Equipa Profissional 2023-10-01

Superioridade ≠ Vitória

Num campeonato tão competitivo, as derrotas ou desaires, fazem parte do processo normal de crescimento e amadurecimento de uma equipa. Hoje, jogámos frente ao líder da prova, terminando a partida com o sentimento de que a superioridade não voltou, de novo, a refletir-se no resultado. Com mais posse de bola, ocasiões de perigo e remates, a derrota acabou por surgir frente a uma equipa que será, de forma justa, considerada mais experiente.

O primeiro tempo do encontro desta manhã foi subjugado ao equilíbrio, tendo pertencido ao Académico as duas principais ocasiões para marcar. A primeira delas, aos 37 minutos, surgiu quando, após um canto batido à maneira curta no flanco direito do ataque, Famana Quizera cruzou uma bola redondinha para a cabeça de Arthur Chaves. O defesa central brasileiro, conquistou o espaço à entrada da pequena área, saltando sozinho e cabeceando pouquíssimo por cima da baliza de Pedro Trigueira. Ainda antes do apito para os balneários, com dois minutos para lá dos 45, o número 10 dos viriatos voltou a estar em destaque. Depois de uma bola guerreiramente segurada por André Clóvis, de costas para o ataque, Quizera foi assistido à entrada da grande área. Após trocar os olhos à defensiva contrária, o luso-guineense disparou colocado para uma boa intervenção do guarda-redes dos nortenhos, que manteve o nulo para a segunda parte.

Nela mesma iriam surgir todos os golos, que ditaram a marcha do marcador no final do encontro. Entrando com tudo no regresso ao relvado, foi numa jogada de insistência (onde Gautier podia ter marcado) que o Fontelo assistiu a um dos momentos da manhã. Jovani Welch, de regresso ao onze titular, recebeu de Messeguem antes de aplicar o pé direito para um golaço. Pouco para lá da metade do meio-campo adversário, o panamiano encontrou as redes do AVS, fazendo o 1-0 que trazia justiça ao marcador.

Já aos 59 minutos, numa jogada de transição, nascida de um lance onde ficam algumas dúvidas sobre a existência, ou falta dela, de um penálti na grande área dos forasteiros, Nené entregou o esférico a Lucca, que rematou rasteiro para o empate. A resposta academista não tardaria em chegar, visto que apenas dois minutos volvidos, Messeguem (com outro enorme remate) fez estremecer a baliza e as pretensões do clube das Aves, ao fazer a bola beijar a barra. Senhoras e senhores, os Deuses também não estiveram connosco. O volte-face na partida aconteceria pouco depois, à passagem do minuto 71. Vasco Lopes, com espaço à frente da área viseense, teve tempo (e engenho) para fazer o 1-2 no jogo, diretamente no ângulo superior esquerdo de Gril.

Com mais coração que cabeça, a turma academista ainda tentou regressar ao marcador. Para lá dos noventa, caía dos céus a oportunidade de pontuar em casa, mantendo a sequência invencível de resultados. Petkov (entrado no segundo período) ganhou nas costas da defesa, uma bola bombeada através de um livre lateral, cabeceando para a entrada da pequena área. Jeppe Simonsen, também ele envolvido nas substituições operadas na segunda parte, quis tanto marcar que acabou por falhar a baliza de Trigueira, enviando a bola por cima da barra. Estava determinado o resultado final, e confirmada a primeira derrota viseense no campeonato.

O tempo não para, dando-nos apenas espaço para refletir sobre aquilo que correu menos bem. O bom do futebol é que daqui a uns dias, existe nova oportunidade para dar a volta e mostrar o talento, qualidade e superioridade desta equipa. Encontramo-nos nos Açores, até sexta-feira.

Partilhar:
Equipa Profissional

Empate disfarçado de garra viseense

Sob a "chuva miudinha" que se fez abater esta tarde em Viseu, Académico e Leixões encontraram-se no grandioso e mágico Fontelo, num encontro sempre empolgante, que até os clássicos "chamamentos" dos Pavões da mata fez acordar. Em confronto na 32ª jornada da Liga Portugal 2, com contas resolvidas para os beirões, e muitas outras por resolver do lado nortenho, as duas equipas deram um início ao jogo, que se coadunava com o que se sentia no ar: frio. A contenda futebolística de hoje principiou com uma face de apatia, um prelúdio que não deixava entrever a emoção que se seguiria. Com poucas oportunidades, que mantiveram a bola bastante presa ao centro do terreno de jogo, a partida aquecia com lume baixo as hostes nas bancadas sentades. Por essa mesma razão, nada fazia prever o golo com que os matosinhenses saíram na frente. Aos oito minutos, após cruzamento de Simãozinho na lateral esquerda do ataque, Ricardo Valente apareceu dentro da grande-área para bater Matheus Sampaio, jovem guardião que voltou a assumir com destreza, a titularidade na baliza academista. Os viseenses enfrentavam, a partir daí, um bloqueio defensivo quase intransponível, um muro de adversidade que parecia insuperável. No entanto, o verdadeiro espírito de um Viriato não se deixa vencer pelas dificuldades. O primeiro a deixar um aviso foi, quem mais, o ponta de lança André Clóvis que, ainda dentro do primeiro tempo, recebeu e rodou já dentro da área, para rematar à figura de Stefanovic. Com recurso a um intervalo de introspeção e estratégia, o Académico emergiu com um novo fôlego na segunda parte, pronto para desafiar o marcador. E foi mesmo num momento de confusão, envolto na primeira oportunidade beirã na etapa complementar, que o tão desejado empate chegou. Aos 60 minutos, na sequência de um pontapé de canto, a bola sobrou ao segundo poste para André Clóvis, que cabeceou uma bola desviada ainda por André Simões antes de entrar na baliza do Leixões. O grito de alívio ecoou pelos corações dos viseenses, enquanto viam a igualdade a instalar-se de novo, confortavelmente, na partida. Sem outras grandes oportunidades de registo, para nenhuma das equipas até ao término do jogo, os minutos finais foram uma guerra de nervos, uma batalha de vontades onde cada lance de aproximação (ainda que sem muito perigo) poderia mudar o resultado. Os viseenses, impelidos pela esperança renovada, investiram com fúria, mas foram detidos pelo guardião Stefanovic. No final, apesar das vicissitudes e de não terem sido capazes de alcançar a vitória, os bravos Viriatos mantiveram viva a chama que alimenta o espírito de equipa, importantíssimo para o que resta das últimas duas jornadas do campeonato. Nesta época com altos e baixos, de uma coisa podemos ter a certeza: esta garra que nos une, ninguém consegue combater. Em frente, Beirões.

2024-05-04

Equipa Profissional

Primavera academista

Em vésperas do embate do próximo sábado, a cidade de Viseu desperta com uma expectativa palpável, uma tensão suave a pairar no ar que se confunde com o cheiro fresco da relva cortada. É dia de mais uma batalha futebolística, onde os Viriatos se preparam para receber os "Bebés do Mar". Após uma série de jogos que testaram a sua resiliência, o Académico de Viseu encontrou finalmente o caminho da vitória. No último encontro, longe dos seus alicerces, demonstraram uma determinação indomável, conquistando três preciosos pontos no Oeste português. Agora, de regresso ao Interior da sua Muralha, os academistas preparam-se para dar continuidade, entre portas, à conquista de vitórias. No seio dos Muros que revestem  Viriato, erguem-se os nossos jogadores como guerreiros prontos para a batalha, prontos para enfrentar qualquer desafio que se apresente. Do outro lado do campo, os Leixonenses chegam com sede de redenção. Num período difícil, procuram uma vitória que os possa catapultar para lugares mais seguros na tabela classificativa. Após seis jogos seguidos sem vencer, numa série onde apenas somaram vitórias em duas de 12 ocasiões, é de referir que ambas foram conquistadas em deslocações além Matosinhos. Já resolvido no que às suas contas diz respeito, o conjunto viseense quer ainda mais, e os lugares acima na tabela não estão longe. Já o Leixões, ainda com a calculadora na mão, está apenas cinco pontos distanciado da linha de playoff, tendo sido derrotado pelo último classificado na jornada transata, por 1-3. A jogar em casa, com objetivos de melhorar a sua posição na tabela final, o Académico quer reunir as suas tropas, os seus fiéis as suas gentes, em redor de uma equipa que clama por mais pontos. O confronto deste fim de semana é, mais uma vez, um histórico duelo do futebol português. Em 42 jogos, nos quais se contam 13 vitórias beirãs e 13 empates, há uma particularidade igualitária, que suspira por resolução: são, precisamente, 53 golos marcados para cada lado, números esses que bradam pela superioridade viseense. É isso que queremos, é isso que vamos procurar. O esforço e a dedicação diários, chamaram a si os merecidos frutos em formato de conquistas. Com mértio, estes nossos Viriatos conseguiram ver-se livres das amarras dos maus resultados, respirando agora fundo enquanto traçam o seu caminho de sucesso até ao final da temporada. É dentro das quatro linhas que se desenrolará o verdadeiro espetáculo. O Fontelo será, de novo, palco de paixão, de entrega, de uma luta travada com a bola nos pés. Para nós, cada partida é uma oportunidade de mostrar a sua força, a sua determinação, o seu espírito de luta. Com os olhos postos no futuro, sabemos que cada ponto conquistado nos aproxima um pouco mais dos objetivos. E assim, sob o sol da primavera, o palco centenário está montado para mais um capítulo da nossa temporada. Que o Fontelo volte a ser a casa de sempre na qual, juntos, voltaremos a vencer.

2024-05-02

Patrocinadores Principais