Na manhã emocionante desta terça-feira, a equipa sub-23 do Académico de Viseu conquistou uma vitória histórica no terreno do SC Braga, por 3-2, num jogo eletrizante da Liga Revelação. Falamos de história, não fosse esta a primeira vitória de sempre do conjunto beirão na prova, logo na sua estreia.
A partida foi repleta de emoção, com os jovens academistas a saírem vitoriosos graças a um golo marcado no último minuto. Os viriatos entraram em campo com determinação desde o início e conseguiram uma vantagem confortável de 2-0 ao intervalo. Primeiro Rodrigo Geraldo, aos 18 minutos e depois Simão, aos 42 (da marca de penálti), construíram uma confortável mas não garantida vantagem no fim do primeiro tempo, que dava justiça após 45 minutos de uma marcada superioridade viseense.
No entanto, a equipa da casa não se deu por vencida e, na segunda parte, protagonizou a recuperação que empatou o jogo. O SC Braga conseguiu empatar o jogo com golos de Ricardo Rei aos 67 minutos e de Fodé Pascoal, quase ao cair do pano, no minuto 93´.
Após um balde de água gelada sobre o calor da cidade minhota, o momento decisivo apareceu já nos segundos finais do encontro, quando Miguel Sena, assistido por Gustavo Almeida, marcou o golo da vitória para a equipa do Académico de Viseu. Com esta vitória por 3-2, os jovens academistas conquistaram os primeiros três pontos valiosos na jornada que abriu a nova edição da Liga Revelação. Esta vitória marca um início promissor para o conjunto beirão e destaca a sua qualidade e determinação em campo. A equipa do Académico de Viseu demonstrou uma excelente capacidade de resposta após sofrer o empate, revelando uma mentalidade resiliente e focada em garantir o triunfo até ao último minuto da partida.
Em declarações no final da partida, o treinador principal do conjunto viseense falou de um jogo partido em dois: "O jogo teve duas partes distintas, uma em que mandámos completamente na partida e que em gerimos. Se chegássemos ao intervalo com quatro golos, penso que era justo. Já a segunda parte foi completamente diferente, com o Braga a colocar outros argumentos em campo e a obrigar-nos a adaptar o nosso jogo. Conseguiram criar alguma superioridade, também devido à nossa fadiga. Depois do empate, quando já quase ninguém acreditava, só nós estávamos a ver como poderíamos fazer o golo”.
Nuno Braga valorizou ainda a capacidade resiliente de todo o grupo de trabalho: “Tivemos um espírito de sacrifício brutal, eles merecem muito esta vitória. Tem de ser este o espírito. Nem sempre as coisas vão correr bem, também vamos ter muitas dificuldades. Mas se fizermos como hoje, se corrermos mais que os outros, se chegarmos às bolas onde ninguém pensa que podemos chegar, coisas boas vão sorrir-nos no fim".