Equipa Profissional 2023-08-26

Nós bem dissemos: À terceira, foi mesmo de vez

E não é que foi mesmo? Que merecida vitória, aquela a que o público do Fontelo assistiu no final de manhã/ início de tarde deste sábado.

No ar de uma manhã de estranha frescura em Viseu (não estivéssemos nós em pleno Verão, no centro do país), pairava a suspeita de que seria hoje. Não existiam grandes dúvidas, o cheiro a “dia de bola” academista fazia querer toda uma nação beirã, que já só pensava no doce sabor do primeiro triunfo da temporada. A equipa, essa, estava mais que preparada e na sua máxima força, pela primeira vez desde que começou o campeonato. As palavras do timoneiro Vítor Martins ainda ecoavam na cabeça dos viseenses…” Temos de pensar na vitória”, dizia o técnico no lançamento da partida…vitória essa que nos tinha fugido nas passadas duas semanas, por entre as mãos e de forma tão incongruente.

No Fontelo, praticamente dois mil viriatos começavam a reunir-se, ao som de uma nova versão do Hino da Cidade, “Senhora da Beira”. Novos tempos, mas a mesma melodia, um pouco alterada, na verdade, mas seguindo o seu histórico registo que enaltece e faz elevar a honra de qualquer viseense.

Em campo, o jogo começou a uma temperatura já mais elevada. Aproveitando algum nervosismo do adversário, o Académico de Viseu iniciou o encontro por cima, conquistando por diversas vezes a posse de bola em terreno alto. O sinal de perigo que abriu as ostes no Fontelo, nasceu da cabeça do capitão academista. Depois de um grande cruzamento de Miguel Bandarra, da direita, André Almeida apareceu nas costas de toda a defesa contrária, cabeceando com perigo, mas ao lado da baliza fogaceira.

Três minutos depois, com os beirões totalmente balanceados no ataque, foi de um ressalto ganho por Quizera (ele que viria a ser uma das figuras do jogo), que Gautier Ott puxou a perna direita atrás, rematando à malha lateral da baliza do Feirense. Nas bancadas, ainda se gritou “golo”, mas a verdadeira explosão de alegria estava guardada para mais tarde. Quão mais tarde? Não muito, sensivelmente 14 minutos. Aos 37´ Bandarra estendeu a Quizera, uma autoestrada (do tamanho dos troços da A1 e da A25, que ligam Viseu a Santa Maria da Feira) no lado direito do ataque, onde o número 10 teve tempo de receber com o pé esquerdo e adiantar com o direito, o mesmo com que fez a assistência para Gautier. Com o 11 nas costas, o francês ainda trocou os olhos ao adversário, antes de rematar ao canto inferior esquerdo de Pedro Mateus. “C'est simple comme bonjour”, ou como se diz em português, na expressão equivalente: “Sem espinhas”. Estava à solta a festa academista.

Ainda no primeiro tempo, já dentro dos descontos, Domen Gril salvaria a vantagem da turma da casa, após um lance azarado em que o esférico sobrou para o ponta de lança dos azuis da feira. O esloveno respondeu a uma solitária ocasião com a categoria, segurança e fortaleza que todos lhe reconhecem.

Na segunda parte, o motor viseense manteve-se com as rotações em alta. O momento de festejo chegou aos 62 minutos, quando Miguel “apareceu em todo o lado” Bandarra, foi até à linha final cruzar atrasado para o menino Quizera. À assistência que já tinha feito, o jovem avançado somou um golo que chegou dentro de meio embrulho do adversário, não fosse a bola ainda ter sofrido um desvio na defesa fogaceira, traindo o seu guardião.

Até do final do encontro, destaque ainda para uma “bomba” à Clóvis, que só a trave impediu de entrar e fazer o 3-0. Foi quase, André.

E como sabe bem dizer que vencemos…é altura de descansar, antes de olhar já para o próximo jogo, o último antes da pausa para os jogos internacionais. O caminho será longo e cheio de obstáculos, mas a continuar assim, será um caminho bonito. Obrigado, Académico.

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Empate disfarçado de garra viseense

Sob a "chuva miudinha" que se fez abater esta tarde em Viseu, Académico e Leixões encontraram-se no grandioso e mágico Fontelo, num encontro sempre empolgante, que até os clássicos "chamamentos" dos Pavões da mata fez acordar. Em confronto na 32ª jornada da Liga Portugal 2, com contas resolvidas para os beirões, e muitas outras por resolver do lado nortenho, as duas equipas deram um início ao jogo, que se coadunava com o que se sentia no ar: frio. A contenda futebolística de hoje principiou com uma face de apatia, um prelúdio que não deixava entrever a emoção que se seguiria. Com poucas oportunidades, que mantiveram a bola bastante presa ao centro do terreno de jogo, a partida aquecia com lume baixo as hostes nas bancadas sentades. Por essa mesma razão, nada fazia prever o golo com que os matosinhenses saíram na frente. Aos oito minutos, após cruzamento de Simãozinho na lateral esquerda do ataque, Ricardo Valente apareceu dentro da grande-área para bater Matheus Sampaio, jovem guardião que voltou a assumir com destreza, a titularidade na baliza academista. Os viseenses enfrentavam, a partir daí, um bloqueio defensivo quase intransponível, um muro de adversidade que parecia insuperável. No entanto, o verdadeiro espírito de um Viriato não se deixa vencer pelas dificuldades. O primeiro a deixar um aviso foi, quem mais, o ponta de lança André Clóvis que, ainda dentro do primeiro tempo, recebeu e rodou já dentro da área, para rematar à figura de Stefanovic. Com recurso a um intervalo de introspeção e estratégia, o Académico emergiu com um novo fôlego na segunda parte, pronto para desafiar o marcador. E foi mesmo num momento de confusão, envolto na primeira oportunidade beirã na etapa complementar, que o tão desejado empate chegou. Aos 60 minutos, na sequência de um pontapé de canto, a bola sobrou ao segundo poste para André Clóvis, que cabeceou uma bola desviada ainda por André Simões antes de entrar na baliza do Leixões. O grito de alívio ecoou pelos corações dos viseenses, enquanto viam a igualdade a instalar-se de novo, confortavelmente, na partida. Sem outras grandes oportunidades de registo, para nenhuma das equipas até ao término do jogo, os minutos finais foram uma guerra de nervos, uma batalha de vontades onde cada lance de aproximação (ainda que sem muito perigo) poderia mudar o resultado. Os viseenses, impelidos pela esperança renovada, investiram com fúria, mas foram detidos pelo guardião Stefanovic. No final, apesar das vicissitudes e de não terem sido capazes de alcançar a vitória, os bravos Viriatos mantiveram viva a chama que alimenta o espírito de equipa, importantíssimo para o que resta das últimas duas jornadas do campeonato. Nesta época com altos e baixos, de uma coisa podemos ter a certeza: esta garra que nos une, ninguém consegue combater. Em frente, Beirões.

2024-05-04

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Primavera academista

Em vésperas do embate do próximo sábado, a cidade de Viseu desperta com uma expectativa palpável, uma tensão suave a pairar no ar que se confunde com o cheiro fresco da relva cortada. É dia de mais uma batalha futebolística, onde os Viriatos se preparam para receber os "Bebés do Mar". Após uma série de jogos que testaram a sua resiliência, o Académico de Viseu encontrou finalmente o caminho da vitória. No último encontro, longe dos seus alicerces, demonstraram uma determinação indomável, conquistando três preciosos pontos no Oeste português. Agora, de regresso ao Interior da sua Muralha, os academistas preparam-se para dar continuidade, entre portas, à conquista de vitórias. No seio dos Muros que revestem  Viriato, erguem-se os nossos jogadores como guerreiros prontos para a batalha, prontos para enfrentar qualquer desafio que se apresente. Do outro lado do campo, os Leixonenses chegam com sede de redenção. Num período difícil, procuram uma vitória que os possa catapultar para lugares mais seguros na tabela classificativa. Após seis jogos seguidos sem vencer, numa série onde apenas somaram vitórias em duas de 12 ocasiões, é de referir que ambas foram conquistadas em deslocações além Matosinhos. Já resolvido no que às suas contas diz respeito, o conjunto viseense quer ainda mais, e os lugares acima na tabela não estão longe. Já o Leixões, ainda com a calculadora na mão, está apenas cinco pontos distanciado da linha de playoff, tendo sido derrotado pelo último classificado na jornada transata, por 1-3. A jogar em casa, com objetivos de melhorar a sua posição na tabela final, o Académico quer reunir as suas tropas, os seus fiéis as suas gentes, em redor de uma equipa que clama por mais pontos. O confronto deste fim de semana é, mais uma vez, um histórico duelo do futebol português. Em 42 jogos, nos quais se contam 13 vitórias beirãs e 13 empates, há uma particularidade igualitária, que suspira por resolução: são, precisamente, 53 golos marcados para cada lado, números esses que bradam pela superioridade viseense. É isso que queremos, é isso que vamos procurar. O esforço e a dedicação diários, chamaram a si os merecidos frutos em formato de conquistas. Com mértio, estes nossos Viriatos conseguiram ver-se livres das amarras dos maus resultados, respirando agora fundo enquanto traçam o seu caminho de sucesso até ao final da temporada. É dentro das quatro linhas que se desenrolará o verdadeiro espetáculo. O Fontelo será, de novo, palco de paixão, de entrega, de uma luta travada com a bola nos pés. Para nós, cada partida é uma oportunidade de mostrar a sua força, a sua determinação, o seu espírito de luta. Com os olhos postos no futuro, sabemos que cada ponto conquistado nos aproxima um pouco mais dos objetivos. E assim, sob o sol da primavera, o palco centenário está montado para mais um capítulo da nossa temporada. Que o Fontelo volte a ser a casa de sempre na qual, juntos, voltaremos a vencer.

2024-05-02

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