresco da relva cortada. É dia de mais uma batalha futebolística, onde os Viriatos se preparam para receber os "Bebés do Mar". Após uma série de jogos que testaram a sua resiliência, o Académico de Viseu encontrou finalmente o caminho da vitória. No último encontro, longe dos seus alicerces, demonstraram uma determinação indomável, conquistando três preciosos pontos no Oeste português. Agora, de regresso ao Interior da sua Muralha, os academistas preparam-se para dar continuidade, entre portas, à conquista de vitórias. No seio dos Muros que revestem  Viriato, erguem-se os nossos jogadores como guerreiros prontos para a batalha, prontos para enfrentar qualquer desafio que se apresente. Do outro lado do campo, os Leixonenses chegam com sede de redenção. Num período difícil, procuram uma vitória que os possa catapultar para lugares mais seguros na tabela classificativa. Após seis jogos seguidos sem vencer, numa série onde apenas somaram vitórias em duas de 12 ocasiões, é de referir que ambas foram conquistadas em deslocações além Matosinhos. Já resolvido no que às suas contas diz respeito, o conjunto viseense quer ainda mais, e os lugares acima na tabela não estão longe. Já o Leixões, ainda com a calculadora na mão, está apenas cinco pontos distanciado da linha de playoff, tendo sido derrotado pelo último classificado na jornada transata, por 1-3. A jogar em casa, com objetivos de melhorar a sua posição na tabela final, o Académico quer reunir as suas tropas, os seus fiéis as suas gentes, em redor de uma equipa que clama por mais pontos. O confronto deste fim de semana é, mais uma vez, um histórico duelo do futebol português. Em 42 jogos, nos quais se contam 13 vitórias beirãs e 13 empates, há uma particularidade igualitária, que suspira por resolução: são, precisamente, 53 golos marcados para cada lado, números esses que bradam pela superioridade viseense. É isso que queremos, é isso que vamos procurar. O esforço e a dedicação diários, chamaram a si os merecidos frutos em formato de conquistas. Com mértio, estes nossos Viriatos conseguiram ver-se livres das amarras dos maus resultados, respirando agora fundo enquanto traçam o seu caminho de sucesso até ao final da temporada. É dentro das quatro linhas que se desenrolará o verdadeiro espetáculo. O Fontelo será, de novo, palco de paixão, de entrega, de uma luta travada com a bola nos pés. Para nós, cada partida é uma oportunidade de mostrar a sua força, a sua determinação, o seu espírito de luta. Com os olhos postos no futuro, sabemos que cada ponto conquistado nos aproxima um pouco mais dos objetivos. E assim, sob o sol da primavera, o palco centenário está montado para mais um capítulo da nossa temporada. Que o Fontelo volte a ser a casa de sempre na qual, juntos, voltaremos a vencer.

2024-05-02

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