Equipa Profissional 2023-12-28

Mar à vista

No cenário pitoresco e fervoroso do Estádio do Mar, onde o sal do oceano dança com o aroma da relva, Académico de Viseu e Leixões comprometem-se a desenrolar um espetáculo de futebol, que promete envolver corações e manter viva a história competitiva que os unem.

No próximo sábado, às 11 horas, os dois emblemáticos clubes dão entrada na 15ª jornada da Liga Portugal 2, a última do ano civil de 2023. O Estádio do Mar, como um anfiteatro à beira-mar plantado, aguarda o confronto com uma mistura de ansiedade e excitação. As ondas quebram suavemente nas cercanias, como uma sinfonia que prenuncia a chegada de dois colossos prestes a batalhar.

Os viseenses, fiéis na jornada do seu clube, preparam-se para viajar pela última vez num ano cheio de emoções fortes, no qual foram muitos os quilómetros que percorreram atrás do seu Académico. Do nosso lado, a estratégia é como a arte da navegação em águas desconhecidas, através da qual tantas vezes colhemos frutos longe de casa, longe do Fontelo. Afastados dos cheiros da Capital da Beira, os Viriatos, como tripulantes destemidos, seguem as orientações do seu timoneiro Jorge Simão, em busca do caminho para o sucesso. O desafio no Estádio do Mar, é uma oportunidade de mostrar a perícia e alcançar um lugar de destaque na tabela, que não só dignifique mais o emblema que trazemos ao peito, como também nos faça entrar no novo ano renovados e com ambições de manter a senda de pontuar.

Naquele que é o antepenúltimo encontro da primeira volta do campeonato, há nova viagem à casa duma das instituições, com a qual temos um dos confrontos mais reeditados da nossa história. São já 41, o número total de jogos em que Académico e Leixões se defrontaram, desde 1953. Marcado pelo equilíbrio, este duelo resultou em 12 vitórias beirãs, contra 16 derrotas e 13 empates. Aliás, prova disso mesmo são os últimos seis jogos entre os dois emblemas, nos quais os resultados falam por si só: dois empates e duas vitórias para cada lado.

A rede academista está lançada ao Mar, em busca de novos espécimes que sejam capazes de alimentar a nossa fome de vencer. Para Matosinhos, parte uma comitiva de bravos navegadores, que tentam repetir o feito alcançado nas últimas duas ocasiões em que navegaram estas águas: ganhar. E assim lutando, todos queremos que a Nau viseense, erguida pelas velas que carregam o emblema academista, regresse ao porto do Fontelo carregada de esperanças, vitória e otimismo. Em frente, Viriatos.

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Empate disfarçado de garra viseense

Sob a "chuva miudinha" que se fez abater esta tarde em Viseu, Académico e Leixões encontraram-se no grandioso e mágico Fontelo, num encontro sempre empolgante, que até os clássicos "chamamentos" dos Pavões da mata fez acordar. Em confronto na 32ª jornada da Liga Portugal 2, com contas resolvidas para os beirões, e muitas outras por resolver do lado nortenho, as duas equipas deram um início ao jogo, que se coadunava com o que se sentia no ar: frio. A contenda futebolística de hoje principiou com uma face de apatia, um prelúdio que não deixava entrever a emoção que se seguiria. Com poucas oportunidades, que mantiveram a bola bastante presa ao centro do terreno de jogo, a partida aquecia com lume baixo as hostes nas bancadas sentades. Por essa mesma razão, nada fazia prever o golo com que os matosinhenses saíram na frente. Aos oito minutos, após cruzamento de Simãozinho na lateral esquerda do ataque, Ricardo Valente apareceu dentro da grande-área para bater Matheus Sampaio, jovem guardião que voltou a assumir com destreza, a titularidade na baliza academista. Os viseenses enfrentavam, a partir daí, um bloqueio defensivo quase intransponível, um muro de adversidade que parecia insuperável. No entanto, o verdadeiro espírito de um Viriato não se deixa vencer pelas dificuldades. O primeiro a deixar um aviso foi, quem mais, o ponta de lança André Clóvis que, ainda dentro do primeiro tempo, recebeu e rodou já dentro da área, para rematar à figura de Stefanovic. Com recurso a um intervalo de introspeção e estratégia, o Académico emergiu com um novo fôlego na segunda parte, pronto para desafiar o marcador. E foi mesmo num momento de confusão, envolto na primeira oportunidade beirã na etapa complementar, que o tão desejado empate chegou. Aos 60 minutos, na sequência de um pontapé de canto, a bola sobrou ao segundo poste para André Clóvis, que cabeceou uma bola desviada ainda por André Simões antes de entrar na baliza do Leixões. O grito de alívio ecoou pelos corações dos viseenses, enquanto viam a igualdade a instalar-se de novo, confortavelmente, na partida. Sem outras grandes oportunidades de registo, para nenhuma das equipas até ao término do jogo, os minutos finais foram uma guerra de nervos, uma batalha de vontades onde cada lance de aproximação (ainda que sem muito perigo) poderia mudar o resultado. Os viseenses, impelidos pela esperança renovada, investiram com fúria, mas foram detidos pelo guardião Stefanovic. No final, apesar das vicissitudes e de não terem sido capazes de alcançar a vitória, os bravos Viriatos mantiveram viva a chama que alimenta o espírito de equipa, importantíssimo para o que resta das últimas duas jornadas do campeonato. Nesta época com altos e baixos, de uma coisa podemos ter a certeza: esta garra que nos une, ninguém consegue combater. Em frente, Beirões.

2024-05-04

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Primavera academista

Em vésperas do embate do próximo sábado, a cidade de Viseu desperta com uma expectativa palpável, uma tensão suave a pairar no ar que se confunde com o cheiro fresco da relva cortada. É dia de mais uma batalha futebolística, onde os Viriatos se preparam para receber os "Bebés do Mar". Após uma série de jogos que testaram a sua resiliência, o Académico de Viseu encontrou finalmente o caminho da vitória. No último encontro, longe dos seus alicerces, demonstraram uma determinação indomável, conquistando três preciosos pontos no Oeste português. Agora, de regresso ao Interior da sua Muralha, os academistas preparam-se para dar continuidade, entre portas, à conquista de vitórias. No seio dos Muros que revestem  Viriato, erguem-se os nossos jogadores como guerreiros prontos para a batalha, prontos para enfrentar qualquer desafio que se apresente. Do outro lado do campo, os Leixonenses chegam com sede de redenção. Num período difícil, procuram uma vitória que os possa catapultar para lugares mais seguros na tabela classificativa. Após seis jogos seguidos sem vencer, numa série onde apenas somaram vitórias em duas de 12 ocasiões, é de referir que ambas foram conquistadas em deslocações além Matosinhos. Já resolvido no que às suas contas diz respeito, o conjunto viseense quer ainda mais, e os lugares acima na tabela não estão longe. Já o Leixões, ainda com a calculadora na mão, está apenas cinco pontos distanciado da linha de playoff, tendo sido derrotado pelo último classificado na jornada transata, por 1-3. A jogar em casa, com objetivos de melhorar a sua posição na tabela final, o Académico quer reunir as suas tropas, os seus fiéis as suas gentes, em redor de uma equipa que clama por mais pontos. O confronto deste fim de semana é, mais uma vez, um histórico duelo do futebol português. Em 42 jogos, nos quais se contam 13 vitórias beirãs e 13 empates, há uma particularidade igualitária, que suspira por resolução: são, precisamente, 53 golos marcados para cada lado, números esses que bradam pela superioridade viseense. É isso que queremos, é isso que vamos procurar. O esforço e a dedicação diários, chamaram a si os merecidos frutos em formato de conquistas. Com mértio, estes nossos Viriatos conseguiram ver-se livres das amarras dos maus resultados, respirando agora fundo enquanto traçam o seu caminho de sucesso até ao final da temporada. É dentro das quatro linhas que se desenrolará o verdadeiro espetáculo. O Fontelo será, de novo, palco de paixão, de entrega, de uma luta travada com a bola nos pés. Para nós, cada partida é uma oportunidade de mostrar a sua força, a sua determinação, o seu espírito de luta. Com os olhos postos no futuro, sabemos que cada ponto conquistado nos aproxima um pouco mais dos objetivos. E assim, sob o sol da primavera, o palco centenário está montado para mais um capítulo da nossa temporada. Que o Fontelo volte a ser a casa de sempre na qual, juntos, voltaremos a vencer.

2024-05-02

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