Equipa Profissional 2023-10-29

Com o Natal a chegar, ainda nos falta a estrelinha

Só faltou mesmo isso…aquela estrelinha que nos poderia guiar aos três pontos, acabou por não aparecer no meio da manhã nublada de hoje.

A receção ao CD Nacional tinha dois toppings especiais a cobrir o Estádio do Fontelo: o primeiro prendia-se com regresso a casa, em jogos do campeonato; o segundo, talvez o mais importante, preparava a estreia do novo timoneiro beirão: Jorge Simão (técnico apresentado na última sexta-feira) fazia o seu primeiro jogo ao serviço do Maior do Interior, com direito a prato caseiro.

Posto isto, estavam reunidos os ingredientes necessários, para que este fosse um apetecível reencontro dos viriatos com as gentes de Viseu. Com algumas alterações no onze inicial, onde já se notou a “mão” do novo treinador academista, o conjunto viseense iniciou a partida algo nervoso, possibilitando ao adversário algumas situações de perigo nos primeiros 30 minutos. Foi, de resto, o único período de jogo em que os insulares estiveram por cima, e nos quais conseguiram chegar à vantagem. Aos 13 minutos, Gustavo Silva trabalhou bem na alta direita, cruzando para a entrada da pequena área. Com tempo e espaço, Ramirez recebeu e rematou com o pé direito, batendo o guardião Domen Gril que ainda se esticou para tentar evitar uma bola de golo que não viu a partir. Estava em vantagem o Nacional.

E foi precisamente a partir deste momento, que os bravos viriatos arregaçaram as mangas, colocaram mãos à obra, e partiram para uma das melhores (se não a melhor) exibições da presente temporada. Ainda que o ascendente madeirense se tenha prolongado até à primeira meia hora, o conjunto às ordens de Jorge Simão começou a encarrilhar, dando o primeiro sinal de perigo aos 33 minutos, quando o suspeito Famana Quizera tentou um remate de trivela, cortado para canto. Estava dado o aviso, que se materializaria em golo apenas cinco minutos volvidos. Através de um livre lateral no flanco esquerdo, o luso-guineense entrou em modo espetáculo, cruzou uma bola que não encontrou ninguém (felizmente), e enganou tudo e todos ao fazer o esférico entrar no canto superior esquerdo da baliza adversária. Estava reestabelecida a igualdade no marcador, mesmo antes do intervalo. A cereja no topo da exibição do jovem médio academista, poderia ter surgido ainda antes da ida para os balneários, mas o guarda-redes Lucas França segurou um outro remate de Quizera, tirado ainda fora da grande-área.

Nos segundos 45 minutos, a história foi outra. Os viriatos não deram quaisquer hipóteses à turma da Madeira, estando por cima na esmagadora maioria dos minutos. Podemos até dizer que na segunda metade, houve uma chuva de oportunidades, que só por muito pouco não deram os três pontos ao Académico. Ora ajude-nos a contá-las:

Minuto 51: Samba Koné (ele que viria a ser expulso, sendo baixa para o jogo em Paços de Ferreira) respondeu afirmativamente ao canto batido do lado direito, cabeceando como mandam os livros “da bola”, ou seja, de cima para baixo. A bola passou a rasar a baliza madeirense;

Minuto 55: Quizera (quem mais?) apareceu completamente sozinho junto da pequena área, com tempo para tudo. No entanto, a fome era tanta que acabou mesmo por rematar na passada, mas por cima;

Minuto 57: Gautier, lançado por Yuri, trocou os olhos ao adversário e rematou cruzado. Enorme a intervenção de Lucas França, a negar a cambalhota no marcador;

Minuto 65: Samba Koné foi ao estúdio de revelação de fotografias, tirou a papel químico a jogada do minuto 51, mas esqueceu-se de parar a tempo de mudar o desfecho: cabeceou com muito perigo, mas mais uma vez ao lado da baliza;

Minuto 77: O matador André Clóvis, lançado na profundidade, trabalhou muito bem sobre o defesa, e rematou para nova defesa apertadíssima de Lucas França, para canto.

Contámos cinco (cinco) oportunidades flagrantes de golo, junto da baliza do Nacional, fora os ataques perigosos que acabaram por não se tornar em lances de golo iminente. Não descartando o mérito do adversário em não ter sofrido golos, por norma qualquer um dos lances anteriores, daria em golo…no entanto, faltou-nos uma estrelinha.

O jogo terminaria empatado, com uma divisão de pontos que sabe a pouco. Ainda assim, abriram-nos o apetite com uma demonstração de qualidade, luta e atitude que já há algum tempo andava desaparecida. Por esse mesmo motivo, agradecemos aos nossos rapazes, que envoltos numa situação difícil, responderam “sim” e catapultaram esta equipa para um novo acordar, um novo folgo, uma nova esperança. Continuamos juntos.

Partilhar:
Equipa Profissional

Empate disfarçado de garra viseense

Sob a "chuva miudinha" que se fez abater esta tarde em Viseu, Académico e Leixões encontraram-se no grandioso e mágico Fontelo, num encontro sempre empolgante, que até os clássicos "chamamentos" dos Pavões da mata fez acordar. Em confronto na 32ª jornada da Liga Portugal 2, com contas resolvidas para os beirões, e muitas outras por resolver do lado nortenho, as duas equipas deram um início ao jogo, que se coadunava com o que se sentia no ar: frio. A contenda futebolística de hoje principiou com uma face de apatia, um prelúdio que não deixava entrever a emoção que se seguiria. Com poucas oportunidades, que mantiveram a bola bastante presa ao centro do terreno de jogo, a partida aquecia com lume baixo as hostes nas bancadas sentades. Por essa mesma razão, nada fazia prever o golo com que os matosinhenses saíram na frente. Aos oito minutos, após cruzamento de Simãozinho na lateral esquerda do ataque, Ricardo Valente apareceu dentro da grande-área para bater Matheus Sampaio, jovem guardião que voltou a assumir com destreza, a titularidade na baliza academista. Os viseenses enfrentavam, a partir daí, um bloqueio defensivo quase intransponível, um muro de adversidade que parecia insuperável. No entanto, o verdadeiro espírito de um Viriato não se deixa vencer pelas dificuldades. O primeiro a deixar um aviso foi, quem mais, o ponta de lança André Clóvis que, ainda dentro do primeiro tempo, recebeu e rodou já dentro da área, para rematar à figura de Stefanovic. Com recurso a um intervalo de introspeção e estratégia, o Académico emergiu com um novo fôlego na segunda parte, pronto para desafiar o marcador. E foi mesmo num momento de confusão, envolto na primeira oportunidade beirã na etapa complementar, que o tão desejado empate chegou. Aos 60 minutos, na sequência de um pontapé de canto, a bola sobrou ao segundo poste para André Clóvis, que cabeceou uma bola desviada ainda por André Simões antes de entrar na baliza do Leixões. O grito de alívio ecoou pelos corações dos viseenses, enquanto viam a igualdade a instalar-se de novo, confortavelmente, na partida. Sem outras grandes oportunidades de registo, para nenhuma das equipas até ao término do jogo, os minutos finais foram uma guerra de nervos, uma batalha de vontades onde cada lance de aproximação (ainda que sem muito perigo) poderia mudar o resultado. Os viseenses, impelidos pela esperança renovada, investiram com fúria, mas foram detidos pelo guardião Stefanovic. No final, apesar das vicissitudes e de não terem sido capazes de alcançar a vitória, os bravos Viriatos mantiveram viva a chama que alimenta o espírito de equipa, importantíssimo para o que resta das últimas duas jornadas do campeonato. Nesta época com altos e baixos, de uma coisa podemos ter a certeza: esta garra que nos une, ninguém consegue combater. Em frente, Beirões.

2024-05-04

Equipa Profissional

Primavera academista

Em vésperas do embate do próximo sábado, a cidade de Viseu desperta com uma expectativa palpável, uma tensão suave a pairar no ar que se confunde com o cheiro fresco da relva cortada. É dia de mais uma batalha futebolística, onde os Viriatos se preparam para receber os "Bebés do Mar". Após uma série de jogos que testaram a sua resiliência, o Académico de Viseu encontrou finalmente o caminho da vitória. No último encontro, longe dos seus alicerces, demonstraram uma determinação indomável, conquistando três preciosos pontos no Oeste português. Agora, de regresso ao Interior da sua Muralha, os academistas preparam-se para dar continuidade, entre portas, à conquista de vitórias. No seio dos Muros que revestem  Viriato, erguem-se os nossos jogadores como guerreiros prontos para a batalha, prontos para enfrentar qualquer desafio que se apresente. Do outro lado do campo, os Leixonenses chegam com sede de redenção. Num período difícil, procuram uma vitória que os possa catapultar para lugares mais seguros na tabela classificativa. Após seis jogos seguidos sem vencer, numa série onde apenas somaram vitórias em duas de 12 ocasiões, é de referir que ambas foram conquistadas em deslocações além Matosinhos. Já resolvido no que às suas contas diz respeito, o conjunto viseense quer ainda mais, e os lugares acima na tabela não estão longe. Já o Leixões, ainda com a calculadora na mão, está apenas cinco pontos distanciado da linha de playoff, tendo sido derrotado pelo último classificado na jornada transata, por 1-3. A jogar em casa, com objetivos de melhorar a sua posição na tabela final, o Académico quer reunir as suas tropas, os seus fiéis as suas gentes, em redor de uma equipa que clama por mais pontos. O confronto deste fim de semana é, mais uma vez, um histórico duelo do futebol português. Em 42 jogos, nos quais se contam 13 vitórias beirãs e 13 empates, há uma particularidade igualitária, que suspira por resolução: são, precisamente, 53 golos marcados para cada lado, números esses que bradam pela superioridade viseense. É isso que queremos, é isso que vamos procurar. O esforço e a dedicação diários, chamaram a si os merecidos frutos em formato de conquistas. Com mértio, estes nossos Viriatos conseguiram ver-se livres das amarras dos maus resultados, respirando agora fundo enquanto traçam o seu caminho de sucesso até ao final da temporada. É dentro das quatro linhas que se desenrolará o verdadeiro espetáculo. O Fontelo será, de novo, palco de paixão, de entrega, de uma luta travada com a bola nos pés. Para nós, cada partida é uma oportunidade de mostrar a sua força, a sua determinação, o seu espírito de luta. Com os olhos postos no futuro, sabemos que cada ponto conquistado nos aproxima um pouco mais dos objetivos. E assim, sob o sol da primavera, o palco centenário está montado para mais um capítulo da nossa temporada. Que o Fontelo volte a ser a casa de sempre na qual, juntos, voltaremos a vencer.

2024-05-02

Patrocinadores Principais