Equipa Profissional 2023-05-30

Um desaire insular no fecho da temporada

A equipa principal de futebol do Académico de Viseu, saiu ontem derrotada por 3-2 da visita à Ilha da Madeira, onde defrontou o Nacional.

A turma viseense entrou na Choupana com algumas mexidas efetuadas no onze inicial, procurando continuar a dar oportunidades e tempo de jogo aos atletas com menos minutos na temporada. Os beirões iniciaram a partida frente aos insulares a quererem mandar no encontro, conseguindo chegar ao primeiro golo à passagem do minuto quatro. Após uma saída de bola longa dos pés de Momo Mbaye, guardião que foi titular na baliza academista, Rafael Bandeira e André Clóvis trabalharam no flanco direito do ataque, por duas vezes seguidas e de forma perfeita, o lance que terminou com o cruzamento ao segundo poste do lateral português para a cabeça do ponta de lança brasileiro, que assim renovou o recorde de golos numa só edição da segunda liga no presente século, para um total de 28. Estava feito o primeiro e o ímpeto “mandão” do Académico perduraria por toda a primeira parte, face a um Nacional algo perdido em campo. As ocasiões sucederam-se e, mesmo em cima da meia hora de jogo, Vítor Bruno fez um golaço com que ampliaria a vantagem beirã na partida. O lateral esquerdo recebeu outro cruzamento de Rafael Bandeira da direita e, quando todos esperavam nova bola cruzada, o defesa academista rematou forte de pé esquerdo, enganando o guarda-redes madeirense, fazendo assim o 0-2 com que terminou o primeiro tempo.

A segunda metade do encontro trouxe novas alterações nos onzes e revelou também o lado mais perigoso de jogar frente a uma equipa que precisa de vencer, para garantir a manutenção. O Nacional da Madeira transfigurou-se e enfrentou os segundos 45 minutos com outra postura, aproveitando alguns lances de desconcentração dos viriatos. O 1-2 surgiu com apenas três minutos volvidos do intervalo, com o avançado Zé Manuel a responder afirmativamente a um cruzamento de Dudu. Já aos 67, Zé Manuel trocou de personagem e assistiu Clayton para também ele fazer, de cabeça, o empate a dois com que o jogo entrou nos seus últimos 20 minutos.

Importante será referir que, mesmo sofrendo dois golos, o Académico de Viseu manteve a sua postura atacante, beneficiando do facto do jogo se ter partido em campo para ficar perto de regressar ao comando do resultado. No entanto, tanto o guardião dos insulares como os seus defesas conseguiram sempre impedir as investidas da turma viseense, chegando mesmo a evitar o 2-3 em cima da linha de golo. E neste último e derradeiro jogo da temporada, houve ainda tempo para a estreia de João Monteiro com o símbolo de viriato ao peito. O jovem guarda-redes entrou bem e seguro na partida, tendo feito duas grandes defesas antes do Nacional chegar à cambalhota no marcador. Através de um canto batido no lado direito do ataque, Zé Manuel saltou mais alto que todos e cabeceou como mandam as regras: de cima para baixo. João Monteiro ainda se esticou, mas um ressalto na relva atrapalhou a intervenção do guarda-redes, que não conseguiu evitar o 3-2 para a equipa da casa, aos 83 minutos.

Pouco depois o apito final ecoava na Choupana, dando por terminada a época oficial 2022/2023 para o Académico de Viseu, com uma derrota em casa do Nacional da Madeira, estádio onde tinha vencido na temporada transata.

Deixamos, de novo e sem qualquer cansaço de o fazer, uma palavra especial aos academistas presentes no Funchal. É com o apoio dos nossos verdadeiros adeptos com que contamos para iniciar, já a partir de hoje, o que será a próxima temporada desportiva. Viva Viseu, viva o Académico.

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Empate disfarçado de garra viseense

Sob a "chuva miudinha" que se fez abater esta tarde em Viseu, Académico e Leixões encontraram-se no grandioso e mágico Fontelo, num encontro sempre empolgante, que até os clássicos "chamamentos" dos Pavões da mata fez acordar. Em confronto na 32ª jornada da Liga Portugal 2, com contas resolvidas para os beirões, e muitas outras por resolver do lado nortenho, as duas equipas deram um início ao jogo, que se coadunava com o que se sentia no ar: frio. A contenda futebolística de hoje principiou com uma face de apatia, um prelúdio que não deixava entrever a emoção que se seguiria. Com poucas oportunidades, que mantiveram a bola bastante presa ao centro do terreno de jogo, a partida aquecia com lume baixo as hostes nas bancadas sentades. Por essa mesma razão, nada fazia prever o golo com que os matosinhenses saíram na frente. Aos oito minutos, após cruzamento de Simãozinho na lateral esquerda do ataque, Ricardo Valente apareceu dentro da grande-área para bater Matheus Sampaio, jovem guardião que voltou a assumir com destreza, a titularidade na baliza academista. Os viseenses enfrentavam, a partir daí, um bloqueio defensivo quase intransponível, um muro de adversidade que parecia insuperável. No entanto, o verdadeiro espírito de um Viriato não se deixa vencer pelas dificuldades. O primeiro a deixar um aviso foi, quem mais, o ponta de lança André Clóvis que, ainda dentro do primeiro tempo, recebeu e rodou já dentro da área, para rematar à figura de Stefanovic. Com recurso a um intervalo de introspeção e estratégia, o Académico emergiu com um novo fôlego na segunda parte, pronto para desafiar o marcador. E foi mesmo num momento de confusão, envolto na primeira oportunidade beirã na etapa complementar, que o tão desejado empate chegou. Aos 60 minutos, na sequência de um pontapé de canto, a bola sobrou ao segundo poste para André Clóvis, que cabeceou uma bola desviada ainda por André Simões antes de entrar na baliza do Leixões. O grito de alívio ecoou pelos corações dos viseenses, enquanto viam a igualdade a instalar-se de novo, confortavelmente, na partida. Sem outras grandes oportunidades de registo, para nenhuma das equipas até ao término do jogo, os minutos finais foram uma guerra de nervos, uma batalha de vontades onde cada lance de aproximação (ainda que sem muito perigo) poderia mudar o resultado. Os viseenses, impelidos pela esperança renovada, investiram com fúria, mas foram detidos pelo guardião Stefanovic. No final, apesar das vicissitudes e de não terem sido capazes de alcançar a vitória, os bravos Viriatos mantiveram viva a chama que alimenta o espírito de equipa, importantíssimo para o que resta das últimas duas jornadas do campeonato. Nesta época com altos e baixos, de uma coisa podemos ter a certeza: esta garra que nos une, ninguém consegue combater. Em frente, Beirões.

2024-05-04

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Primavera academista

Em vésperas do embate do próximo sábado, a cidade de Viseu desperta com uma expectativa palpável, uma tensão suave a pairar no ar que se confunde com o cheiro fresco da relva cortada. É dia de mais uma batalha futebolística, onde os Viriatos se preparam para receber os "Bebés do Mar". Após uma série de jogos que testaram a sua resiliência, o Académico de Viseu encontrou finalmente o caminho da vitória. No último encontro, longe dos seus alicerces, demonstraram uma determinação indomável, conquistando três preciosos pontos no Oeste português. Agora, de regresso ao Interior da sua Muralha, os academistas preparam-se para dar continuidade, entre portas, à conquista de vitórias. No seio dos Muros que revestem  Viriato, erguem-se os nossos jogadores como guerreiros prontos para a batalha, prontos para enfrentar qualquer desafio que se apresente. Do outro lado do campo, os Leixonenses chegam com sede de redenção. Num período difícil, procuram uma vitória que os possa catapultar para lugares mais seguros na tabela classificativa. Após seis jogos seguidos sem vencer, numa série onde apenas somaram vitórias em duas de 12 ocasiões, é de referir que ambas foram conquistadas em deslocações além Matosinhos. Já resolvido no que às suas contas diz respeito, o conjunto viseense quer ainda mais, e os lugares acima na tabela não estão longe. Já o Leixões, ainda com a calculadora na mão, está apenas cinco pontos distanciado da linha de playoff, tendo sido derrotado pelo último classificado na jornada transata, por 1-3. A jogar em casa, com objetivos de melhorar a sua posição na tabela final, o Académico quer reunir as suas tropas, os seus fiéis as suas gentes, em redor de uma equipa que clama por mais pontos. O confronto deste fim de semana é, mais uma vez, um histórico duelo do futebol português. Em 42 jogos, nos quais se contam 13 vitórias beirãs e 13 empates, há uma particularidade igualitária, que suspira por resolução: são, precisamente, 53 golos marcados para cada lado, números esses que bradam pela superioridade viseense. É isso que queremos, é isso que vamos procurar. O esforço e a dedicação diários, chamaram a si os merecidos frutos em formato de conquistas. Com mértio, estes nossos Viriatos conseguiram ver-se livres das amarras dos maus resultados, respirando agora fundo enquanto traçam o seu caminho de sucesso até ao final da temporada. É dentro das quatro linhas que se desenrolará o verdadeiro espetáculo. O Fontelo será, de novo, palco de paixão, de entrega, de uma luta travada com a bola nos pés. Para nós, cada partida é uma oportunidade de mostrar a sua força, a sua determinação, o seu espírito de luta. Com os olhos postos no futuro, sabemos que cada ponto conquistado nos aproxima um pouco mais dos objetivos. E assim, sob o sol da primavera, o palco centenário está montado para mais um capítulo da nossa temporada. Que o Fontelo volte a ser a casa de sempre na qual, juntos, voltaremos a vencer.

2024-05-02

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