O Académico de Viseu recebeu o FC Famalicão, em jogo a contar para a décima terceira jornada da Liga Revelação. No regresso ao Municipal Dr. Orlando Mendes, em Santa Comba Dão, os jovens viriatos empataram a três golos, num jogo apenas decidido nos minutos finais.
Emocionante e digno: são estes os adjetivos perfeitos, que transmitem as emoções que o Académico de Viseu 3-3 Famalicão desta tarde, ofereceu à Liga Revelação. A precisar de pontuar para continuar a sonhar com a qualificação para a próxima fase, e já a saber da derrota do Torreense em casa do Leixões, os jovens viriatos entraram em campo a mandar na partida, com diversas oportunidades de golo. Ainda assim, foi a equipa minhota a chegar primeiro à vantagem. Aos 10 minutos, Afonso Rodrigues converteu uma grande penalidade cometida pelo guardião Matheus Sampaio, que teria a partir desse momento uma grande tarde, marcada por duas espetaculares defesas. O Académico de Viseu responderia ainda antes da meia hora de jogo, também da marca dos 11 metros. Martim Ferreira fez o empate, após falta sofrida por Miguel Sena.
Já na segunda parte, com uma nova entrada por cima do adversário, Rafael Paulino colocou a turma beirã na frente aos 48 minutos, com um remate de ressaca à entrada da área, que não deu hipótese ao guarda-redes do Famalicão.
Ainda assim, os famalicenses recuperaram da desvantagem, marcando dois golos em seis minutos, aos 70 e aos 76, por Afonso Rodrigues. O momento da tarde estaria guardado para o período de compensação, quando Kelve Semedo (entrado na segunda parte) foi decisivo pela terceira vez na temporada, ao faturar para lá dos 90 o golo que trouxe alguma justiça ao resultado.
Nas declarações de rescaldo, aos canais de informação do Académico de Viseu, o treinador principal “Foi um jogo muito intenso, mas o resultado acaba por ser injusto. Tivemos várias oportunidades para dilatar o marcador do 2-1 para o 3-1, conseguimos de o início ao fim ser quem mandava na partida. O Famalicão acaba, com alguma sorte, por chegar à vantagem e ao empate em momentos completamente contra a corrente. Começa a ser um “habitué” desta equipa, ter a capacidade de reagir e de nunca dar um jogo como perdido. Os nossos jogadores têm todo o mérito nisso porque, de facto, é este espírito de sacrifício que nos leva a que, no último minuto, nós estejamos preparados e vivos para procurar o golo. Isto não é sorte, acho que é até exatamente o contrário, temos tido bastante azar. Já podíamos ter carimbado o apuramento, não fosse o azar que tivemos noutros jogos, nos quais as bolas bateram no poste ou onde sofremos golos completamente contra a corrente do jogo. Foi pena não termos vencido, mas isso também não ia mudar em nada o nosso próximo jogo, porque não sabemos jogar para o empate. Íamos ter de ir lá ganhar na mesma, e é isso que vamos fazer. Estamos muito confiantes”.
A turma sub-23 do Académico de Viseu volta a entrar em campo, no próximo dia 19 de dezembro, às 15H. A deslocação ao terreno do SCU Torreense marcará o fim da primeira fase da Liga Revelação, numa jornada decisiva para o apuramento para a Fase de Apuramento de Campeão. Nesta altura, os comandados de Nuno Braga somam 17 pontos e ocupam o quinto lugar, a dois pontos da equipa natural do Oeste.